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domingo, 1 de novembro de 2009

Deu no Blog do Josias de Souza

CEF deu R$ 40 mil para ‘festa-homenagem’ a Toffoli


Em 23 de outubro, depois de tomar posse como ministro do STF, Jose Antonio Dias Toffoli foi homenageado numa festa que reuniu cerca de 1.500 pessoas.

Deu-se num endereço chique de Brasília, o Marina Hall, casa de eventos assentada às margens do Lago Paranoá.

A comida foi preparada pelo Sweet Cake, um buffet de boa fama na Capital.

Coube à Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), em parceria com outras entidades da magistratura, organizar os festejos em torno de Toffoli.

Pois bem. Descobre-se agora que um naco da conta foi espetado nas arcas de um banco público, a Caixa Econômica Federal.

Deve-se a revelação ao repórter Frederico Vasconcelos. Em notícia veiculada na Folha, ele conta que a Ajude pediu R$ 50 mil à CEF.

Não levou tudo. Mas a casa bancária do governo federal admitiu ter feito uma contribuição de R$ 40 mil.

Pelo menos um magistrado, o juiz federal Luiz Cláudio Flores da Cunha, do 6º Juizado Especial Federal do Rio, abespinhou-se com o episódio.

Informa que vai levar o caso ao TCU e no Ministério Público. Acha que a Ajufe serviu de escudo para que a Caixa pingasse verbas públicas em festa privada.

"Não posso concordar com a Ajufe transformada em laranja”, disse o juiz Flores da Cunha ao repórter Frederico.

“Não veria problema se a CEF desse dinheiro para um evento cultural da Ajufe. Não poderia haver patrocínio para esse tipo de encontro".

Instado a se manifestar, o presidente da Ajufe, Fernando Mattos, disse o seguinte sobre os caraminguás da Caixa Econômica:

"Qualquer informação sobre a participação da CEF deve ser endereçada à própria instituição financeira".

Toffoli vestiu a toga do Supremo depois de ter exercido o cargo de Advogado-Geral da União.

Terá de declarar-se impedido de julgar os casos nos quais tenha advogado em favor do governo.

Agora, talvez tenha de se abster também de julgar no STF as causas que, eventualmente, envolvam a Caixa Econômica Federal.

Escrito por Josias de Souza às 05h50, 01.11.2009
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

Deu no Blog do Juca Kfouri

Covardia de Aécio Neves

Aécio Neves, o governador tucano de Minas Gerais, que luta para ter o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014, em Belo Horizonte, deu um empurrão e um tapa em sua acompanhante no domingo passado, numa festa da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio.
Depois do incidente, segundo diversas testemunhas, cada um foi para um lado, diante do constrangimento geral.
A imprensa brasileira não pode repetir com nenhum candidato a candidato a presidência da República a cortina de silêncio que cercou Fernando Collor, embora seus hábitos fossem conhecidos.
Nota: Às 15h18, o blog recebeu nota da assessoria de imprensa do governo mineiro desmentindo a informação e a considerando caluniosa.

O blog a mantém inalterada.

Por Juca Kfouri às 12h09, 01.11.2009

http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2009-11-01_2009-11-07.html

Esta informação foi postada também no site: http://www.pimentanamuqueca.com.br/

FAVELIZAÇÃO DAS METRÓPOLES BRASILEIRAS

Luiz Domingos de Luna (*)

Com essas políticas públicas que somente funcionam para: via uma mídia crédula, logo, logo, teremos uma pequena metrópole cercada por uma grande favela em todas as regiões do Brasil.
As metrópoles brasileiras não estão crescendo, mas sim, inchando; logo teremos uma grande favela com uma pequena metrópole no centro. Tudo isso se dá, graças à falta de políticas públicas sérias em benefício da sociedade. O Êxodo rural, o desemprego, uma educação caótica, uma saúde em UTI, uma infraestrutura em frangalhos.

Toda solução mágica é puro paliativo. Porém, enquanto não se tiver a consciência plena de que o conjunto estando bem todos estão bem, ou seja, que o patamar da mediana da sociedade é quem define o bem estar coletivo. Todo o corpo social, sofre, se abala e chora.

