Eleições: prós e contras
Armando Lopes Rafael
Armando Lopes Rafael
No cenário mundial poucos países realizam tantas eleições como o Brasil. Possuímos até um sistema de voto eletrônico provavelmente o mais avançado do mundo. De dois em dois anos temos votação para escolher nossos dirigentes e representantes. Sem esquecer de outras votações, a exemplo da escolha de diretores de escolas públicas, do Conselho Tutelar e até de reitor de universidades públicas, um caso atípico em todo o mundo.
É claro que tudo isso tem um custo. E não falo só das despesas com o processo eleitoral em si (que são caríssimas), mas, também, dos salários de vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e presidentes da república, pagos com dinheiro dos impostos cobrados da população.
Ninguém discute que as eleições são a base de uma sociedade democrática. O que está a merecer reflexão é se essas sucessivas eleições têm representado algum avanço para a sociedade brasileira. Qualquer pessoa medianamente informada sabe que o Brasil precisa, urgentemente, de uma reforma política para resgate da credibilidade e confiabilidade das nossas instituições e dos políticos. Infelizmente, essa reforma tem estado em segundo plano desde a promulgação da Constituição vigente. Bom não esquecer que, em 119 anos de regime republicano, a atual Constituição completa, neste 5 de outubro, apenas 20 anos de existência.
Denuncia-se, a cada eleição, a compra de votos. Tanto que o Poder Judiciário e a Igreja Católica, vêm promovendo, a cada dois anos, uma campanha educativa com o lema “Voto não preço, tem conseqüência”. Programas sociais, como o “Bolsa-família”, viram motes – nesta temporada – nos palanques eleitorais. Como se fossem uma dádiva de governantes bondosos...
E em meio a tudo isso temos uma oposição fraca e sem rumo e uma mídia forte, com alguns setores da imprensa e jornalistas assumindo o papel de partidos políticos, já que os atuais partidos não têm tradição na jovem democracia brasileira. O desempenho da mídia, aliás, vem causando desconforto a setores do governo e até à esquerda que não se reciclou depois da falência do socialismo real. Os mais radicais criticam a imprensa com o pejorativo título de “PIG-Partido da Imprensa Golpista”. Entretanto, devemos à mídia o pouco de transparência que temos no Brasil atual.
De qualquer forma temos de reconhecer que houve algum avanço nos últimos vinte anos. O Poder Judiciário goza de credibilidade. Maiores resultados só advirão em longo prazo. Com a evolução da educação do povo. Quando tivermos de fato a consciência da cidadania. Aí teremos o controle dos nossos representantes pela opinião pública. A reforma política constitui apenas o começo desse processo.
É claro que tudo isso tem um custo. E não falo só das despesas com o processo eleitoral em si (que são caríssimas), mas, também, dos salários de vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e presidentes da república, pagos com dinheiro dos impostos cobrados da população.
Ninguém discute que as eleições são a base de uma sociedade democrática. O que está a merecer reflexão é se essas sucessivas eleições têm representado algum avanço para a sociedade brasileira. Qualquer pessoa medianamente informada sabe que o Brasil precisa, urgentemente, de uma reforma política para resgate da credibilidade e confiabilidade das nossas instituições e dos políticos. Infelizmente, essa reforma tem estado em segundo plano desde a promulgação da Constituição vigente. Bom não esquecer que, em 119 anos de regime republicano, a atual Constituição completa, neste 5 de outubro, apenas 20 anos de existência.
Denuncia-se, a cada eleição, a compra de votos. Tanto que o Poder Judiciário e a Igreja Católica, vêm promovendo, a cada dois anos, uma campanha educativa com o lema “Voto não preço, tem conseqüência”. Programas sociais, como o “Bolsa-família”, viram motes – nesta temporada – nos palanques eleitorais. Como se fossem uma dádiva de governantes bondosos...
E em meio a tudo isso temos uma oposição fraca e sem rumo e uma mídia forte, com alguns setores da imprensa e jornalistas assumindo o papel de partidos políticos, já que os atuais partidos não têm tradição na jovem democracia brasileira. O desempenho da mídia, aliás, vem causando desconforto a setores do governo e até à esquerda que não se reciclou depois da falência do socialismo real. Os mais radicais criticam a imprensa com o pejorativo título de “PIG-Partido da Imprensa Golpista”. Entretanto, devemos à mídia o pouco de transparência que temos no Brasil atual.
De qualquer forma temos de reconhecer que houve algum avanço nos últimos vinte anos. O Poder Judiciário goza de credibilidade. Maiores resultados só advirão em longo prazo. Com a evolução da educação do povo. Quando tivermos de fato a consciência da cidadania. Aí teremos o controle dos nossos representantes pela opinião pública. A reforma política constitui apenas o começo desse processo.
(escrito especialmente para o "Jornal do Cariri")
Um comentário:
O que acho absurdo é esse sistema de votação para escolha de candidatos ao legislativo onde o voto de legenda é contado. Precisamos urgentemete de uma reforma eleitoral que acabe com esse descalabro, onde nós votamos em um e elegemos outro (e às vezes esse outro é uma ameaça para o Estado de Direito que tanto lutamos para consolidar).
Carlos Rafael
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