Agora não há mais segredos. O prefeito Manoel Santana rompeu com o presidente da Câmara, Zé de Amélia Junior e já trabalha para impedir a sua reeleição em dezembro de 2010. O motivo do rompimento deles se deu porque Amélia Junior se recusou a aprovar em caráter de emergência o projeto de lei que confiscava 10% dos salários dos ocupantes de cargos comissionados, do prefeito, vice e dos secretários. Mesmo com a recusa da Câmara votar essa lei, Santana baixou o Decreto 370 e confiscou os vencimentos de parte do funcionalismo.
O rompimento de Santana com Amélia Junior se mantinha em segredo até que na semana passada, o prefeito postou em seu twiter que havia sido convidado para um jantar pelo presidente da Câmara. Santana escreveu que não gostava do prato a ser servido, duodécimo – termo que significa os valores legais repassados pela prefeitura para a Câmara de Vereadores.
Com essa publicação no twiter, Amélia Junior cancelou o convite para o encontro e disse ao Jornal do Cariri que a razão do pedido de jantar era tentar demover Santana de confiscar os salários dos servidores ocupantes de cargos de confiança. “Não há como o prefeito Santana incorrer nesse erro. Ele foi eleito pelo Partido dos Trabalhadores e não há como o PT adotar o confisco salarial como prática administrativa de quem ganha tão mal em pleno período natalino”.
Só após esse cancelamento, vazou uma reunião anterior entre o prefeito Santana e onze vereadores que esclareceu todos os detalhes do rompimento. Nesse encontro, estiveram ausentes apenas o presidente da Câmara, Amélia Junior, Tarso Magno e Roberto Sampaio. Na ocasião, Santana anunciou que iria escolher entre eles um líder de seu governo. Há quatro meses Santana não tem líder na Câmara. Nenhum dos presentes se mostrou interessado no posto. Com o silêncio, Santana prometeu dar um presente a quem aceitasse a tarefa: a presidência da Câmara.
Como a declaração repercutiu mal entre os vereadores, Santana se corrigiu. Disse que não daria a presidência, mas o apoio ao seu novo líder para ser candidato contra o atual presidente Amélia Junior. Nem assim, nenhum dos onze vereadores aceitou o cargo de líder. Daí, Santana perdeu a paciência e acusou Amélia Junior de ser desonesto. Também fez outras pesadas acusações contra o atual presidente da Câmara.
Amélia Junior reagiu aos ataques do prefeito Santana. Disse que “não posso concordar com uma lei que irá punir trabalhadores com o confisco. Fui contra o confisco na época do presidente Collor e jamais imaginaria que um prefeito do PT propusesse essa medida aqui em Juazeiro”. Amélia Junior sustentou ainda que o prefeito Santana perde tempo: “não me intimidarei para que ele aprove o confisco a toque de caixa. Ele(Santana) sabe que não poderia confiscar salários através de um decreto”.
Fonte: Site do Jornal do Cariri
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