Praza Deus, agora, com estes eventos esportivos a acontecerem no ano de 2014 – Copa do mundo e em 2016 -As Olimpíadas, seja o Brasil merecedor de uma política urbanística de infraestrutura que, de fato e de direito, coloque o pais do futuro nos holofotes do presente, como uma fonte geradora de desenvolvimento estrutural, já é chegada a hora de tratar com seriedade, compromisso e vontade de ter um país finalmente no primeiro mundo, estas duas oportunidades históricas são um verdadeiro desafio para nossa capacidade de superar os nossos problemas que vêm se avolumando na infinitude do tempo.

Creio que o momento é oportuno e que o futuro já chegou.
Não podemos tratar temas novos com costumes envelhecidos, nem temas envelhecidos com costumes novos. Assim, urge a necessidade de pensar no bem estar do Brasil. Não podemos nos dispersar em objetivos individuais em detrimento do bem maior que é o desenvolvimento de nosso querido Brasil. -O bem estar do Brasil como um tudo - uma realidade possível, oportuna, difícil, - com certeza, creio porém que, a força que pulsa viva na alma do Povo Brasileiro supere todas as nossas limitações.
Creio que o Brasil seja um país sério
Avante Brasil!!!
O Futuro já Chegou !!!


O Mundo de olho em nós, falta-nos a compreensão da responsabilidade de colocar na mídia internacional, aquilo que sempre sonhamos e que, finalmente chegou à hora. O Futuro como um presente do agora, com tenacidade, luta, determinação, coragem, bravura e a certeza de ser aptos, a mostrar que somos capazes de fazer e fazer bem feito. É a penas uma questão de fé ou otimismo – Porém não basta somente sonhar, viver este sonho é preciso.

(*) Professor da escola de Ensino Fundamental e médio monsenhor Vicente Bezerra – Aurora – Ceará.




Sucessão na OAB-Crato

Está aberta a campanha que irá definir a próxima diretoria da Subseção Cratense da Ordem dos Advogados do Brasil. Três chapas concorrem ao próximo mandato (2010-2012). Uma delas, intitulada Experiência e Realização, tendo à frente o atual presidente da instituição, Francisco Bacurau Bento, realizou uma feijoada de lançamento da referida chapa, com a presença dos candidatos a presidente e vice-presidente da Seccional do Ceará, Erinaldo Dantas e Amailza Paiva, e do atual presidente, Hélio Leitão.

O evento aconteceu hoje no Hotel Encosta da Serra, em Crato, com presença significativa dos advogados que apoiam a reeleição do Dr. Bacurau Bento.

A foto que ilustra a matéria foi capturada do blog da chapa Experiência e Realização (bacuraubento.blogspot.com).

Nota do administrador do blogue: visando manter os princípios de imparcialidade e democracia que norteiam este blogue, as demais chapas, encabeçadas por Fabrício Siebra e Jorge Emicles, têm o mesmo espaço destinado à chapa acima referida. Para isso, enviar material (textos e fotos) para o e-mail rafacrato@gmail.com.
Importante, inclusive, que sejam divulgadas as propostas de trabalho das chapas concorrentes à subseção cratense da OAB e de outras subseções existentes na região.

Estátua do Padre Cícero faz 40 anos

A HISTÓRIA DA ESTÁTUA do "Padim" na Colina do Horto se confunde com a própria memória de Juazeiro. Na Pça. Padre Cícero, outra estátua guarda a memória do "pai dos romeiros"

Juazeiro do Norte A imagem se tornou viva na fé do nordestino, um símbolo sagrado do romeiro. Na voz do "Rei do Baião", Luiz Gonzaga, ele aponta o seu olhar e dá mais brilho pela canção ao monumento mais conhecido do Nordeste. "Olha lá, no alto do Horto, ele tá vivo, o padre não está morto...". O viva ao "Padim", quatro décadas depois de inaugurada a estátua, será dado na manhã deste domingo, com a comemoração de aniversário de 40 anos e lançamento de projeto de recuperação. Considerado o terceiro maior monumento em concreto armado do mundo, são 28 metros, a partir da base.

