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quinta-feira, 28 de maio de 2009

O burro selvagem e o burro doméstico – por Pedro Esmeraldo


Desta vez, vamos fazer uma narração (semelhança) na qual se encerra uma ficção moral e mitológica. Falaremos da fábula do grego Esopo, referindo-se a história de dois animais, um fato que devia ser observado, com atenção no meio das camadas populares e políticas. Trata-se da narração de fatos críticos envolvendo um burro selvagem e um burro doméstico.
Um burro selvagem, observando o comportamento do burro doméstico, aproximou-se e o felicitou pelo seu belo porte e pela fartura de alimento, do qual gozava com farta regalia.
Um dia, pela manhã, ao alvorecer, encontrou, casualmente, o burro doméstico conduzindo um enorme fardo, sendo ainda fustigado constantemente pelo asneiro. Ao ver isso o burro selvagem exclamou:
Olá amigo, não tenho mais inveja da tua felicidade, pois vejo que tua abundância está acompanhada de grande sofrimento. Não sou masoquista para sofrer, inutilmente, a fim de melhorar de vida.
Falaremos, agora, do comportamento político da cidade de Crato. Os nossos cidadãos políticos permanecem alheios aos problemas sérios, deixando-os para resolvê-los posteriormente, à custa de dificuldades e sofrimentos. Alguns deles, não executam de bom grado a sua missão. Por exemplo, vivem sempre se comportando de maneira passiva, deixando tudo ir embora da cidade, sem esboçar nenhuma reação. Deixam a cidade à deriva, não enxergam um palmo diante de seu nariz.
Falamos dos descasos e da apatia dos políticos que começaram a dominar o Crato no início dos anos 80, os quais ainda permanecem, por trás dos bastidores, querendo exercer a sua missão de político sem vislumbrar o caminho certo do desenvolvimento.
Lembramos a todos que esses cidadãos-políticos ainda nos entristecem, pois andam querendo entrar no céu à força, sem se incomodar com o pensamento evolutivo do desenvolvimento da cidade. Seria bem melhor que se aposentassem e dessem lugar aos jovens de ampla visão, já que estes últimos seriam mais eficientes e enfrentariam o desafio árduo e digno de respeito.
Falou-se, ultimamente, em retirar a ExpoCrato, do atual local onde ele funciona, no Parque de Exposição. Isto nos deixou meio confusos e Alertamos ao povo que se evite a adoção dessa medida intempestiva e ardilosa de levar a ExpoCrato para outra localidade. Dizem que quem tem olhos fundos começam a chorar cedo. Não seria isto mais um pretexto para esvaziar o Crato?
Observamos que essas medidas governamentais são pretextos de desacelerar e desprezar o crescimento desta Cidade. Temos como afirmar que os inimigos do Crato (de modo especial os próprios os filhos de Crato) vivem a construir planos e idéias eivados de desprezo e que geram intranqüilidade.
Gostaríamos de obter uma resposta do Senhor Prefeito quanto a essa sugestão. O governador do Estado tem dinheiro para construir outro parque para a ExpoCrato? Se tem porque não reforma o atual parque dotando-o de novos melhoramentos? É esta a opinião unânime de quem vive em Crato. Esta resposta, aguardamo-la com muita ansiedade. Que Senhor governador a dê ao povo cratense, explicando o motivo de querer esvaziar esta cidade. Pedimos ainda, a união do povo, pois o povo unido jamais será vencido.
Apelamos a todos indistintamente. Deixemos de ser masoquistas. Não suportamos mais esse rosário de desprezo e lamentação. Partimos para a luta, e com trabalho e coragem sairemos vencedores.
Consideramos a Exposição Centro Nordestina de Animais e Produtos Derivados a menina dos olhos do Crato. Não mexam com o Crato. Respeitem o Crato, pois esta cidade não é bugre podre para ver dilacerado o seu crescimento equilibrado.

Crato 25/05/2009

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