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quarta-feira, 30 de junho de 2010
O Nascimento da Consciência Ecológica
Luiz Domingos de Luna*
deuteronomioarte@ig.com.br
O cheiro dos seres humanos é algo muito forte, via de regra, usamos os nossos sentidos como janelas para o mundo individual, de fato, a silhueta do homo sapiens corrobora para a o egocentrismo do nosso ser, nós somos meros captadores e consumidores de meio externo, porém, não há uma preocupação com a natureza, até parece, que esta despreocupação está timbrada no nosso DNA, em prosseguimento, as formas sociais vão desenhando o espaço pensamental de cada um, pois, vive-se numa eterna fábrica de seres humanos, ou desumanos, o circulo cultural permeado, tem um potencial modificador, capaz inclusive, de mascarar o direcionamento biológico na conspiração cotidiana de destruição do espaço, ao custo de reclames da mãe natureza, a chorar eternamente em berço esplêndido. Por enquanto e até quando?O Contrato Social é a base, ou motor primeiro, para a harmonia do homem no espaço tempo, vez que, um contrato obsoleto cria sempre a preocupação com o substrato dos seres humanos na fixação no planeta terra, masmorras para sociedade, ou presilhas inoportunas, que inviabilizam a harmonia na floresta humana e, na maioria das vezes, um deserto árido para o meio ambiente.O Nascimento pleno da consciência ecológica nasce, quando o ser humano for capaz de colocar a sua objetiva para o mundo exterior, observar a paisagem existencial geográfica, observar que o disforme ecológico, é uma coletânea dos disformes individuais e sociais, a elasticidade do tempo, esta geléia vai ganhando corpo, solidez e unicidade. É este monstro que assusta a sociedade e a coletividade humana como um todo - O Homem como o centro de destruição do planeta terra. Falta ao ser humano o pigmento radioativo do bem comum, em todas as suas dimensões, desde o menor tecido sociológico ao maior.
Desde o mais frágil ecossistema(...) Enquanto não existir uma conscientização de contrato social que dê a legitimidade, a legalidade as inúmeras espécies que formam a variante do conjunto da totalidade, do todo em partes, da biodiversidade existencial, das forças internas presente em cada um, para a disposição, da aptidão do estar sempre a serviço do bem comum e, do crescimento com sustentabilidade ecológica, por que no final das contas, somos a massa humana planetária em movimento, num carrossel giratório, na roldana deste tapete tortuoso – todo planeta sofre, se abala e chora.
(*) Professor- Aurora -Ceará
Blog é coisa séria – por Armando Lopes Rafael
Texto e postagem de Armando Lopes Rafael
terça-feira, 29 de junho de 2010
Pensamento para o Dia 29/06/2010
“Mesmo a casa mais confortável, equipada com todos os luxos que o homem pode desejar, mesmo pilhas de tesouros são impotentes para dotar alguém de paz (Shanti). Essa pode ser conseguida apenas pela rendição a Deus, que é o núcleo mais íntimo de uma pessoa, a própria fonte de toda a vida e do viver. Considere isso: aqueles com sorte suficiente para possuírem riqueza, ouro, propriedades e conforto estão tendo paz? NÃO! Homens altamente cultos ou de extraordinária beleza ou de força física sobre-humana ao menos todos esses estão em paz consigo mesmo e com o mundo? NÃO! Qual é a razão da miséria mesmo para eles? A razão é que eles se esqueceram da Base Divina da Criação, bem como ignoraram o Princípio Fundamental Absoluto. Todas as vidas vividas sem Fé e devoção pelo Único Supremo Senhor são horríveis; vidas gastas sem saborear o Néctar do Princípio Divino são todas oportunidades perdidas.”
Sathya Sai Baba
segunda-feira, 28 de junho de 2010
IDÉIAS CABEÇUDAS
Ainda continuamos na luta e com certeza não vamos esmorecer, pois temos como objetividade defender os direitos do cidadão que preza pelo bom patrimônio do serviço público. Não somos hostis e nem incompreensíveis, só queremos permanecer em um estado de direito correto e agradável a todos. Por isso, estamos aqui na luta contra a emancipação de distrito inadequado e com pensamento obscuro a querer elevar-se a um grau de superioridade. Nesse caso está incluído o distrito de Ponta da Serra.
Prezado amigo historiador Antônio Correia, homem simples, possuidor de educação finíssima, de estilo puro, não desrespeitador de idéias alheias, queremos combater o seu pensamento dúbio de querer elevar à categoria de cidade o distrito inconseqüente que até agora não atingiu ao ápice de padrão superior.
Deixem de lado esse pensamento de fanfarrice (“ação dita ou maneira de fanfarrão”) de querer, juntamente com o religioso, separar esse distrito da cidade do Crato. Afastem de si essas idéias caturras que só nos causam nojo.
Lembramo-nos que uns distritos de Fortaleza, que são realmente equilibrados financeiramente e socialmente não pensam em se desmembrar da capital. Permanecem juntos, gozando de todos os direitos de que gozam todos os bairros da cidade e não pensam em separar-se da cidade.
