Do Jornal do Cariri
O prédio da Casa do Estudante do Crato (CEC) apresenta rachaduras nas paredes e piso, madeiramento comprometido pela ação de cupins e portas e janelas quebradas. De acordo com o laudo do Corpo de Bombeiros do Crato, o perigo de desabamento é iminente. O documento foi assinado pelo subtenente Juscelino Inácio de Brito, que recomendou a visita de engenheiros para constatar a veracidade dos fatos e uma imediata tomada de providências.
O prédio da Casa do Estudante do Crato (CEC) apresenta rachaduras nas paredes e piso, madeiramento comprometido pela ação de cupins e portas e janelas quebradas. De acordo com o laudo do Corpo de Bombeiros do Crato, o perigo de desabamento é iminente. O documento foi assinado pelo subtenente Juscelino Inácio de Brito, que recomendou a visita de engenheiros para constatar a veracidade dos fatos e uma imediata tomada de providências.
Uma equipe da vigilância sanitária do Crato constatou infestação de morcegos, inclusive fezes e urina, instalação hidráulica e elétrica danificada e infiltração de água em vários pontos do imóvel.
O prédio tem 13 apartamentos, sendo sete no térreo e seis no pavimento superior. No local, residem 29 estudantes secundaristas e universitários, oriundos dos municípios cearenses de Iguatu, Cedro, Lavras da Mangabeira, Quixelô, Acopiara, Milagres, Missão Velha, Jardim, Altaneira e Brejo Santo. De Pernambuco, alunos que vieram de Moreilandia, Exu e Cedro. Os jovens estudam na Universidade Regional do Cariri (URCA), Universidade Federal do Ceará (UFC), Instituto Federal do Ceará (IFECE), Leão Sampaio e Faculdade de Medicina de Juazeiro (FMJ). Eles estão apavorados com o estado de conservação do imóvel e esta semana, os alunos levarão a denúncia ao Ministério Público para tentar solucionar o problema.
A estudante do 7º semestre do curso de letras, Jaqueline Cruz, veio do distrito de Jamacaru, em Missão Velha, procurar abrigo na Casa do Estudante. Há três anos mora no local e participa da luta para conseguir melhorias para o prédio. “As pessoas que se abrigam aqui, não podem pagar o aluguel de apartamentos. Então, queremos melhores condições para beneficiar também outros estudantes, que assim com nós, não têm condições de pagar aluguel e morar em outro lugar”, ressalta a estudante.
Jaqueline fala ainda sobre a falta de segurança na casa: “já fomos assaltados umas três vezes. Certa vez, fomos passar as férias nas nossas cidades e quando voltamos tinham arrombado o quarto de um colega, levado a televisão e os pertences dele. A rua é esquisita e não temos nenhuma segurança, ficamos com medo se ouvirmos qualquer barulho”, concluiu a estudante.
O prefeito Samuel Araripe disse que a situação da Casa do Estudante do Crato é preocupante, mas qualquer recurso público destinado ao prédio poderá caracterizar improbidade administrativa por falta de legalidade nos repasses. Samuel solicitou que os engenheiros da secretaria municipal de Infraestrutura (SEINFRA) fossem ao local para uma avaliação. O engenheiro Jorge Ishimaru disse que a secretaria está desenvolvendo um projeto de restauração do prédio. Para o engenheiro, “as obras devem começar urgentemente devido as condições físicas do imóvel”.
Localizado na Rua Carolino Sucupira, no bairro Pimenta, o prédio foi construído em 1956, pela União dos Estudantes do Crato (UEC). O objetivo é abrigar estudantes do ensino médio e superior, reconhecidamente carente de recursos financeiros. A sede própria da União dos Estudantes do Crato (UEC) fica em anexo, mas sempre fechada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário