tag:blogger.com,1999:blog-580144929766091803.post3682995796428080203..comments2024-03-18T10:20:04.999-03:00Comments on CARIRI AGORA: Cidade da cultura, Papai Noel, Velho do Saco e outras lendas. (Parte 2)Carlos Rafael Diashttp://www.blogger.com/profile/17912660619699279246noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-580144929766091803.post-12537860786760110872010-02-02T22:29:25.762-03:002010-02-02T22:29:25.762-03:00Zé e Sávio,
Formidável é a possibilidade dos blog...Zé e Sávio,<br /><br />Formidável é a possibilidade dos blogs em fermentar debates tão necessários como este. Mas, ao mesmo tempo, enquanto essas possibilidades aumentam, diminue parece, a disposição das pessoas que ocupam posições-chave em debater. É dessas redomas que me refiro quando falo que as instituições ainda são tratadas como feudos. Portanto, creio que os órgãos de fomentação da cultura devem ser gestados enquanto autarquias que contemplem a pluralidade de visões-de-mundo. E que essa pluralidade, igualmente, não sirva para escamotear interesses mesquinhos e imediatistas. Na minha opinião, isso só será possível com a implantação de uma política cultural, ou políticas de Estado, e não de planos ou motivações governamentais. Entendo, de certa forma, que enquanto ainda uma novidade, essa inovação cause temor nos gestores, que acham que podem correr o risco de "criar cobras". Portanto, essa ameaça deve também ser afastada. É preciso maturidade, responsabilidade e total isenção quanto aos interesses de ordem pessoal e ideológica, seja dos gestores seja dos artistas e de todos os cidadãos interessados.Carlos Rafael Diashttps://www.blogger.com/profile/17912660619699279246noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-580144929766091803.post-3306909491875567422010-02-02T20:12:41.399-03:002010-02-02T20:12:41.399-03:00Carlos Rafel, agradeço suas considerações e concor...Carlos Rafel, agradeço suas considerações e concordo com cada uma delas, mas, como argumentei em meu texto, há questões sagradas sobre a cultura de uma cidade que tem que ser consideradas, embora saiba que o texto não vai mudar literalmente nada disso.Antonio Sáviohttps://www.blogger.com/profile/17447184132370859532noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-580144929766091803.post-88150467390210923472010-02-02T19:19:07.000-03:002010-02-02T19:19:07.000-03:00Também lúcidas e corretas as observações do prof. ...Também lúcidas e corretas as observações do prof. Carlos Rafael. Ele tem conhecimento de causa nesses assuntos de cultura, artes e quejandos.<br />Legal.Zé NIltonhttps://www.blogger.com/profile/12640519746774210291noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-580144929766091803.post-71361251922467874112010-02-02T10:48:37.251-03:002010-02-02T10:48:37.251-03:00Sávio,
Inicialmente, quero parabenizá-lo pelo for...Sávio,<br /><br />Inicialmente, quero parabenizá-lo pelo forma lúcida e elucidativa com a qual você aborda esse delicado assunto. Não tenho, portanto, como discordar de você em nenhum ponto. Creio, sim, que é possível tão somente contribuir com esse necessário debate com novas abordagens. É o que eu pretendo fazer.<br /><br />Por sinal, estive recentemente com dois respeitados e talentosos artistas do Cariri, sendo um do Crato e outro de Juazeiro. Passei o tempo ouvindo um rosário de reclamações dos dois, onde as palavras-chaves foram: falta de apoio do poder público e das instituições (somente o SESC e o CCBNB foram em parte poupados), marasmo cultural, falta de perspectiva, desânimo, desorganização dos artistas, falta de profissionalismo, inexistência de mercado para a arte etc. Achei, no mínimo, preocupante essa coincidência que nivela, por baixo, a cena cultural das duas principais cidades do Cariri.<br /><br />Desde que me entendo por gente, que escuto reclamação da classe artística. Acho que isso nunca vai acabar. Mas, senti que essa reclamação encontra-se hoje de forma mais acentuada. Na década de 1980, quando militei mais ativamente na cultura, as coisas eram infinitamente piores na região. Não existiam ainda SESC, CCBNB, secretarias de cultura, editais de financiamento de atividades artísticas, leis de incentivo á cultura, emissoras locais de televisão, blogs e o escambau. Mendigávamos, quase que humilhados, o apoio do poder público (e tinha-se que falar diretamente com o prefeito) e dos poucos empresários que ainda nos recebiam. Mesmo assim, fazíamos, quase que ao nosso próprio custo e risco, jornais, livros, discos, shows (na maior parte sobre carrocerias de caminhão e nas praças públicas), salões de arte, bandas de rock, corais, grupos de teatro e o escambau. Não que isso tenha desaparecido. Acho até que aumentou. Mas o preconceito era bem maior e os espaços bem menores.<br /><br />Não quero, num arroubo saudosista, comparar as épocas e, mais grave, dizer que o passado era melhor ou pior. Eram épocas distintas, cujas dinâmicas eram diferentes, as oportunidades eram diferenciadas e os métodos muitos diversos. Mas, O poder público, pelo que parece, continua sendo o vilão da história, e o gestor da cultura o saco de pancadas. E não por menos, visto que, ao que parece, os órgãos fomentadores da cultura continuam ainda sendo uma espécie de feudo ideológico, que sofrem com as constantes descontinuidades das administrações ou são tocados ao sabor da relação que o gestor máximo tem com a cultura e a arte. Em outras palavras, não existem políticas de Estado para a cultura e a arte, mas tão somente planos governamentais (se é que de fato tem).Carlos Rafael Diashttps://www.blogger.com/profile/17912660619699279246noreply@blogger.com