Dizem que, quem quer ser grande, que nasça viçoso; por quanto permanecemos com o nosso dever de continuar unidos, lutando com o crescimento demográfico em equilíbrio de moralidade constante a fim de atrair forças que poderiam dar um poder magnífico de coesão que satisfaça ao bom desempenho na construção das máquinas administrativas.
É claro que todos almejam subir, mas convém dizer que devemos permanecer cautelosos, pois caso contrário, poderemos cair num fosso abismal, onde permaneceremos em caminho do desengano, do desrespeito com pernas quebradas, caindo no desengano de causas onde permanecerão de pires na mão, solicitando ajuda ao Estado.
Não podemos auferir lutas compensatórias por que não temos uma mente arejada para criarmos idéias sadias e que poderão elevar ao homem o pensamento positivo. Viverão chorando, choro minguado eternamente como a cantiga da perua, pior a pior e serão humilhados junto aos políticos quando estiverem nas ocasiões amargas.
Escutem-nos senhores, olhem para o futuro, pensem no dia de amanhã, pois ninguém saberá o que vai acontecer, mostrem que são dinâmicos, capacitados, batendo com a mão no peito dizendo: somos os maiores defensores a um bairro da cidade do Crato.
Crato, 24/06/2010
domingo, 27 de junho de 2010
Show da Banda Black Dog.
Aconteceu. Não virou manchete, mas virou uma epidemia entre os amantes de um gostosíssimo Rock and Roll. A Banda Black Dog veio ao Cariri e dele está possuída, e nós caririenses também. Foram dois pockets-shows e um super show. Primeiro, dia 18 no SESC Crato, com a produção local do Centro Cultural Banco do Nordeste. Os caras fizeram uma apresentação básica de uma hora, no formato de show-de-rock-em-teatro. Uma bela apresentação que fez lotar aquele espaço fantástico do teatro do SESC do Crato. No dia seguinte, 19/06, a primeira apresentação do dia foi no Centro Cultural do Banco do Nordeste, aquele que é o centro cultural referência no nosso Cariri. O show começou por volta das 20h. Quem foi adorou e os caras fizeram também uma apresentação memorável. Mas foi mais adiante, lá por volta das 23h que os caras realmente arrebentaram. Botaram rock na veia da galera. O ambiente? Nada mais perfeito que o Pink Floyd Bar. Aquele espaço maravilhoso onde você pode sentir o clima mais que bacana de liberdade, prazer e alegria. Os quatro cachorros pretos, não entendiam aquilo. Eles ficaram de queixo caído, literalmente. Como pode se chegar ali, a cerca de 9km do centro do Crato, gente de Crato, Juazeiro, Barbalha e mais algumas outras cidades do Cariri? E para ouvir Led Zeppelin? Que locura era aquela? Mas a loucura aconteceu. E veio carregada de muita energia. A noite prometia. As 21h a gostosíssima banda NIGHTLIFE entrou em cena para nos trazer a magia dos flashes backs dos anos 70/80, com aquele seu formato único de se apresentar sentados. Antonio do baixo, Marquinhos e cia fizeram a abertura do show do Black Dog e muito nos honraram com sua brilhante apresentação, sempre. Por volta das 23h a Black Dog acho que soltou algum "raio paralisante qualquer". As pessoas não conseguiam dançar! Ficou grande parte do público de braços cruzados, de frente pra banda, olhando os caras tocar! Aí, quem ficou de queixo caído foi a galera!Mas calma! Isso não foi todo o tempo! Quando, lá pela terceira ou quarta música, os caras sentiram a simbiose e ela realmente aconteceu, a festa se tornou um vírus. Um vírus que se alastrou por todas as cabeças do bar, inclusive de Erisvaldo (o Pink) e Sandra, donos da casa. Foi delírio geral. A festa foi um completar-se mútuo. Banda, galera, produção, donos da casa. Ninguém conseguia parar mais. Parecia que soltaram algum gás de efeito naquele ambiente, que a todos contaminou. A alegria e o rock estavam juntos. A Banda Black Dog marcou a nossa produção. Marcou o pink Floyd Bar. Marcou o coração da galera.
A emoção continuou por mais alguns dias. Os caras ficaram ainda o domingo e a segunda-feira aqui junto conosco. Conheceram mais um pouco da nossa terrinha. Conhecemos alguns outros projetos da banda. Conhecemos-nos mais. Pintou outros trabalhos, outras idéias, outros projetos. Pintou muita energia, muitos planos para o futuro e a sensação de que esse contágio mútuo vai dar ainda grandes encontros e realizações.
