Muito – mas muito mesmo – deve o Crato à Igreja Católica Apostólica Romana! A começar por sua origem, pois a cidade foi fundada por Frei Carlos Maria de Ferrara, religioso franciscano, nascido na Itália, que veio aldeiar os índios Cariris. Este frade ergueu, na Missão do Miranda (início de Crato) uma humilde capelinha de taipa, coberta com folhas de palmeiras. O rústico santuário foi dedicado, de maneira especial, a Nossa Senhora da Penha, a São Fidelis de Sigmaringa e à Santíssima Trindade.
Área da Educação
Na área educacional é marcante a presença da Igreja Católica. Em 1874, o primeiro bispo do Ceará, Dom Luiz Antônio dos Santos, fixa residência temporária nesta cidade, com o objetivo de construir um Seminário, a funcionar como um suplementar do Seminário Episcopal, existente na sede da diocese, Fortaleza, distante cerca de 600 km do Cariri. Em 1º de março de 1875, ainda de forma precária, o Seminário São José do Crato é colocado em funcionamento.
Área da Educação
Na área educacional é marcante a presença da Igreja Católica. Em 1874, o primeiro bispo do Ceará, Dom Luiz Antônio dos Santos, fixa residência temporária nesta cidade, com o objetivo de construir um Seminário, a funcionar como um suplementar do Seminário Episcopal, existente na sede da diocese, Fortaleza, distante cerca de 600 km do Cariri. Em 1º de março de 1875, ainda de forma precária, o Seminário São José do Crato é colocado em funcionamento.
Em 1922, o primeiro bispo de Crato, Dom Quintino, torna-se o pioneiro do ensino superior, no interior do Ceará, porquanto dota o Seminário São José de Curso Teológico. Este, subdividido em Curso de Filosofia, feito em dois anos, e Curso de Teologia, em quatro anos, proporciona ao novo presbítero receber no Crato a licenciatura plena. Dom Quintino planta, assim, a semente germinativa da Faculdade de Filosofia do Crato (criada em 1959 pela Diocese de Crato) que foi, por sua vez, o embrião da atual Universidade Regional do Cariri (URCA), criada em 1986.
Deve-se, ainda, a Dom Quintino a criação do Ginásio Diocesano, destinado à educação da juventude masculina e Colégio Santa Teresa de Jesus (para educação da juventude feminina) os quais, durante décadas, foram os únicos estabelecimentos de ensino médio de vasta área do centro nordestino. Acrescente-se a eles: Patronato Padre Ibiapina (construído pelo segundo bispo, Dom Francisco) o Ginásio Madre Ana Couto (construído pelo terceiro bispo, Dom Vicente) ambos extintos, além do atual Colégio Pequeno Príncipe, também criado por Dom Vicente.
Na área da Saúde
O Hospital São Francisco de Assis, pioneiro em toda Região do Cariri, foi construído pela Igreja Católica, iniciativa de Dom Francisco. Posteriormente, a esse hospital foi agregada a Maternidade Dr. Joaquim Fernandes Teles e o Hospital Infantil, ambas as iniciativas da diocese. Até a década 60 do século passado, a Região do Cariri era o principal foco do Tracoma no Brasil. Esta doença provocava a cegueira de pessoas na zona rural e arrabaldes de nossas cidades. Deve-se a iniciativas da Igreja a erradicação dessa doença no Cariri.
Outros benefícios
A Diocese de Crato criou, em 1921, a primeira instituição de crédito do Sul do Ceará, o Banco do Cariri, que prestou grandes benefícios ao comércio e à lavoura da região.
A diocese manteve, por muitas décadas, o jornal “A Ação”, sustentáculo da imprensa escrita no Cariri.
Também foi iniciativa da Igreja Católica a criação da Fundação Padre Ibiapina, mantenedora da Rádio Educadora do Cariri, Faculdade Católica do Cariri, Centro de Expansão Dom Vicente Matos. Todos os sindicatos de trabalhadores rurais, hoje existentes no Sul do Ceará, foram fundados por iniciativa da Fundação Padre Ibiapina, a qual, na década 60, contribuiu para a erradicação do analfabetismo no Sul do Ceará, através das escolas radiofônicas.
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