por José Luís Lira
(Da Academia Brasileira de Hagiologia)
(Da Academia Brasileira de Hagiologia)
A canonização de São Nuno de Santa Maria ocorrendo no pontificado de Bento XVI, reascende em nós a esperança da reabilitação do Padre Cícero Romão Batista, visto que sua causa também é histórica e, a exemplo do português, ele é aclamado santo pelos brasileiros.
A nação portuguesa comemora, festivamente a canonização de São Nuno de Santa Maria (Portugal, 24 de junho de 1360 – 1º de novembro de 1431), realizada por Bento XVI, no dia 26 de abril último. Nuno Álvares Pereira, nobre e guerreiro português do século XIV (citado mais de uma dezena de vezes por Luís de Camões, em “Os Lusíadas”), teve destacada participação na continuidade da independência de Portugal, exercendo, também, o cargo de contestável, correspondente à segunda personagem da hierarquia militar nacional depois do rei.
Nuno casou com dona Leonor de Alvim, com quem é pai de dona Beatriz Pereira de Alvim. Ao casar a filha com D. Afonso, o primeiro duque de Bragança, filho do rei João I (o mestre de Ávis), fundou a Casa de Bragança, da qual descende não somente parte da nobreza portuguesa, mas, também, a família imperial brasileira. Detentor de riquezas e todas as glórias que um homem almeje, após a morte de sua mulher, Nuno tudo largou e abraçou a vida monástica na Ordem Carmelita, no Convento do Carmo, edificado por ele, em 1389. Em 1404, Dom Nuno doou tudo o que tinha aos pobres e ao convento. Finalmente, em 1823, ingressou no Carmelo, levando a vida de um humilde monge que muitas vezes saía a esmolar para ajudar aos mais necessitados. Tornando-se carmelita, abandonou os títulos de nobreza que possuía e passou a chamar-se Irmão Nuno de Santa Maria.
A nação portuguesa comemora, festivamente a canonização de São Nuno de Santa Maria (Portugal, 24 de junho de 1360 – 1º de novembro de 1431), realizada por Bento XVI, no dia 26 de abril último. Nuno Álvares Pereira, nobre e guerreiro português do século XIV (citado mais de uma dezena de vezes por Luís de Camões, em “Os Lusíadas”), teve destacada participação na continuidade da independência de Portugal, exercendo, também, o cargo de contestável, correspondente à segunda personagem da hierarquia militar nacional depois do rei.
Nuno casou com dona Leonor de Alvim, com quem é pai de dona Beatriz Pereira de Alvim. Ao casar a filha com D. Afonso, o primeiro duque de Bragança, filho do rei João I (o mestre de Ávis), fundou a Casa de Bragança, da qual descende não somente parte da nobreza portuguesa, mas, também, a família imperial brasileira. Detentor de riquezas e todas as glórias que um homem almeje, após a morte de sua mulher, Nuno tudo largou e abraçou a vida monástica na Ordem Carmelita, no Convento do Carmo, edificado por ele, em 1389. Em 1404, Dom Nuno doou tudo o que tinha aos pobres e ao convento. Finalmente, em 1823, ingressou no Carmelo, levando a vida de um humilde monge que muitas vezes saía a esmolar para ajudar aos mais necessitados. Tornando-se carmelita, abandonou os títulos de nobreza que possuía e passou a chamar-se Irmão Nuno de Santa Maria.
Logo após a morte de Irmão Nuno, a população o aclamara santo e seu primeiro processo de beatificação teve início em 1434, mas, somente em 23 de janeiro 1818, o Papa Bento XV o elevou aos altares portugueses. Sua Causa de Canonização, aberta em 1940, de forma histórica, envolvida num contexto religioso-político-militar, chegou a ser interrompida e, depois, reiniciada em 2004.
O papa Bento XVI, na homilia durante a Missa de Canonização de São Nuno de Santa Maria, o aclamou “herói e santo de Portugal”, afirmando que caracterizavam o Santo “uma intensa vida de oração e absoluta confiança no auxílio divino” e, ainda, “embora fosse um ótimo militar e um grande chefe, nunca deixou os dotes pessoais sobreporem-se à ação suprema que vem de Deus”, dado o esforço de São Nuno “por não pôr obstáculos à ação de Deus na sua vida, imitando Nossa Senhora, de Quem era devotíssimo e a Quem atribuía publicamente as suas vitórias. No ocaso da sua vida, retirou-se para o convento do Carmo por ele mandado construir”.
Bento XVI demonstrou, finalmente, sua felicidade, “por apontar à Igreja inteira esta figura exemplar nomeadamente pela presença duma vida de fé e oração em contextos aparentemente pouco favoráveis à mesma, sendo a prova de que em qualquer situação, mesmo de caráter militar e bélica, é possível atuar e realizar os valores e princípios da vida cristã, sobretudo se esta é colocada ao serviço do bem comum e da glória de Deus”.
A canonização de São Nuno de Santa Maria ocorrendo no pontificado de Bento XVI, reascende em nós a esperança da reabilitação do Padre Cícero Romão Batista, visto que sua causa também é histórica e, a exemplo do português, ele é aclamado santo pelos brasileiros.
(Publicado no jornal O POVO, edição de 09 de maio de 2009)
O papa Bento XVI, na homilia durante a Missa de Canonização de São Nuno de Santa Maria, o aclamou “herói e santo de Portugal”, afirmando que caracterizavam o Santo “uma intensa vida de oração e absoluta confiança no auxílio divino” e, ainda, “embora fosse um ótimo militar e um grande chefe, nunca deixou os dotes pessoais sobreporem-se à ação suprema que vem de Deus”, dado o esforço de São Nuno “por não pôr obstáculos à ação de Deus na sua vida, imitando Nossa Senhora, de Quem era devotíssimo e a Quem atribuía publicamente as suas vitórias. No ocaso da sua vida, retirou-se para o convento do Carmo por ele mandado construir”.
Bento XVI demonstrou, finalmente, sua felicidade, “por apontar à Igreja inteira esta figura exemplar nomeadamente pela presença duma vida de fé e oração em contextos aparentemente pouco favoráveis à mesma, sendo a prova de que em qualquer situação, mesmo de caráter militar e bélica, é possível atuar e realizar os valores e princípios da vida cristã, sobretudo se esta é colocada ao serviço do bem comum e da glória de Deus”.
A canonização de São Nuno de Santa Maria ocorrendo no pontificado de Bento XVI, reascende em nós a esperança da reabilitação do Padre Cícero Romão Batista, visto que sua causa também é histórica e, a exemplo do português, ele é aclamado santo pelos brasileiros.
(Publicado no jornal O POVO, edição de 09 de maio de 2009)
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