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domingo, 21 de novembro de 2010

O que posso fazer? – por Pedro Esmeraldo

Tinha feito o propósito de não me meter mais neste assunto do fechamento da Escola Maria Amélia Esmeraldo, localizada no sítio São José. Agora, diante das novas circunstâncias – e para não ser omisso – sou obrigado a retornar ao assunto.

Estava à tardinha em minha casa, quando vieram avisar-se de que havia pessoas nocivas à sociedade preparando-se para demolir o prédio da Escolinha Maria Amélia Esmeraldo. Respondi que nada podia fazer, já que as autoridades responsáveis do município nada fizeram para evitar o fechamento daquela Escola. Confirmei que não encontrava apoio dessas autoridades e acreditava que o objetivo agora era o de aferrolhar aquela escola, em detrimento da educação das crianças residentes naquela comunidade. Parecia até pirraça dessas autoridades, com o intuito de querer-me aparvalhar, pensando que me iam me prejudicar ou enxovalhar minha consciência.

Até parece que essas autoridades faziam isso de propósito, ao fazer vistas grossas sobre o deterioramento que vinha ocorrendo naquele prédio público. Preferiram abandoná-lo, entregando-o ao acaso, ao invés de solucionar os problemas que ali vêm ocorrendo. Não demonstram, como se vê, interesse com o desenvolvimento educativo das crianças daquela localidade do município de Crato.

Reafirmo, categoricamente, que sou uma pessoa imbuída no desejo de servir a causa pública, com honradez e sem esmorecer neste meu trabalho. Permitam-me confirmar que os descendentes do doador do terreno à Prefeitura do Crato, para no local ser construída a Escolinha Maria Amélia Esmeraldo, fato ocorrido no início da década de 1970, dilaceraram aquele prédio, como se aquele terreno ainda fosse deles, num gesto nocivo, destruindo um patrimônio público, num comportamento reprovável. Esta atitude abominável só pode ter como propósito o de readquirir o terreno anteriormente doado. Julgam-se, esses destruidores, com o direito de depredar a referida escola, causando prejuízo aos os habitantes daquela comunidade que querem um estabelecimento de ensino para as crianças pobres ali residentes.

É vergonhoso, é infamante aquele que fez a doação de um bem, querer depois reaver o terreno doado. Qualquer cidadão sensato, que se preocupa com o desenvolvimento da educação rural, fica satisfeito em ver uma escola funcionando. Por isso, a título de sugestão, peço – mais uma vez – a essas autoridades que mandem reconstruir a Escola Maria Amélia Esmeraldo, transformando-a no estabelecimento de ensino de iniciação infantil com todos os requisitos favoráveis ao desenvolvimento da aprendizagem escolar.

Senhores: pensem no povo que sempre lhes deu apoio. Favoreçam o bom desempenho de uma unidade escolar. Retribuam com melhoramentos os impostos pagos pela sociedade. E mais: usem suas autoridades para cobrar aos que destruíram o patrimônio público, obrigando-os a pagarem do seu bolso a reconstrução de uma, deixando-a do jeito de como ela existia tempos atrás...

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