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sexta-feira, 11 de março de 2011

Chega de Caridade de Porta de Guarda-Roupa ! - Por: Dihelson Mendonça


Vamos parar com essa hipocrisia de só doar do nosso supérfluo...


É interessante como algumas pessoas gostam de se enganar e de tentar enganar os outros. Provavelmente você já deve ter ouvido falar no termo "caridade de porta de geladeira", ou "caridade de porta de guarda-roupa", não ?

Mas você já deve ter observado casos em que pessoas , abrindo o seu guarda-roupas, e separando aquelas roupas estragadas que não desejam usar de forma alguma, e para desobstruir o armário a fim de comprar os novos modelitos das lojas, resolvem fazer caridade do entulho e do supérfluo que iria para o lixo, doando aos pobres. Ah! mas que coisa linda! Dar aos outros aquilo que não quer para si...

Na verdade, as pessoas que fazem esse tipo de coisa, estão resolvendo principalmente o problema delas mesmas, em se livrar de um fardo. Elas se enganam e tentam enganar os outros, com aquele semblante caridoso de quem faz a melhor coisa do mundo. A pergunta é: "Porque essas pessoas não pensam em doar daquilo que gostam e que necessitam no dia-a-dia?" A resposta: " Nem pensar" - Porque doar 10 reais pra quem ganha 10.000 reais não tem nada de vantagem. O difícil é não ter, e ter que ter pra dar, como já diz a letra do compositor Djavan.

Então, vamos parar com essa hipocrisia de só doar do nosso supérfluo, aquilo que não queremos mais, que não cabe em nossas casas, que não cabe mais nos nossos armários abarrotados de pertences, e vamos começar a compartilhar daquilo que verdadeiramente necessitamos no nosso dia-a-dia, daquilo que precisamos de fato. Assim, estaremos sendo verdadeiros para com todos, e sendo fraternos para com nossos semelhantes, e sobretudo, deixando de ser hipócritas, fazendo caridade de porta de guarda-roupas!

Por: Dihelson Mendonça

Uma amizade infinita - Emerson Monteiro


Eis aqui nestas palavras uma das provas da existência do Bem supremo, a amizade dos que conhecem amigos. Só quem possui um amigo pode considerar o seu valor. Inestimável o termo de comparar os amigos, e nem precisa dizer que falo dos amigos verdadeiros, pois amigo só verdadeiro, essa tonalidade maior das referências humanas, o amigo.
Quanto vale um amigo? Não há preço que possa comprar, porquanto não se acha à venda, inexiste supermercado de amigos, shopping de amigos, fábrica de amigos. Os amigos nascem no berço farto do coração; nascem, crescem e vivem para a Eternidade. Seres especiais, mutantes dos sentimentos altos da verdade, brotam nas calçadas frias das dificuldades, provam sua fibra nas solidões indesejadas e saem por cima, nos instantes críticos da jornada.
Amigos, de que gosto de falar aos meus filhos não caberem em mais do que nos cinco dedos de uma única das mãos. Uma vida é muita para tantos amigos do tanto dos dedos de uma mão. Amigos, espécimes raras e valiosas, que mantêm o silêncio até o dia em que surgem numa manhã, numa noite qualquer de sofrimento, e nos envolvem de luz e carinho, na força grandiosa do fervor que a eles pertence. A despesa reservada aos instantes da certeza em que há um pai, um irmão, um companheiro, indiferente às considerações dos elogios fáceis, entra porta adentro e preenche todos os espaços da dúvida e do isolamento.
Um amigo, uma barra de ouro brilhante. Um amigo, um tesouro ilimitado no tempo e no espaço. Um filho do Deus da bondade no crivo do interior da gente, um emissário das bênçãos superiores, divinas. Ah, que ventura reconhecer a realidade do sonho de um amigo, de uma amiga, essa dádiva inigualável de todas, imensa compreensão dos que desmancham em conforto as mágoas do desencanto. O saber sorrir, chegar junto, firmar compromissos inadiáveis, incondicionalidades e águas boas.
Falar nos amigos alimenta o veio dessa confiança nos valores inesgotáveis da glória eterna do Amor. Amigos, perfume silvestre das vitórias que nutrem a alma de virtude e paz, pura leveza de presenças silenciosas e vastas, pomos de territórios doces da concórdia, ganhos vivos da plenitude.
Isso de contar algumas considerações quanto aos amigos demonstra suas potencialidades e desperta a que se continue na busca desses personagens coautores da Criação, aliados nas ações positivas, otimistas crônicos e primorosos precursores da transformação de nossos critérios em resultados benfazejos, dos avanços mundiais da vontade no que haja para reverter os quadros tristes, nas madrugadas esplendorosas das cores de alvoradas magnânimas. Vivam os amigos, as amigas, hoje e para sempre!