Gostaria de agradecer às empresas e pessoas que nos deram a força para que o evento rolasse. A Prefeitura Municipal do Crato, A Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude do Crato e ao SEBRAE Crato pelos apoios culturais. Às empresas Porão do Rock, Posto São Miguel, Moto Shopping Suzuki, Cevema, Frank Tatoo, Clínica da Bike, Nap Informática, Posto Palmeiral, ao Grupo São Geraldo e a Pororoca, por patrocinar esse evento que veio marcar a nossa região do Cariri. Obrigado a todos. Obrigado também ao amigo Junior Balu, pela cessão do seu espaço, sua casa, para "abrigar" essa querida banda. A casa de Balu se tornou o nosso "QG", onde a banda se sentiu bastante confortável e curtiu a maravilha da companhia dessa grande figura caririense. e por último gostaríamos de agradecer a Ives, Fernando, Daniel e Christian, os Cachorros Pretos. Pelas suas performances, pelos seus talentos, pelas suas amizades e força. E mais ainda por tudo que aconteceu e como aconteceu, marcando para sempre os nossos corações e mentes. A Banda Black Dog nos trouxe o Led Zeppelin ao Cariri. Só isso e nada mais. Daqui pra frente, tudo será completamente diferente, porque nós queremos. Assim seja.
sábado, 26 de junho de 2010
Tiradentes não morreu na forca ???
NE: Matéria enviada por e-mail por Renato Casimiro.
FIDELIDADE ACIMA DE TUDO
Muitas vezes, nós nos enganamos, pois sempre procuramos dar guaridas aos distritos com prioridades e com “STAFF” para que viessem se agrupar ao quadro de comportamento digno de progresso urbano, coisas que reúnem em si os caracteres que distinguem uma classe social de nossos tempos.
Maldita a hora em celebrar esses fatos de desenvolvimento, pois sempre não nos compreendem e nem sempre em suas reivindicações, não retribuindo com gratidão e solicitude de nobreza de uma sociedade justa e digna já que não fomos reparados com modos, pelo menos até agora, todos os benefícios recebidos. Ainda não nos compreendem e praticam a insubordinação. É irrelevante e não nos reconhecem como verdadeiro pai de uma classificação distinta. Contaminados por conversas amaldiçoadas, e por falsos líderes políticos, onde predominam a corrupção; dizem que é bom para o Crato e a cidade não tem nada a perder: o povo por sua vez é ingênuo acredita em conversas lisonjeantes de políticos, permanece fustigado e dilacera a cidade do Crato, já que desejam arrebatar o que temos de bom.
Não gostamos de ser repelidos pela ingratidão de um povo que só obteve grandes melhoramentos, dignos de uma sociedade merecida e trabalhadora. Ao mesmo tempo, não possui a compreensão expressiva.
Avisamos que temos desgosto desses filhos ingratos, visto que não procuram integrar-se ao meio e vivenciar de voz vibrante apregoando tolices contra a cidade mãe, cometendo disparates aleatoriamente, ouvindo burrices de “alguns deputados malditos”, deixando de lado a contemplação de pessoas qualificadas da terra e evoluídos que trazem a paz, a união e o progresso.
Temos medo desses filhos ingratos porque são silenciosos, “vivem tramando” baixo desempenho, trazendo toda a sorte de gaiatice zombeteira e se possível, praticam até atos embusteiros como foi arrecadado ultimamente, arrebatando um quinhão de terra do distrito de Santa Fé, tudo isso causado com o conhecimento das autoridades, já que isto é, sem mais nem menos, fazem vista grossa ao favoritismo desse povo que está sendo apoiado pelas autoridades legislativas, pois até agora, não tomam nenhuma providência séria a esse respeito.
Quiséramos que toda a população gritasse contra essas mazelas que ora estão acontecendo aqui no Crato, mas não; preferem ficar quietos e não praticam nenhum movimento contrário.
Não aceitaremos de bom grado essas atividades desfavoráveis para nós, visto que não poderemos permanecer mutilados e aqui parada uma cidade distorcida pelas artimanhas desses políticos maldosos, corruptos e que afirmam: para melhor compreensão deveríamos transformar esses distritos em alguns aglomerados urbanos acoplados a essa cidade, visto ser aproximado da zona urbana e por certeza sairíamos contemplados em futuro próximo de um recanto elegante e de prosperidade e que por sua vez melhoraria a sua situação urbanista e seria protegido pelas águas abençoadas das zonas metropolitanas do Cariri.
Não teríamos uma distribuição de pobreza e avançaríamos com fé e coragem da magnitude urbana.
Cratenses: tomem cuidado com os abutres inimigos que estão ao nosso lado, buscando votos. Não se deixem enganar, não dêem atenção às suas conversas ardilosas que vem aqui buscar benesses e nada mais. Trazem esses políticos cratenses que são verdadeiros entreguistas e facilmente prejudicam o Crato com conversas ocas, dando tapinhas nas costas dizendo: somos amigos dos pobres. Não tenham medo deles, pois são o ópio dessa cidade.
Quando lhe oferecer tratamento médico recusem, porque aqui no Crato tem o tratamento médico do SUS que é para servir a toda população do Crato.
Crato-CE, 20.06.2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Pensamento para o Dia 25/06/2010
“Obtenção de posições de autoridade e poder, de habilidade e inteligência que podem manipular pessoas e coisas, de fama e supremacia, de encanto pessoal, de boa saúde e felicidade ou de uma grande família com muitos filhos ou riqueza... nenhum desses pode conferir libertação. Você não pode alcançar libertação empreendendo sacrifícios, votos, caridade, peregrinação ou doações para projetos sagrados. Embora o mundo objetivo pareça real, você deve estar ciente de que está se iludindo. Você deve abandonar a ânsia por prazer decorrente dos objetos que surgem e atraem - agora e no futuro. Somente a renúncia pode levar à imortalidade. Você será libertado assim que renunciar a seu apego e desejo.”
