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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Prefeito Samuel Araripe faz Proposta ao Pedro Esmeraldo sobre a Escola Maria Amélia



"Se o Pedrinho Esmeraldo conseguir um mínimo de 250 alunos do próprio local, a fim de manter a escola em funcionamento, eu, Prefeito Samuel Araripe, reabro a escolinha Maria Amélia"


Prefeito Samuel Araripe

Visando esclarecer os fatos que acontecem na nossa cidade, o Blog do Crato foi conversar com o prefeito Samuel Araripe sobre a questão levantada pelo Sr. Pedro Esmerado, quanto ao fechamento já há alguns anos da escolinha Maria Amélia que funcionava no Sítio São José. Entrevistado por mim, o prefeito Samuel Araripe disse o seguinte:

SA - "O Pedrinho Esmeraldo esteve há algum tempo em conversa comigo sobre o fechamento dessa escola. Eu lamento bastante que um veículo de educação seja fechado, mas existe um número mínimo de alunos para que uma escola possa manter-se. As despesas são enormes e o local não comportava. Era prejuízo para o município. Depois de explicar a ele todo o procedimento e os elevados custos, eu ainda lhe fiz uma proposta, que mantenho até hoje: -- Se o Pedrinho Esmeraldo conseguir arrumar um mínimo de 250 alunos do próprio local para garantir o funcionamento, eu, Prefeito Samuel Araripe, reabro a escolinha Maria Amélia. Sabe quando o Pedrinho voltou lá ? Nunca mais. Acho que ele não conseguiu esses alunos. Agora, temos que passar para o público como é que a coisa toda funciona para se manter uma escola:

Hoje, a tese universal, é de que a escola tem que ter no mínimo, 500 alunos. Porque cada aluno recebe um valor do FUNDEB. A título só de exemplo, pra pessoa compreender, o valor exato, depois eu te passo quanto cada aluno recebe, vamos supor uma escola com 1000 alunos. Então cada aluno vale 1000 reais/ano ( para o Fundeb ). Então aquela escola recebe do FUNDEB, R$ 1.000.000,00 ( Hum Milhão de reais ano ). Então, uma escola com um orçamento de 1 milhão/ano vai ter tudo que o aluno precisa, vai ter computador, vai ter material didático, vai ter fardamento, vai ter uma quadra coberta...agora, quando a escola tem menos alunos, por exemplo, uma escola com 50 alunos; A Manutenção daquela escola precisa daquela que tem muitos alunos pra poder suprir, aí tem que ter pra pagar a mesma estrutura: Vigia, energia, telefone, diretora, professora, merendeira, e por aí vai. Então, a tese é que a escola tem que ter...o ideal seria uma escola de 1.000 alunos pra frente.

DM - Mas se fosse de 50 ( alunos ), seriam 50 x 1000...

SA - É, R$ 50.000/Ano. Olha a diferença! Pra você pagar o salário do professor, da diretora, da energia, do telefone, então, ela fica inviabilizada por conta da estrutura. Então, quanto mais alunos, melhor. Essa lei do FUNDEB é uma lei perfeita, então quanto mais alunos, mais recursos aquela escola recebe, e consequentemente, melhor estrutura.

Mas sustento a minha palavra: Se o Pedrinho Esmeraldo , a quem tenho grande estima e consideração, por já haver por muitas vezes demonstrado que se preocupa com os problemas do Crato, conseguir um mínimo de 250 alunos do próprio local que viabilize a sustentação da escola Maria Amélia, Eu, Samuel Araripe reabrirei a escola.

Reportagem: Dihelson Mendonça

2 comentários:

Zé NIlton disse...

Triste, muito triste mesmo a educação no Brasil sob o FUNDEB. O negócio é quantidade. A educação continua como despesa para a nação, e não como investimento. É a educação de estatística.
Bonito ler as equações custos x benefícios assumidas pelo prefeito como fundamento oficial para confrontar à quisa de desafio um homem do povo, que alguns querem desqualificá-lo, mas que escreve bem e diz coisas destoantes com as que ocorrem no interior do castelo.
Pois saibam, quando vamos matricular nossos filhos e netos na escola (particular) a primeira coisa, no meu caso, é saber a quantidade de alunos em sala. Quanto menos alunos, mais individualizado o ensino, não como prática social mais como aprendizado dos conteúdos necessários à sua formação instrumental.
Bom, de fato não gostei de jeito nenhum do que li, paciência...

Prof. José Nilton de Figueiredo

Dihelson Mendonça disse...

À guisa de informação, minha namorada é professora em escola pública. E todo ano, por causa do sistema Brasileiro, ela, para não perder o emprego, ou ter que se deslocar a uma escola lá no cafundó do Judas, precisa fazer uma varredura na comunidade, praticamente, arrastando as crianças das casas para a escola para preencher a chamada LOTAÇÃO. Cada sala de aula tem que ter um número X de alunos, senão, não tem aula.

Abraços,

Dihelson Mendonça