"O discurso do candidato Obama se pode traduzir numa fórmula de fome para a nação, as remessas como esmolas, e as visitas a Cuba em propaganda para o consumismo e o modo de vida insustentável que o apóia", escreveu Fidel. Na semana passada, Obama propôs liberar viagens de imigrantes cubanos para a ilha, atualmente restritas pela administração Bush. O candidato prometeu ainda facilitar o envio de dinheiro a Cuba.
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segunda-feira, 26 de maio de 2008
Um bom sinal: ditador Fidel Castro critica Barack Obama
"O discurso do candidato Obama se pode traduzir numa fórmula de fome para a nação, as remessas como esmolas, e as visitas a Cuba em propaganda para o consumismo e o modo de vida insustentável que o apóia", escreveu Fidel. Na semana passada, Obama propôs liberar viagens de imigrantes cubanos para a ilha, atualmente restritas pela administração Bush. O candidato prometeu ainda facilitar o envio de dinheiro a Cuba.
INTELECTUAIS ESTIMULAM PRECONCEITO CONTRA NORDESTINOS
O paradigma norte-americano, por Armando Lopes Rafael

Peço sua atenção (e paciência) amigo leitor. Para falar sobre um fato pouco enfocado da História do Brasil.
Quando o golpe militar de 15 de novembro de 1889 proclamou entre nós a república as novas autoridades mudaram o nome da nossa pátria. Deixamos de ser o Império do Brasil e recebemos o nome oficial de "Estados Unidos do Brazil". Isso mesmo: Brazil com z, seguindo a ortografia da época. Ignóbil imitação à grande nação norte-americana. Essa denominação vigorou até 1967, quando mudaram o nome outra vez. Dessa feita para "República Federativa do Brasil". A implantação da República entre nós – entre tantos males – trouxe-nos o paradigma norte-americano como modelo de vida. Nossas raízes e tradições, geradas a partir da mistura das culturas portuguesa, indígena e africana, viraram coisa de sub-raça. Como diriam os adamados cronistas sociais de hoje: uma coisa "out". Bom mesmo eram os Estados Unidos, com o seu "way of life”. O modelo artificial de Hollywood e o estilo do "self-made man" americano foram tomando conta dos ambientes brasileiros. A nossa sociedade deu as costas a um passado glorioso e aceitou, sem espírito crítico, o que nos foi sendo empurrado pelos vitoriosos republicanos que se inspiravam no big brother americano...
Mas era sobre um fato pouco comentado que eu ia falar! Chamou minha atenção um artigo do Prof. Paulo Napoleão Nogueira da Silva, da Universidade Estadual Paulista, que diz entre outras coisas:
"Nos cem anos durante os quais vigorou a proibição de sequer falar-se em monarquia, o País foi programaticamente induzido a esquecê-la. Diretrizes governamentais de todos os tipos, explícitas ou dissimuladas, foram adotadas nesse sentido. Substituíram Pedro I por José Bonifácio, na iconografia oficial da Independência, mas a figura do Patriarca não calou fundo, além do que ele próprio era um defensor da Monarquia. (...) "Desde os primeiros dias da República os autores de livros didáticos para os cursos primário e secundário, segundo critério de orientação e exigências do Ministério da Educação, passaram a só estampar o retrato de Pedro II com as longas barbas e o aspecto cansado dos seu últimos anos de vida, para associar à Monarquia a imagem de velhice, decrepitude e coisa antiga. “Esses mesmos livros tratavam, e ainda hoje tratam, de evidenciar as glórias da proclamação da República, o heroísmo de Deodoro e o idealismo dos seus companheiros, como se tivessem participado de uma feroz batalha em prol da liberdade.”
A proclamação da república foi na verdade a primeira das inúmeras quarteladas que o Brasil viria a presenciar. Isso todos sabemos. Não sabíamos era do maquiavelismo oficial usado para enganar tantas gerações ao estudarem a história da nossa sofrida e querida pátria. Moral da história: compramos gato por lebre...
(*) Armando Lopes Rafael é historiador
O Ceará e o Sagrado Coração de Jesus - por Armando Lopes Rafael

Os Evangelhos e a tradição católica mostram as riquezas insondáveis do coração de Cristo, nas suas atitudes de perdão e de misericórdia, para com os povos e terras que lhe são consagrados. O Ceará é prova disso! Ao longo dos últimos 130 anos nosso Estado recebeu imensas graças desse Coração Amoroso. Aqui, as vocações religiosas foram (e continuam sendo) abundantes. O Ceará progrediu materialmente. O povo cearense não conheceu a guerra, nem a fome generalizada, nem grandes catástrofes da natureza, como aconteceu com outros povos. Mesmo o fenômeno da seca, velho conhecido do cearense, tem sido mais brando, de 1878 para cá. Não se repetiram calamidades iguais a de 1877, que passou à história tanto pelo rastro de destruição, com elevado número de perdas humanas e materiais, o que fez o imperador Dom Pedro II declarar: "Venda-se a última pedra da minha coroa, mas não morra nenhum nordestino de fome".
Lamentavelmente, nos últimos anos, a violência e a crise moral vêm assolando o nosso povo e, com mais intensidade, a bela capital cearense. Penso que já é hora dos bispos do Ceará (agora são nove as dioceses) junto com as autoridades e o povo renovarem a Consagração feita por iniciativa de Dom Luiz Antônio dos Santos em 15 desetembro de 1878. Seria não só uma reparação devida ao Coração Salvador do gênero humano, mas, também, um pedido de perdão pelas vezes que deixamos de cumprir os preceitos daquele que é "O Caminho, A Verdade e A Vida". Esse nosso afastamento do Coração de Jesus, tem sido a causa da violência e a decadência moral, que ora grassam na generosa terra cearense.
Bem que o nosso querido bispo diocesano, Dom Fernando Panico (ele mesmo um missionário do Sagrado Coração de Jesus), enviado pela Providência para pastorear o Sul do Ceará poderia tomar a iniciativa de renovar essa consagração, quando da instalação oficial da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, de Juazeiro do Norte, que ocorrerá (seria mera coincidência?) no próximo dia 15 de setembro, exatamente na data que completa 130 anos da consagração feita por Dom Luiz em 1878...
(Artigo publicado no "Jornal do Cariri")