Sathya Sai Baba
O alcoolismo - Emerson Monteiro
Das primeiras vezes, acha-se divertido. Envolve-se. Alegra-se. Facilita participar de grupos sociais com mais satisfação. Torna-se um passaporte para novas amizades. Fácil de encontrar, a bebida se oferece nos variados recantos deste mundo dito civilizado. Torna-se algo semelhante a sonhar de olhos abertos.
Mas que fica apenas nisso mesmo. Depois de algum tempo, qual dragão indomável, o vício sujeita a vida e o que antes era sonho torna-se pesadelo a desafiar o ser humano e sua força de reagir e se libertar.
Eis o alcoolismo, flagelo indescritível dos dias atuais. Monstro devorador da personalidade, intruso destruidor de famílias, de jovens e adultos, homens e mulheres, ricos e pobres, de esperanças e ideais. Tudo sob a permissão das instituições, fonte de lucros tributários e origem de receitas empresariais.
Hoje, o alcoolismo vem sendo analisado sob outros prismas e passa a ser considerado pela ciência como um mal de solução difícil, agente nocivo desagregador de graves riscos à saúde pública.
Quando termina o dia de trabalho, começam os litígios. Pais de família saem pelos bares e casas de espetáculos a satisfazer o cruel instinto da sede alcoólica, expostos à sanha perversa de piores consequências, porquanto portas se abrem fácil a quem busca as malhas do vício.
A aceitação social, a falta de prevenção e publicidades enganosas são as principais fontes que explicam a quantidade de pessoas que abusam do álcool. A falta de conscientização e o desconhecimento dos efeitos do álcool levam jovens e mulheres grávidas serem parte dos grupos de risco.
A isto tudo pode somar o vazio que gira em torno das pessoas que sofrem dessa doença. O problema com os jovens, e, sobretudo, com os adolescentes, é o alto grau de violência que o excesso de álcool neles ocasiona, como também a quantidade de acidentes de trânsito que produzem quando se encontram em tal grau de alteração. Costuma acontecer, também, que um adolescente beba até chegar a limites perigosos, simplesmente para fazer graça com o grupo de amigos.
No caso das mulheres em período de gestação, o abuso de álcool nas primeiras semanas de gravidez pode produzir uma formação defeituosa no crânio, no rosto e deficiência mental no feto. É por causa disso que normalmente se aconselha às grávidas que a se absterem de beber durante os primeiros três meses de gravidez, e que depois, se houver vontade de beber, que o faça com moderação. Como normalmente a mulher fica sabendo do seu estado de gravidez após a concepção, é muito perigoso que ela beba em demasia. Um outro grupo de risco são os desempregados e aqueles trabalhadores denominados não qualificados, pois eles se dedicam ao consumo de bebida alcoólica em excesso por causa das condições sociais nas quais estão obrigados a viver.
O segundo fator encontra o seu componente mais forte na pobreza. O álcool é uma droga a mais, e em alguns casos, é muito mais fácil de adquirir do que outros elementos nocivos. Por causa disso, algumas pessoas humildes e de baixos recursos intelectuais e culturais buscam afogar os problemas e prejuízos sociais na bebida, mais barata e fácil de conseguir que outro tipo de droga.
Abrir os olhos o quanto antes, eis a forma de se garantir uma vida saudável e livre dessas mazelas suicidas a que muitos se submetem nem sempre por falta de aviso.
Programação do Seminário Cariri Cangaço – Por Manoel Severo
ANTONIO SILVINO
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Pensamento para o Dia 24/06/2010
“Por conta do impacto dos objetos externos sobre os sentidos da percepção, a pessoa experimenta prazer e se confunde tomando-o como se fosse néctar. Mas com o tempo, o prazer inicialmente confundido com néctar transforma-se em veneno amargo e desagradável. Esse tipo de felicidade é felicidade rajásica. Se alguém acolhe o prazer sensorial rajásico, sua força, consciência e inteligência para alcançar os quatro objetivos humanos — retidão (Dharma), riqueza (Artha), desejo correto (Kaama) e libertação (Moksha) — são enfraquecidos; o interesse e o desejo de atingir a bem-aventurança divina declinam.”
Sathya Sai Baba
O Ceu é o Limite - Ordem Santa Cruz.
