A Rádio Educadora do Cariri vem sendo – há meio século – fiel ao lema: “Porta-Voz da Diocese de Crato na difusão do útil, do bem e da verdade”.
Em 1º de julho de 1958, o Diário Oficial da União publicava o Decreto nº. 43.931, assinado pelo Presidente da República, Juscelino Kubitschek, outorgando concessão a Rádio Sociedade Educadora Cariri Ltda. “para estabelecer na cidade de Crato, Estado do Ceará uma estação de ondas médias, destinada a executar serviço de radiodifusão”.
Em 1º de julho de 1958, o Diário Oficial da União publicava o Decreto nº. 43.931, assinado pelo Presidente da República, Juscelino Kubitschek, outorgando concessão a Rádio Sociedade Educadora Cariri Ltda. “para estabelecer na cidade de Crato, Estado do Ceará uma estação de ondas médias, destinada a executar serviço de radiodifusão”.
Essa concessão coroava meticuloso e organizado trabalho feito por Dom Vicente de Paulo Araújo Matos, à época bispo - auxiliar da Diocese de Crato. Cumpria-se assim o desejo manifestado pelo jovem bispo, o qual – desde sua chegada a Crato em 1955 – almejava utilizar os modernos meios eletrônicos de comunicação na missão de evangelizar, instruir e educar. Dom Vicente Matos 
previa a implementação de um conjunto de práticas socioeducacativas por meio do rádio, dentre elas práticas escolares, ou seja, as aulas radiofônicas dirigidas à população da zona rural do Cariri. Tudo fundamentado nas palavras de Jesus Cristo: “Ide, pois e ensinai a todas as nações.” (Mt 28,19).
Homem visionário e superior ao seu tempo, Dom Vicente Matos antecipava-se assim às diretrizes mestras traçadas pelo Decreto Inter mirifica (1963), o primeiro dos documentos produzidos pelo Concílio Vaticano II, que recomendava fosse “[...] criada e desenvolvida uma imprensa católica que, sob a direção direta da autoridade eclesiástica ou de pessoas católicas, [que propusesse, sustentasse e defendesse] pública e explicitamente o que está de acordo com o direito natural e com a doutrina católica.”.
No dia 21 de novembro de 1958 a Rádio Educadora do Cariri entrava em fase experimental. Sua inauguração oficial ocorreu a 15 de fevereiro de 1959, com a presença do representante do Presidente da República, o ministro da Saúde Mário Pinotti.
previa a implementação de um conjunto de práticas socioeducacativas por meio do rádio, dentre elas práticas escolares, ou seja, as aulas radiofônicas dirigidas à população da zona rural do Cariri. Tudo fundamentado nas palavras de Jesus Cristo: “Ide, pois e ensinai a todas as nações.” (Mt 28,19).Homem visionário e superior ao seu tempo, Dom Vicente Matos antecipava-se assim às diretrizes mestras traçadas pelo Decreto Inter mirifica (1963), o primeiro dos documentos produzidos pelo Concílio Vaticano II, que recomendava fosse “[...] criada e desenvolvida uma imprensa católica que, sob a direção direta da autoridade eclesiástica ou de pessoas católicas, [que propusesse, sustentasse e defendesse] pública e explicitamente o que está de acordo com o direito natural e com a doutrina católica.”.
No dia 21 de novembro de 1958 a Rádio Educadora do Cariri entrava em fase experimental. Sua inauguração oficial ocorreu a 15 de fevereiro de 1959, com a presença do representante do Presidente da República, o ministro da Saúde Mário Pinotti.
Daquela data, até os dias atuais, a Rádio Educadora do Cariri vem sendo – há meio século – fiel ao lema: “Porta-Voz da Diocese de Crato na difusão do útil, do bem e da verdade”.
Um comentário:
Também a Dom Vicente de Paulo Araújo Matos o Cariri deve esta grande iniciativa: a Rádio Educadora do Cariri.
Entretanto, dói a ingratidão da cidade de Crato para com a memória de Dom Vicente Matos.
Monsenhor José Honor de Brito costuma dizer que Crato só retornará às vias de um progresso à altura da grandeza da cidade quando a população fizer uma reparação à ingratidão que – durante anos – segmentos da elite cratense maquinou contra Dom Vicente.
E isso começa com a iniciativa da Câmara de Vereadores de denominar uma rua de Crato como “Dom Vicente Matos”.
Foram muitas as cobranças feitas nesse sentido... Igual foi o número as decepções. Até hoje a Câmara de Vereadores de Crato não foi sensível a este apelo do povo e da atual elite pensante da "Cidade de Frei Carlos".
Precisamos continuar insistindo...
No dia 6 de dezembro passado completaram-se dez anos da morte de Dom Vicente. A data, felizmente, foi lembrada pela Diocese de Crato. Atendendo pedido do nosso querido bispo diocesano, Dom Fernando Panico, o Cura da Sé, Padre Edimilson Neves, construiu uma capela mortuária na Catedral de Nossa Senhora da Penha para onde foram transladados – naquele dia – os restos mortais de Dom Vicente, juntamente com os despojos de Dom Quintino e Dom Francisco. Como se vê a comunidade cratense não deixou a data passar em branco. Já os nobres vereadores continuam fazendo “ouvidos moucos” ao clamor da população que exige uma homenagem pública ao maior benfeitor de Crato.
Nenhum outro homem deixou tantos benefícios ao Crato como Dom Vicente Matos!
Ainda muito jovem, com 37 anos, ele chegou, em 1955, à Cidade de Frei Carlos, como bispo auxiliar de Dom Francisco. E daqui só saiu em 1992, após renunciar ao cargo de Bispo de Crato. Foram 37 anos de trabalho, doação, vitórias e sofrimentos vários...
Era um gigante aquele bispo! Deve-se a ele a criação do Instituto de Ensino Superior de onde veio a Faculdade de Filosofia de Crato, embrião da atual Universidade Regional do Cariri. Depois Dom Vicente criou a Rádio Educadora do Cariri, a Empresa Gráfica Ltda. (que por longos anos editou o jornal “A Ação”), o Colégio Madre Ana Couto com seu imponente prédio onde hoje funciona a Faculdade Católica do Cariri, o Colégio Pequeno Príncipe.
Todos os sindicatos rurais do Sul do Ceará foram criados por Dom Vicente, A ele deve-se também a Fundação Padre Ibiapina, a Organização Diocesana de Escola Radiofônicas, a Escola de Líderes Rurais–ELIRUR, o Centro de Expansão no bairro Granjeiro, e a Vila Jubilar. Durante seu episcopado criou 18 paróquias e ordenou 37 sacerdotes. E fez ainda tantos bens que o espaço seria insuficiente para enumerá-los...
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