Adiada a reunião de integrantes do Ministério Público com representantes da administração municipal de Juazeiro e diretoria do Frigorífico Industrial do Cariri, localizado neste município. A nova data para o encontro está prevista para o próximo dia 18, segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Serviços Públicos do município, Eraldo Oliveira. Ele disse que, enquanto isso, algumas providências imediatas estão sendo tomadas para que o frigorífico não tenha que ser fechado.
O Diário do Nordeste publicou, no último dia 24, matéria no Caderno Regional, denunciando a situação precária em que ainda se encontra o frigorífico, inclusive adotando métodos ilegais para matança dos bovinos, à base de marretadas, sem falar das péssimas condições de higiene da área.
O Ministério Público ameaçou fechar vários matadouros no Estado, inclusive o de Juazeiro do Norte, conforme o próprio secretário, caso não fossem tomadas providências quanto ao funcionamento. O secretário afirma que a primeira medida foi adquirir uma nova pistola pneumática, com o custo em torno de R$ 5 mil, já que a existente estava com defeitos. Por conta da falta do equipamento, o abate dos animais era concluído com marretadas, prática totalmente ilegal e que fere os princípios do bem-estar animal.
Outra solução foi realizar uma limpeza da área, retirando o entulho acumulado, conserto dos portões e o fortalecimento da segurança, com mais um vigilante. Segundo Eraldo Oliveira, mais um médico veterinário passará a prestar serviços no frigorífico, que no momento conta com apenas um.
Laudo da Vigilância
A recuperação das instalações elétrica e hidráulica, bastante danificadas, está em fase de levantamento técnico do orçamento. Somente após o laudo da Vigilância Sanitária do município é que o serviço será executado no local, conforme o secretário de Meio Ambiente.
A Vigilância Sanitária do Estado emitiu um laudo sobre a situação do frigorífico no dia 19 de dezembro do ano passado, alertando sobre as inúmeras irregularidades no funcionamento do frigorífico industrial. O laudo foi solicitado pelo Ministério Público e a inspeção verificou as condições de higiene e sanitárias do local, estrutura física, o transporte de carne, problemas com abate de suínos - que representa apenas cerca de 5% do que é consumido na cidade, e higiene pessoal. Eraldo Oliveira disse que está sendo providenciado fardamento para os funcionários.
Um plano emergencial será apresentado à Secretaria pela direção do frigorífico. As ações de médio prazo, de acordo com o secretário, continuarão sendo encaminhadas. O prédio do matadouro não recebe uma reforma há cerca de 30 anos, desde que foi inaugurado no município. Em média, são abatidos por mês no local, 1.700 cabeças de gado - 500 delas são do município do Crato.
Assim como Juazeiro, muitas cidades do Interior apresentam precariedade em seus matadouros públicos.
Mais informações:
Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Urbano e Serviços Públicos de Juazeiro
Rua Ailton Gomes, S/N
(88) 3512.3512
Diário do Nordeste
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Providências adotadas em matadouro de Juazeiro
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