Luiz Domingos de Luna - Professor em Aurora *
Tive a satisfação de ser discípulo de vários decuriões que a exemplo do 2º patriarca da Ordem No Ceará – Padre Cícero Romão Batista – um exemplo de Fé continuada à expansão no tempo espaço.Enquanto os historiadores a bailar em lindos livros adjetivos desqualificativos sobre os integrantes da Ordem Santa Cruz, numa aliança sempre fiel com a imprensa escrita e falada, eu, a interrogar tanta virulência contra esta irmandade que, ao meu olhar, um betume consistente na argamassa do tecido sociológico a vistas para o engrandecimento da epistemologia Genética da humanidade para o bem.É fato que a historiografia da Ordem Santa Cruz, dificilmente,será folheada pelos leigos, ou mesmo pelos que têm sempre na veia a vontade de conhecer os fatos como aconteceram numa história que pulsa viva desde os mais remotos tempos.O Corpo orgânico da Ordem Santa Cruz – Penitentes – Igreja rural Laica / Santa Igreja de Roma tem um formato de repasse de fatos pela ordem costumeira, ou seja, de irmão para irmão posterior numa verdadeira corrente que, dificilmente, será fragmentada, ou corroída pela força temporal, assim, um cofre espiritual é sempre alimentado para o bem estar do mundo materializado, da colméia do convívio interativo, dos seres humanos no espaço geográfico e na imensidão social permeada a todos os viventes.É certo que a relação Estado, Igreja e Ordem tem sido pontuada sempre voltada para pontos históricos bem delimitados e ficando a ordem com o ônus dos dissabores do calor efervescente da fissura, usualmente, do mais forte, o que sempre, por esta objetiva a ordem carregará “a complexidade do centro de coesão” via de regra um peso, uma anomalia, uma desprojeção à luz.Esta visão simplista e egoísta, parte do pressuposto da própria estrutura de despreocupação com os valores temporais, e com a vida de penitencia e fé e a lealdade aos bons costumes, que sempre filtra os excessos, que por ventura possa ocorrer por parte de seus integrantes.Assim, sempre fiel ao Estado democrático de Direito, a luz da Ordem Santa Cruz terá sempre o céu como limite na problematização, aceitação e engrandecimento da heterogenia social nos umbrais da existência humana. Mas, dificilmente, deixará de ser um grande paradoxo para os estudiosos e os penitentes da literatura, e os sedentos de conhecimentos, pois a naturalização do escrito é uma força cultural muito forte e coesa na historia que, dificilmente, será reparada.
(*) Colaborador do Blog Cariri Agora
Bandeiras democráticas para superar a crise - por José do Vale Pinheiro Feitosa
Esta lembrança vem a propósito do que ocorre, atualmente, na Europa. Os ajustes no equilíbrio fiscal são o que se chamava arrocho, queda da atividade econômica, recessão, perdas trabalhistas e desemprego. Além do mais parece que começam a surgir os sinais mundiais do que se pretendia evitar na crise mundial quando do estouro da bolha americana. O quê a Europa começa a fazer, protegendo seu sistema financeiro privado, pode não ser bem o que aparenta, mas, na verdade, a temida proteção interna dos seus mercados que implica em redução das trocas comerciais internacionais.
As contas externas brasileiras já demonstram estresse econômico por conta do seu balanço de vendas ao exterior. A Europa comprará menos, os outros se defendem e a zorra que se queria evitar pode se repetir como nos anos 30. E olhem que a situação já não era confortável quando a crise estourou.
Volte ao princípio deste texto e leia que se fala de emprego e oportunidade de emprego. O capitalismo é feito com a dualidade capital e trabalho, o capital como indutor e o trabalho como realizador. Portanto quando vemos estatísticas de desemprego estamos falando da economia real, falamos de menos realizações, menos produtos e menos renda e o ciclo se fecha em crise social e política.
A ONU acaba de alertar para a péssima situação histórica da geração de emprego mundial. Quando se diz emprego no capitalismo se fala da sobrevivência dele, pois não adianta uma produtividade de robôs se o capital é remunerado pela renda do trabalho. A conta não fecha, a miséria também onera o capital indiretamente, a insegurança social e política estressam os agentes capitalistas, mesmo as guerras podem dar “progresso” a alguns, mas destrói muitos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon alertou: “Existem 211 milhões de pessoas sem trabalho e é necessário criar globalmente 470 milhões de novos postos de trabalho nos próximos 10 anos só para manter o passo do crescimento”. Isso, novamente, aponta uma governança global que vá além do apagar incêndios e que se volte a instituir a história da civilização como uma boa história para todos e não apenas para alguns. Não adianta salvar bancos privados matando o progresso das pessoas.
É bom que se tenha em mente que a Governança Mundial não é um assunto apenas de G 20 ou G 8. Aí tudo é mera troca de figurinhas para deixar tudo como se encontra. De fato temos que valorizar os grandes movimentos contra a globalização, movimentos que expressam visões múltiplas sobre a realidade e a superação de seus vícios. Temos que restabelecer o espírito da Conferência do Clima em Copenhague.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Veja o Coletivo Camaradas na TV Verdes Mares
Matéria veiculada na TV Verdes Mares mostra oficina de Tambores do Coletivo Camaradas, ministrada pelo artista pernambucano Vitor Brito. É só clicar no link abaixo para ver a matéria: http://tvverdesmares.com.br/cariri/Cariri/ong-resgata-tradicoes-africanas/?tv=cariri
Documentário contará história da Mestra Zulene Galdino
Pensamento para o Dia 23/06/2010
“Você deve saber que não há fim para as encarnações que Deus assume. Ele desceu inúmeras ocasiões. Às vezes, Ele vem com uma parte de Sua glória, às vezes para uma determinada tarefa, por vezes para transformar o tempo de toda uma era, o espaço inteiro de um continente, às vezes com o mais completo aparato de esplendor. O drama desempenhado pelo Senhor e os devotos atraídos para Ele é o assunto do Bhagavatha (histórias sobre a Glória de Deus). Ouvir essas histórias promove a realização de Deus. Muitos sábios têm testemunhado sua eficácia e exaltado a glória de Deus, e eles ajudaram a preservá-la para a posteridade.”