O local passou a ser um dos principais pontos de visitação do romeiro nordestino. Tornou mais conhecida a figura mítica do Padre Cícero. O primeiro fato que contribuiu para a sua fama por todo o Nordeste foi o milagre protagonizado pela beata Maria de Araújo, com o sangramento da Hóstia, no ano de 1889. Ontem pela manhã, a beata recebeu uma homenagem (em memória) em sua casa de nascimento, onde atualmente funciona o prédio dos Correios, na Rua da Conceição, no Centro da cidade. Antes era uma velha casa de taipa. Uma placa foi afixada no local, contando um pouco de sua história.

Estátua de madeira

Mas a história das imagens do Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, começa com a sua própria concordância. O escultor Inocêncio da Costa Mik, o Mestre Noza, foi quem primeiro teve o estalo de homenagear o padre com uma estátua em madeira. Algumas imagens do escultor que fez história podem ser vistas no Centro Cultural Banco do Nordeste, no município. Ele levou o seu trabalho, prontamente aprovado pelo sacerdote na época.

De lá para cá, são milhões espalhadas pelo mundo. Uma verdadeira indústria de estátuas do "Padim" em fábricas, quintais de casas. São centenas de famílias que sobrevivem do ofício de confeccionar a imagem mais popular do Nordeste. Para o ex-prefeito Mauro Sampaio, que abraçou a ideia de homenagear o Padre Cícero e os romeiros com um grande monumento, em seu primeiro mandato de prefeito na cidade, um momento iluminado em sua vida. Se foi a maior obra de Juazeiro, ele é reticente, mas destaca em suas palavras que, com certeza, é a mais falada.

Do Horto, a imagem de Padre Cícero, o conselheiro das massas como é denominado por estudiosos, com o seu cajado na mão direita e o inseparável chapéu, na esquerda, lança o olhar protetor sobre o Cariri, de um dos pontos mais altos da região. De longe, um ponto branco em meio ao verde da serra. Poderia ser até maior, como diz o escritor Geraldo Menezes Barbosa, diante da constatação do coordenador da obra, Jaime Magalhães. O escultura foi projetada pelo pernambucano, Armando Lacerda. Ele não era um profissional do ramo, mas apresentou um projeto que foi logo aprovado pelo então prefeito Mauro Sampaio, em 1967, logo que assumiu a administração municipal, pela primeira vez.

E foi pela boca de um religioso que nasceu o pedido da maior homenagem ao mito. Era o Beato Cruzeiro, que foi até a casa do prefeito, logo pela manhã, e fez o pedido para construção de um cruzeiro no Horto em homenagem ao "Padim". "Um homem magro, moreno, de estatura mediana, que vestia uma túnica preta com uma grande cruz branca nas costas", descreve. O prefeito trouxe a ideia da estátua, e o beato não acreditou. Se vinha o pedido de construção do cruzeiro a outros prefeitos, e não tinha se realizado, imagine da estátua. Mas veio. "Nunca vi aquele homem antes e nem depois daquele dia", disse Mauro Sampaio.

Por coincidência, no dia seguinte, na mesma hora, o prefeito recebeu uma nova visita, dessa vez de um amigo comerciante, Francisco Alves Nobre, em companhia de um homem, que seria o escultor Armando Lacerda, revendedor de bebidas. Em pouco tempo, ele apresentou a maquete, que hoje está na sala da residência do ex-prefeito. Ele preserva de forma original, ainda com os riscos que davam ideia das medidas da estátua, com pouco mais de um metro e meio. Inicialmente se pensou em seis metros de altura e foi aumentando até chegar aos 25, incluindo mais três com a base.

"A construção do monumento se deu pela influência que o padre exerceu sobre os romeiros de todo o Nordeste, o que o transformou no grande líder e condutor de todos os movimentos de desenvolvimento da nossa região", diz ele, ao acrescentar que o monumento é um grande referencial em todo o Brasil.

A estátua, depois de inaugurada, passou a ser um chamariz maior dos romeiros e turistas para a cidade, além de pesquisadores de vários países do mundo, que vieram a Juazeiro pesquisar a razão do crescimento e devoção dos romeiros. Uma forma de chamar mais a atenção para o maior fenômeno da religiosidade popular do Brasil. "Jamais imaginaria que pudesse provocar esse movimento tão intenso, que cada vez mais aumenta, chama a atenção e difunde as virtudes do nosso grande patriarca", revela.

