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sábado, 21 de novembro de 2009

A guerrilha do ato dramático caririense


Por Olival Honor

É a seguinte a apresentação da iniciativa de nossos artistas, que transcrevo ipsis literis: “Grupos de resistência realizam a mais audaciosa operação de defesa das artes cênicas do Cariri cearense. Os guerrilheiros reúnem dezesseis espetáculos de teatro e dança, demonstrando enorme poder artístico e já conquistaram a simpatia de amplas massas populares. Durante o movimento, as companhias serão premiadas com o Troféu Juscelino Leal Lobo Júnior.”


Ao tentar resumir nesta crônica a grandiosidade e o significado desse movimento cultural de silencioso e já vitorioso protesto, quero iniciar com os seguintes destaques, cujas meritórias atuações foram decisivas para a concretização do movimento:


DIVANE CABRAL, mentora e diretora maior do Teatro Raquel de Queiroz, de cuja inauguração tive a honra de participar, como ator nos ensaios da peça “A Raposa e as Uvas”, do escritor Guilherme de Figueiredo. Divane dispensa apresentação, componente ilustre de famosa família de nossa terra, conhecida e admirada por todos os cratenses, que muito lhes devem na difusão da arte musical e de nossa cultura em geral. Ela concedeu gratuitamente aos guerrilheiros as trincheiras do Teatro Raquel de Queiroz, para que lhes servissem de anfiteatro durante a grande batalha.


CACÁ ARAÚJO, intelectual, autor, diretor e ator teatral, ao lado de Orleina Moura, Flávio Rocha (Tio Flavinho) e o Tio Bibi, entre outros cangaceiros e guerrilheiros famosos nas batalhas da guerra santa das artes, todos também conhecidos e muito amados pelo imenso público que tem esgotado os ingressos para participar das batalhas, superlotando suas galerias. Para se ter uma idéia, a apresentação da peça “A Comédia da Maldição”, de Cacá, teve de ser reapresentada ontem mesmo, tal o número de pessoas querendo assistir.


Resta apenas dizer o porquê de tudo isso: discriminação na seleção dos grupos para o festival do SESC, que excluiu os nossos de suas exibições, provocando a guerrilha de protesto. Bendita guerrilha!


Fazemos um apelo ao seu Comando para que, além de “Os Três Porquinhos” e “O Pecado de Clara Menina”, seja reprisada também a peça “Fogo Fátuo”, encenada com enorme sucesso, no último sábado, pela Companhia Teatral Anjos da Alegria.

Crônica de Olival Honor

2 comentários:

Anônimo disse...

Louvável sob todos os aspectos este projeto. Muito me apraz saber desses levantes que nossos artistas, quando o querem, fazem com eficiência e coragem.
Dele não participei como espectador. Mas, para o ano, estarei atento e ao lado dos que resistem a certos eventos que privilegia os de fora e excluem os talentos de nossa cultura.
Salve Cacá Araújo, Renato Dantas e tantos outros guerrilheiros que assumiram esta nova trincheira para o bem da nossa arte.

Carlos Rafael Dias disse...

Faço minhas as palavras lúcidas do prof. Zé Nilton.