Sathya Sai Baba
terça-feira, 22 de junho de 2010
A PROFECIA ECOLÓGICA-ESPIRITUAL DE MINHA AMIGA IEDA
Os recentes acontecimentos nos Estados de Alagoas e Pernambuco me fizeram reprisar esse texto que criei já faz algum tempo.
No início da década de 80 decidi sair da casa de meu pai para ir morar sozinho. Um ano após minha saída, por questões econômicas, mudei de endereço no mesmo bairro do Flamengo. O Flamengo é um bairro nobre da zona sul do Rio de Janeiro. Os aluguéis lá eram e ainda são caros. Então, encontrei uma saída econômica que era morar num quarto alugado próximo à praia. E a moradora, uma gaucha de uns 40 anos de idade, me sub-alocou um pequeno quarto confortável para mim e meu irmão mais velho. Ieda era (ou é ainda (?)) uma mulher de convicções firmes e muito simpática. Sempre sorridente, Ieda cativava a todos com sua coragem , força de vontade e fé no processo de superação de uma doença raríssima no mundo. Era muito comum vê-la dopada para suportar as dores dos pequenos nódulos que surgiam por todo o seu corpo.
Num belo dia ela me contou como ficou sabendo, com bastante antecedência, o caminho de sofrimento que teria que passar nessa vida terrena. Contou-me ela que seu avô havia planejado ir à praia (no Rio Grande do Sul onde ela morava quando pequena) com ela e um garotinho. E assim aconteceu. Saíram cedo com o objetivo de voltar um pouco mais tarde. Em dada hora, o avô percebendo que precisava fazer o lanche que levara forrou a areia com um pano e retirou da sacola uma melancia para repartir entre eles. Buscou na sacola uma faca e foi aí que percebeu que havia esquecido a mesma em casa. Por um instante ficou confuso com o fato de ter esquecido a faca. Tentou encontrar uma maneira de executar a ação. Foi aí que de repente surgiu do nada uma figura humana de um velhinho vestido todo de branco. Seus cabelos eram brancos e possuía uma grande barba branca também. O velhinho se aproximou disposto a ajudá-los. Ele fez um sinal da cruz sobre a melancia, e a melancia se repartiu milagrosamente em quatro pedaços. Após esse feito ele se apresentou como sendo Jesus Cristo. E em seguida orientou o avô dela para que não continuasse mais batendo na esposa. E quanto a ela, disse: “Você terá uma doença muito rara no mundo. Mas, não se preocupe porque é para seu próprio bem devido aos karmas adquiridos em outras vidas”. Após essa fala ele profetizou o que iria acontecer com o ser humano devido a sua ação destruidora da natureza. Ele afirmou: “Tudo o que o homem toma ou interfere na natureza provocará uma ação contrária fazendo com que surjam tempestades e todo tipo de catástrofes que envolvem a natureza. A natureza vai querer tudo de volta!”. E segundo minha amiga Ieda ele mencionou algumas cidades onde ocorreriam essas catástrofes (p.ex.: Santa Catarina, Rio de Janeiro etc).
E a partir dessa história contada por Ieda fiquei atento aos desastres naturais. E toda vez que acontece um desastre “natural” lembro-me de Ieda e do velhinho espiritual. Quando é que finalmente admitiremos que tudo está interligado: o social, o natural e o espiritual? Hoje, se discute quanto tempo temos (se é que temos) ainda para consertar os erros do passado e do presente. O mundo vive apreensivo sobre o destino da humanidade caso ações concretas não sejam realizadas a tempo para mudar o rumo da intervenção desastrosa da vida humana na Terra. Tudo será afetado: água, solo, subsolo, ar, florestas, cidades etc.: “O Sertão virará mar, e o mar virará Sertão” diz a música sertaneja. A conta desses desastres será paga por todos, principalmente os mais pobres e carentes de recursos. No COP-15, em Copenhague, se discutiu um acordo de como repartir as responsabilidades, ônus e bônus. Mas, não houve consenso de quanto cada um deverá investir e doar de si para salvar o planeta.
Enquanto isso, continuamos poluindo, desmatando e destruindo o que resta ainda de original e sagrado ao nosso redor.
Bernardo Melgaço da Silva
Pensamento para o Dia 22/06/2010
“A consciência de Deus (Brahman) não pode ser conquistada pelo acúmulo ou doação de riquezas. Ela também não pode ser alcançada através da leitura de textos, ascensão ao poder, aquisição de graus e diplomas ou realização de sacrifícios e rituais de acordo com as escrituras. O corpo é um formigueiro, com a mente no interior da cavidade. A mente tem escondida nela a serpente chamada ignorância (Ajnana). Essa serpente não pode ser morta recorrendo a atividades prazerosas (Kamya Karma). A sabedoria espiritual (Jnana) é a única arma que pode matar a serpente da ignorância. Somente a pessoa que tem fé pode garantir essa sabedoria espiritual.”