O ex-prefeito também faz uma observação quanto a abertura da própria Igreja Católica em relação ao sacerdote. "Quebrou todas as barreiras. Hoje, o próprio bispo dom Fernando Panico vai a Roma fazer o pedido de reabilitação do Padre Cícero ao papa. Isso é altamente confortante para mim, por ter tido a iluminação de construir esse monumento que, naquela época, só Deus sabe as dificuldades que enfrentei", avalia ele.

A escolha do Horto como local seguiu critérios. As caminhadas e pagamentos de promessas pelos romeiros já aconteciam para o Santo Sepulcro, a poucos quilômetros da estátua, e no local o Padre Cícero começou a fazer uma capela, e foi proibido pelo bispo de continuar a construção. "Aproveitei os alicerces da própria capela para fazer a estátua do Padre Cícero", afirma Sampaio.

"Dentro da estátua é como uma catedral", diz o escritor e jornalista Geraldo Menezes Barbosa, que esteve no ato da inauguração. Aconteceu às 18 horas, com a presença de autoridades do Estado e da região e uma grande multidão de romeiros. A luz foi acionada por controle remoto da própria Igreja Matriz. "Foi grande a repercussão", diz Geraldo Barbosa.

Texto: Diário do Nordeste, edição de 31 de outubro de 2009
Foto: Wilson Bernardo

Professor da Urca escreve livro de História – por Armando Lopes Rafael

Fernando José Pinto da Franca, professor do Curso de História da Universidade Regional do Cariri–Urca, escreveu, com acerto, o livro “Olhares Históricos: a antiguidade revisitada, olhar regional e novos campos”.

Um dos méritos desta obra é reunir num mesmo volume unidades de estudo da Antiguidade, do Ceará e do Cariri, facilitando o aprendizado dos alunos que não terão de recorrer a várias fontes para tal mister. Além do mais, este livro supre uma lacuna, qual seja, a ausência de compêndios didáticos sobre a história do Cariri. Recordo o fato de, anos atrás, quando fui aluno do Curso de História na Urca, tinha de pesquisar vários livros, buscando informações, para fazer trabalhos solicitados pelos mestres.

Este livro é oportuno por outros motivos, dentre os quais destacaria a ausência de preconceitos na forma como foi concebido. No meu tempo de estudante universitário alguns compêndios – a nós sugeridos pelos professores – continham interpretações históricas falsas, grotescas e até desrespeitosas. Era o tempo em que as ideologias prevaleciam sobre as verdades históricas. Àquela época, muitos dos livros de História continham alguns desacertos e juízos falhos, quer pelo excesso de simplificações e generalizações, quer por apresentar uma imagem distorcida do passado. Lembro-me de que – juntamente com outros poucos colegas – passamos a questionar esses livros, pois não nos conformávamos com compêndios didáticos que ridicularizavam continuamente os grandes personagens da história do Brasil e seus feitos heróicos.

“Olhares Históricos: a antiguidade revisitada, olhar regional e novos campos” deixa em aberto, ainda, a interpretação crítica dos fatos nele enunciados. Costumo dizer que para se avaliar um acontecimento do passado temos de nos transportar à mentalidade das pessoas que viviam à época. Além do mais é necessário analisar os padrões ético-morais da sociedade de então. Noutras palavras, não podemos julgar um acontecimento de 100 ou 200 anos atrás pelos padrões atuais. Só para exemplificar: somente no final da década 70 do século passado – há cerca de 30 anos portanto – as sociedades ocidentais iniciaram a aplicação das políticas dos direitos humanos preconizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), instituição criada em 1945, há apenas 64 anos. Entretanto, é comum vermos, mesmo nos dias atuais, professores de História condenar, – em salas de aula e em publicações – fatos de um passado distante, usando, para tanto, os padrões de hoje.

O livro de Fernando Pinto apresenta as unidades de ensino contemplando o universal pelo regional, isento de preconceitos superados, oferece espaço para uma discussão esclarecedora e democrática dos fatos históricos que compõe o universo do estudo da História, notadamente a do Cariri. Salvo engano, Fernando José é o primeiro mestre do Curso de História de URCA a produzir uma obra nessa linha editorial, o que se constitui num louvável pioneirismo.

Texto de Armando Lopes Rafael (Via Blog do Crato)
Foto: Carlos Rafael Dias