Por Nina Luiza Carvalho
Já se passaram cinco anos da morte do Monsenhor Murilo de Sá Barreto, barbalhense, devido a complicações na cirurgia da retirada de um tumor no fígado em Fortaleza. Por uma grande coincidência ele faleceu as cinco da manhã, hora que ele costumava celebrar a missa dominical na Matriz. Deixou para Juazeiro e também para todo o nordeste uma imagem de fé e perseverança. Disseminou mais ainda a força e a pessoa de Padre Cícero. A Basílica Menor está se organizando pra fazer um memorial em respeito ao monsenhor Murilo.
O padre Correia foi um dos seus maiores referenciais católicos do Monsenhor. De acordo com parentes e amigos, “ Nunca atrasou uma missa nem sequer por dez minutos, tinha tempo pra tudo, aquilo era incrível”, afimou padre Paulo Lemos, da Paroquia Nossa Senhora das Dores.
Em 1945, começa seus estudos no Seminário São José, na cidade do Crato. Sete anos depois, muda-se para Fortaleza, onde cursou filosofia e teologia. No fim do ano de 1957 ordena-se padre em sua terra natal, assumindo no ano seguinte o vicariato na Paróquia de Nossa Senhora das Dores, da qual tornou-se pároco em 1966 e onde viveu por 48 anos a sua vida sacerdotal.
Foi preciso conhecer, para amar
Inicialmente, quando chega a Juazeiro, Monsenhor chega com a mentalidade anti-romaria e anti-padre Cícero, mas aos poucos vai percebendo o conteúdo de fé na simplicidade do povo o que existia de fato nestes momentos religiosos.
Inicialmente, quando chega a Juazeiro, Monsenhor chega com a mentalidade anti-romaria e anti-padre Cícero, mas aos poucos vai percebendo o conteúdo de fé na simplicidade do povo o que existia de fato nestes momentos religiosos.
“Tem uma frase que diz: só se pode amar se conhecer. Então ele foi conhecer Juazeiro. Ele conhecia as entranhas da cidade. Ele sabia tudo dali. E não só amou o Juazeiro, mas o Cariri como um todo. Ele foi o primeiro padre a dar viva a padre Cícero no altar. E isso foi de uma simbologia muito forte. Um desafio a igreja oficial, ele deu uma luz ao processo de canonização, de amor ao romeiro.” Descreveu sua irmã, Libânia de Sá Barreto. A missa da despedida dos romeiros era a que monsenhor mais gostava. “Ele amava aqueles chapéus acenando”, afirmou.
Muita influência
Com um trabalho diplomata, era bem quisto em todos os setores sociais da cidade e também do nordeste. Para muitos, depois de padre Cícero, monsenhor foi o homem mais influente de Juazeiro do Norte. Era um homem inovador, corajoso, foi sensível ao ponto de perceber o que era divino neste contexto de religiosidade popular, desse sentimento todo que envolve a figura do padre Cícero e as devoções que se criaram nesta terra. Virou assim, um referencial de autoridade religiosa, moral para o povo juazeirense.
Com um trabalho diplomata, era bem quisto em todos os setores sociais da cidade e também do nordeste. Para muitos, depois de padre Cícero, monsenhor foi o homem mais influente de Juazeiro do Norte. Era um homem inovador, corajoso, foi sensível ao ponto de perceber o que era divino neste contexto de religiosidade popular, desse sentimento todo que envolve a figura do padre Cícero e as devoções que se criaram nesta terra. Virou assim, um referencial de autoridade religiosa, moral para o povo juazeirense.
Foi uma liderança também na política, batalhou por melhorias para a cidade, como o centro de apoio aos romeiros. Era um homem atento para os diversos aspectos da vida social do município. Como exemplo, a creche Poço de Jacó, no Horto, o projeto Semeador e dois asilos para idosos. Tanto a creche como o Semeador possuem cerca de 200 crianças. Lá eles têm apoio educacional, profissional e social.
Depoimento
“Ele tinha um amor especial pra ir ao semeador, pra ir ao Horto. Pra acolher, pra abraçar as crianças. Eu sentia que ele tinha uma paixão pelas crianças. Ele tinha essa capacidade extraordinária de falar com intelectuais, com gente do povo e com as crianças”. Afirmou Irmã Annette Dumoulin, coordenadora do projeto Semeador.
Fonte: site do Jornal do Cariri
“Ele tinha um amor especial pra ir ao semeador, pra ir ao Horto. Pra acolher, pra abraçar as crianças. Eu sentia que ele tinha uma paixão pelas crianças. Ele tinha essa capacidade extraordinária de falar com intelectuais, com gente do povo e com as crianças”. Afirmou Irmã Annette Dumoulin, coordenadora do projeto Semeador.
Fonte: site do Jornal do Cariri
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