Sathya Sai Baba
América Latina reproduz no Mundial fase de avanços na economia e na política
Fonte: Blog da BBC Brasil
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Mais um gaucho contra a Globo - por José do Vale Pinheiro Feitosa
Acontece que a Manchete do dia na Globo não foi bem esta. Foi a briga do Dunga com o Alex Escobar. No melhor estilo provocador, o Dunga, em voz baixa, mandava brasa no Alex, brilhando a careca do rapaz com algo impensável. Para eles da Globo só restou um “editorial” no melhor estilo do Fantástico, com a voz “ferida” de Tadeu Schmitt.
Para quem viu trechos da entrevista do Dunga, observou que ele, nos intervalos entre uma pergunta e outra, balbucia palavrões contra o “príncipe” da Globo. Qual foi a sacação? Há dois anos a Globo com aquela gracinha da leitura labial pegou o Dunga na maior. Agora ele deu o troco, para que lessem seus lábios. Mas que lábios mais viperinos para o sangue azul da primazia global!
A avaliação fora de campo é que para o Dunga e seu time só resta uma alternativa: Ganhar ou Ganhar. Mesmo que vitorioso a Globo o inviabiliza, mas nisso é que vem o interesse pelo assunto. Por isso estou aqui repetindo o que todos sabem, inclusive a twittada do Cala Boca Galvão.
Não por coincidência, mas por certeza: não existe nenhuma ditadura cultural (de informação inclusive) que possa ultrapassar as veleidades de cada brasileiro em seus estados. Não adianta a Globo querer ser “as trevas que paira sobre todos”, ela continua parte interessada do seu negócio. E todo negócio tem um sotaque e um território, no caso entre Paulista e Carioca. Mais paulista.
Acontece que Dunga, como Leonel Brizola é Gaucho. Sofreu na pele aquele lenga lenga da era Dunga, quando o país ganhou uma copa no sufoco. Toda aquela geração sabe que a “campanha” que gerou o nome da suposta era, fora feita nos bastidores da Globo em alto e tronante mantra para formar conceito.
Meus amigos, esta história revela que o país ainda tem cultura regional, tem estilo próprio de cada povo e, com muita frequência, até com distinção entre os estados. E não brinque com Gaucho, que os há de bola murcha por certo, mas predominam aqueles que acostumados aos ermos imprecisos dos pampas.
PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA
Sociedade Violenta – Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

São tantos problemas dessa nossa sociedade violenta: drogas, que é o mais grave dos problemas, desamor, exclusão social, famílias destruídas, violência doméstica, materialismo, acumulação de riquezas, falta de fé e muitos outros fatores que causam toda essa violência no mundo.
Antes a violência era mais nas grandes metrópoles. Entretanto hoje está impregnada até nas cidades pequenas. É um problema que atinge a todos nós. E cada um pode fazer a sua parte para reverter esse quadro. O Estado faz a dele, que é procurando diminuir as desigualdades sociais, dando melhores condições de vida para a população gerando empregos, combatendo as drogas, saúde, educação, moradia e tudo que for preciso para as pessoas viverem com dignidade.
Alguns grupos trabalham para promover a paz, na recuperação de drogados, como o “Desafio Jovem”, a “Comunidade Shalon” e outros. Tem grupos que atuam resgatando a dignidade dos moradores de rua, como “A Toca de Assis.” Tanto os grupos católicos, como os evangélicos ou de outras religiões desenvolvem ações sociais no combate a violência, e isso é que faz a diferença. São nesses atos de solidariedade que sentimos a presença de Deus impulsionando as pessoas a não cruzarem os braços diante dos problemas do mundo.
Na Paróquia da Piedade existe um grupo da Renovação Carismática da Igreja Católica, a “Comunidade Missionária Dom Bosco”, que faz um trabalho de prevenção às drogas, congregando muitos jovens. Estes participam de ministérios de música, de danças, peças teatrais e formação bíblica. Através dessas atividades eles ocupam o tempo, se evangelizam e divulgam o evangelho para outros jovens. Dessa forma eles não têm contato com drogas, nem bebida, nem qualquer vício. Outro trabalho bonito dessa paróquia, é o “Projeto Dom Bosco”, que se dedica às crianças carentes dando alimentação, reforço escolar, recreação, formação e evangelização.
O padre da Piedade tem razão em querer rezar pela paz, pois toda a mensagem e prática de Jesus são de amor e paz. Todos juntos devemos pedir a Deus pela paz, por essa sociedade que está muito afastada do Plano de Deus, que é um projeto onde existe amor, solidariedade, paz, fraternidade e justiça social.
A comunidade em que ocorreu esse fato ficou com medo. Essa situação levou o padre a tomar essa atitude de juntos rezarem pela paz. Foi um ato louvável, mas além dessas iniciativas outras devem ser tomadas por cada um de nós, para que o mundo tenha paz. Paz que não é somente a ausência de guerra, mas, sobretudo a presença do amor. Se no mundo as pessoas quisessem praticar mais a mensagem de Jesus, tudo seria melhor, pois o amor de Deus gera vida para todos. Imagine um mundo em que não exista guerra, nem fome, nem brigas, nem agressões a natureza. Um mundo onde possamos ter convivência fraterna, respeito, partilha e amor. Será Utopia? Podemos até imaginar que pelo menos poderia diminuir a violência se todos se unissem com essa finalidade.
