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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Perdão – Por Magali de Figueiredo Esmeraldo.

Quem pratica o perdão tem mais condições de alcançar a paz e a felicidade. As pessoas não são perfeitas e se não soubermos aceitá-las com seus defeitos, não praticaremos o perdão e não aliviaremos o nosso coração do peso da mágoa. O coração de quem perdoa se torna mais leve. No Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus, 18, 21-35, quando Pedro pergunta a Jesus se devemos perdoar nosso irmão, até sete vezes, Jesus responde: “não lhe digo até sete vezes, mas até setenta e sete vezes sete.” O número sete na Bíblia significa a plenitude. Portanto, devemos perdoar infinitas vezes.

Depois que respondeu a Pedro, Jesus narrou uma parábola comparando o Reino do Céu com um rei que resolveu acertar a conta com seus empregados. Jesus contou que um servo devia uma quantia de dez mil talentos ao seu rei e não tinha condição de pagar a dívida. Era uma quantia muito grande, pois cada talento equivalia a 34 kg de ouro. O empregado pediu um prazo e implorou compaixão. O rei perdoou sua enorme dívida. Mas esse servo saiu e encontrou um dos seus companheiros que lhe devia uma pequena quantia e exigiu o pagamento, agarrando-o pelo pescoço. Mesmo que o companheiro de servidão lhe implorasse por compaixão, ele o entregou à prisão. O rei sabendo dos atos desse servo zangou-se, pois ele não teve a mesma compaixão com o seu companheiro. Por isso mandou entregá-lo aos torturadores, até que ele pagasse a dívida.

Não podemos comparar as ofensas que cometemos contra Deus àquelas que os outros cometem contra nós. Jesus observou que como o servo que não tinha misericórdia, o Pai não perdoará nossas faltas se não perdoarmos nosso próximo.

Sabemos que o ódio somente prejudica a pessoa que não sabe perdoar. O perdão é também a outra face do amor e o mundo seria muito melhor se todos nós soubéssemos praticar o amor e perdoássemos nosso irmão infinitas vezes.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

3 comentários:

Carlos Eduardo Esmeraldo disse...

Querida Magali

Parabéns por esta bela crônica! Ela revela quem você realmente é. Só que nunca precisou pedir perdão, pois personifica muito bem aquela frase do Pequeno Príncipe; "amar é não ter que pedir perdão".
Perdoar é uma atitude sobrenatural. Quem pede perdão é sábio e quem sabe perdoar é mais sábio ainda.
Há mais de dez anos, eu li no documento de uma das Campanha da Fraternidade, um gesto de perdão impossível de ser praticado por um ser humano comum. Um padre conversava com um preso do antigo Carandiru no pátio do presídio em um dia de domingo. Observou uma senhora entrar com uma sacola e dirigir-se a um rapaz sentado em um banco defronte. Retirou da sacola alguns presentes e um bolo. O padre então comentou com o preso ao seu lado: "Mas como é bonito o amor de uma mãe!" E o preso completou: "Não padre, ela não é mãe desse amigo. Ela é a mãe do rapaz que ele matou."
Perdoar exige um amor que transcende à nossa natureza humana.
Beijos!
Carlos.

Carlos Rafael Dias disse...

O perdão é um passaporte necessário para alcançarmos uma vida livre do rancor e do ódio, ou como diz a autora uma vida com paz e felicidade.

Parabéns, Magali por esta crônica que nos ajuda a refletir sobre nossas relações neste mundo material.

Anônimo disse...

Carlos e Carlos Rafael, os comentários feito por vocês enriqueceram muito o texto. Era esse o objetivo, promover a reflexão.
Muito obrigada pela gentileza e incentivo.

Abraços