Os despojos dos três primeiros bispos da diocese de Crato – Dom Quintino, Dom Francisco e Dom Vicente – que se encontram sepultados em locais dispersos na Catedral de Nossa Senhora da Penha (foto acima) serão exumados no próximo dia 6 dezembro.
Em seguida, os restos mortais desses prelados serão sepultados na Capela da Esperança, ora em construção na catedral de Crato. Antes da inumação haverá a celebração de uma missa a ser presidida por Dom Fernando Panico, atual bispo diocesano.
Os bispos
Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, cearense de Quixeramobim, foi o primeiro bispo de Crato. Ele governou a diocese por 14 anos (1916-1929) e foi o responsável – dentre outras iniciativas – pela reabertura do Ginásio São José, com o nome de Ginásio Diocesano. Criou a Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus e o colégio com o mesmo nome. Fundou, em 1921, a primeira instituição de crédito do Sul do Ceará, o Banco do Cariri. Dom Quintino foi, ainda, o pioneiro do ensino superior no interior do Ceará, ao reabrir, em 1922, o Seminário São José, dotando-o dos cursos de filosofia e teologia, nos quais os novos padres recebiam a licenciatura plena.
Em seguida, os restos mortais desses prelados serão sepultados na Capela da Esperança, ora em construção na catedral de Crato. Antes da inumação haverá a celebração de uma missa a ser presidida por Dom Fernando Panico, atual bispo diocesano.
Os bispos

Capela de Santa Teresa de Jesus
construída por Dom Quintino
Dom Francisco de Assis Pires, baiano de Salvador, segundo bispo de Crato, governou a diocese por 37 anos, de 1932-1959. Dom Francisco dotou a diocese de vários empreendimentos, dentre os quais se destacam o Hospital São Francisco, Colégio Diocesano, Patronato Padre Ibiapina (hoje sede da reitoria da Urca), Palácio Episcopal, Liceu Diocesano de Artes e o jornal "A Ação" que circulou até a década 70.
O terceiro bispo, Dom Vicente de Paulo Araújo Matos, (foto abaixo) cearense de Itapagé, chegou a Crato em 1955, como bispo - auxiliar, permanecendo até 1992, ou seja, por 37 anos. A ele a diocese deve, dentre várias iniciativas, a criação da Fundação Padre Ibiapina, da Faculdade de Filosofia de Crato (embrião da atual Universidade Regional do Cariri), dos Colégios Madre Ana Couto e Pequeno Príncipe, dos sindicatos de trabalhadores rurais nos municípios do Sul do Ceará, da Escola de Líderes Rurais e Organização Diocesana de Escola Profissionais, além da construção do Centro de Expansão que hoje leva o seu nome.