Por Magali de Figueiredo Esmeraldo
Torcendo com o Inimigo – por Carlos Eduardo Esmeraldo

Em 1964, em Salvador, o Ceará foi jogar contra o Bahia. Eu e meus primos resolvemos ir ao estádio e torcer pelo Ceará. Era a primeira vez que eu iria ver um jogo de futebol num grande estádio. A Fonte Nova me impressionou. Por fora se via apenas um muro bastante alto. Mas quando entramos, verificamos que estávamos na encosta de um alto e o campo de jogo era em baixo, circundado por uma enorme escadaria em forma de ferradura. Escolhemos um lugar onde havia sombra. Era no meio da torcida do Bahia. Quando nosso grupo se acomodou, imediatamente ouvimos um torcedor baiano gritar: “Esses bichos aí têm caras de cearenses e vão sair daqui debaixo de porrada.” Então um dos primos acalmou os baianos, dizendo que também torcíamos pelo Bahia e que não éramos cearenses coisa nenhuma. Uns dez minutos depois de iniciado o jogo, o Ceará já perdia por dois a zero, e com o coração dilacerado, tivemos de pular a cada gol dos baianos. Para mim, aquele jogo foi decepcionante. Não via nada diferente do joguinho que o nosso Anduiá, Enoque, Bebeto e Doce de Leite faziam pela seleção do Crato no campo do Esporte.
As nossas ações no meio da torcida baiana foram muito divertidas, apesar de sofridas. No segundo tempo, o Ceará voltou bem melhor e dominava claramente o jogo. Eu estava ao lado de um baiano e lhe disse: “O nosso time está muito acovardado, acho que eu vou torcer pelo Ceará!” “E eu também!” Respondeu o baiano, sem muita convicção. Nesse momento, Gildo marca um belo gol para o Ceará. Um dos primos pulou para comemorar, quando eu o puxei pelo braço sufocando o seu grito de “gôôôôl... que começava a dar. Então, ele se lembrou de onde estava e das promessas dos baianos. Depois da minha advertência, balançou os braços para o alto, em sinal de protesto e lavando a alma soltou um sonoro palavrão que substituiu o grito de “gôôô... para o pôôôô....a.”
Depois dessa, esperei nunca mais ir ver jogo no meio das torcidas adversárias. Mas passados quinze anos, eu e Magali chegamos ao Rio de Janeiro, num sábado à noite. Na recepção do hotel, um carioca muito animado, nos disse: “Amanhã tem Flamengo e Vasco no Maracanã. Se quiserem ir, temos os ingressos e ônibus na porta do hotel”. Recusei, pois gostaria de passar a manhã visitando os pontos turísticos do Rio. Fomos ao Maracanã num taxi e chegamos quase na hora do jogo, compramos ingresso para as cadeiras. Não havia mais nenhum lugar disponível. Ficamos nos degraus, onde já havia muita gente acomodada. Na cadeira ao lado, um senhor, educadamente, cedeu seu lugar a Magali e, sentou-se no cimento da escadaria ao meu lado. Era um torcedor do Flamengo. No meu imaginário de vascaíno, jamais poderia esperar uma atitude tão educada quanto aquela partindo de um torcedor do “urubu”. Olhei ao redor e só via torcedores com a camisa rubro-negra. Época do Zico, e um monte de estrelas que faziam do Flamengo um time invencível. Com poucos minutos de jogo, o Flamengo fez três gols e eu sofria com a derrota do meu Vasco, abraçando o amigo flamenguista, a cada gol. Era uma espinhada muito profunda no meu coração vascaíno. No segundo tempo, ocorreu o mesmo daquele jogo da Bahia. O Vasco começou a reagir, fez um e dois gols e estava já para empatar, quando o Flamengo fez o quarto gol. Eu fazia tudo para não desgostar aquele novo amigo carioca e flamenguista. Quando o jogo terminou, eu o abracei e agradeci. E ele, muito brincalhão, como todo carioca, disse: “É, mas eu notei que você é vascaíno. Se eu tivesse adivinhado antes, não teria dado meu lugar à sua mulher.”
Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Pensamento para o Dia 21/06/2010
“Mesmo o oceano sem limites pode ser bebido com facilidade por alguém. Enormes montanhas podem ser arrancadas da face da terra com grande facilidade. As chamas de um enorme incêndio podem ser contidas com grande facilidade. Mas controlar a mente é muito mais difícil que todas essas coisas. Portanto, se alguém tem êxito em subjugar a mente, alcança a consciência da alma. Esse sucesso só pode surgir quando se sofrem muitas provações e negações. A bem-aventurança, que é o resultado desse esforço, é o mais elevado tipo de felicidade.”
Sathya Sai Baba
UM ATO DE AMOR AO CRATO - Por Jorge Carvalho
Prof. Jorge Carvalho
domingo, 20 de junho de 2010
A revelação de uma outra realidade
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo