
Este minúsculo braço
Do violão que os dedos meus acariciam
Que trago junto ao meu peito
Compreende porque perdi toda alegria
Pode crer, eu adivinho
Até hoje está nos esperando
Eu você e a companheira
Na madrugada iremos pra casa
Cantando...
Foto: Heládio Duarte
A propósito de notícia divulgada em 1.º de julho de 2010 na cidade de Santiago do Chile (site BOL), no Brasil, 72,7% dos cidadãos se opõem à legalização do abordo, de acordo com uma pesquisa realizada pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. Nicarágua, México e Chile também se mostraram contrários à ideia. O estudo visou comparar as opiniões sobre o aborto nos quatro países.
No caso brasileiro, o abordo é despenalizado somente em casos de gravidez por violação e risco de vida para a mãe. No Chile e na Nicarágua, é proibido em todas as suas modalidades.
A pesquisa utilizou entrevistas realizadas entre abril e maio com 1,2 mil pessoas de cada país, maiores de 18 anos e das áreas rural e urbana, com margem de erro em torno de 2,8%.
O saber natural em sua ação criou as condições de gerar filhos e os seres humanos em sua ignorância os expelem, a sangue frio, natimortos, quais eliminassem animais desnecessários, seus próprios semelhantes.
Houvesse leis pela preservação da vida na contenção radical dos desmandos praticados em redor do mundo e, decerto, a história mostraria inegáveis oportunidades a esses tontos mortais esfomeados do prazer sexual imediato.
Jamais, senão agora, demonstrações de ausência de lucidez parecem crescer no horizonte esfumaçado da destruição, na flor da idade, a meio dos escombros da barbárie que toma conta dos séculos. Símbolos de paz viraram motivos de ausência de critério, nas promoções de minorias vencidas.
Mas falávamos da covardia do aborto... Que pouca honestidade para com os semelhantes essa atitude dos charlatães criminosos em lojas de fazer anjos... Nem de longe se deve imaginar que um povo civilizado possa por termo na vida por nascer, numa desistência infame de sustar a renovação da espécie. Tirar a vida, como querer isso? Não sabemos repor o viver de quem morre, por isso não se devem eliminar os seres humanos que aguardam a chance de brotar, crescer e conhecer a existência na matéria.
A morte dos inocentes apenas em gestação contradiz a consciência civilizada. E falar na esperança dessas vidas, desejos, aspirações. Dói e requer disposição de ânimo aos que lutam pela paz. Aquilo que seria a festa das famílias receberem novos filhos torna-se execução selvagem, destruição abusiva, vazias palavras soltas, derramadas ao relento.
E falar em amor exige coerência da civilização bandida, revirada nos laços das armadilhas, caminhos tortuosos, vilã de poucas luzes. Gritos de promessas, entretanto, rasgam o espaço das sombras. Por isso, a força da sobrevivência fala mais alto no direito à vida dos que precisam nascer a todo custo.