Às vezes, tenho medo de falar à toa, mas não posso deixar de glorificar a minha cidade.
Desde tenra idade, fiz um ajuste comigo mesmo que foi defender o meu torrão natal até a última hora. Ocorre, porém, que não encontro apoio firme entre os cratenses para debater de sã consciência os problemas da cidade. Note que há uma camada constituída por homens de pensamento negativo, que se acomodam e ficam esperando as conseqüências desagradáveis para depois agir, quando a situação não é mais favorável.
Nesse caso, aguardam o desenrolar dos acontecimentos, posto que ficam na expectativa para ver se conseguem algumas migalhas e quando as conseguem, é por meio de esforços de terceiros, é aí, então, que aparece um como sendo o pai da criança.
Lembro-me muito bem de um melhoramento que o Crato perdeu, que com toda certeza, vinha diretamente para cá e os políticos se acomodaram, pois engavetaram o projeto, não se sabendo porque razão, fizeram corpo mole, pensando que estavam solucionando os acontecimentos, pois por causa da demora, acontecem as maiores dores de cabeça da história da cidade do Crato; deixaram que os artistas de mão ligeira levassem sorrateiramente esse benefício para outro município. Por isso o Crato foi para o canto do desespero, provocado pelo engano de alguns políticos acomodados e o cratense ficou sem vivacidade, pois os próprios políticos responsáveis pelo logro empurraram o barco imundo contra a correnteza de desengano total, que quase a cidade não arrebatava algum quinhão desse projeto.
Esses políticos cratenses alegavam que não havia representação no congresso nacional. Ora essa, senhores representantes da política cratense, se não conhecem as representações políticas cratenses, é o próprio povo, através de movimentos, saindo às ruas, que deve reclamar com altivez o desprezo da cidade.
De fato, essa representação que o Crato não possui é causada pelos próprios políticos, já que vivem entregando o município aos inimigos, deixam de lado os bons costumes e não apóiam os filhos da cidade para exercerem cargos eletivos. Ficam vendendo seus préstimos aos políticos de outras plagas, inimigos da cidade, deixando ao léu os mais agudos apoios morais e financeiros, como faziam os políticos de outrora. Também recordo que esses tais políticos desprezam a juventude, não dão nenhum apoio e ficam atolados com os velhos viciados, que não tem jeito algum de trabalhar.
Antigamente, a juventude cratense era atuante, vibrante e arrojada. Hoje, vê-se a juventude apática, doentia e viciada.
Por essa razão, os políticos têm de reagir, deixar de lado o comodismo, caprichos e mudar o rumo da história.
Crato, 03.11.2010
Obs.: Refere-se esta crônica à perda do Campus da UFC. Crato perdeu por falta de atividade dos políticos fracos, indolentes e sem visão.
Artigo de autoria de Pedro Esmeraldo
Nenhum comentário:
Postar um comentário