Quem me conhece sabe que não sou adepto da crítica vazia, infundada ou simplesmente a crítica negativa. Mas desta vez, creio que a situação já chegou ao limite.
Há cerca de cinco anos que a estrada que liga o Distrito de Campo Alegre ao bairro Gizélia Pinheiro (Batateira), mas precisamente do asfalto na sitio Guaribas até o posto de saúde do referido bairro, não passa por manutenção e restauração adequada, estando atualmente com verdadeiras voçorocas, pedras soltas e crateras.
Este fato já vem provocando uma série de infortúnios e problemas dos mais variados para esta comunidade, que gostaria de relatar apenas os mais graves:
1. Esta via é alternativa à rodovia estadual que liga Crato a Exu e Nova
Olinda, por varias vezes, em caso de acidentes com interdição desta rodovia, a estrada do Campo Alegre é o único meio viável a ser utilizado para seguir viagem até o Crato e outros destinos.
2. Caso a estrada do Campo Alegre esteja intrafegável o desvio deve ser feito pelo Distrito de Santa Fé ou Sitio Bebida Nova, ambas se encontram em igual ou pior situação;
3. A linha de transporte coletivo teve que mudar seu percurso não passando mais pelos sítios Pelado e São Gonçalo afetando diretamente o deslocamento de aproximadamente 50 famílias;
4. O atendimento a saúde também fica prejudicado, já que qualquer tipo de veiculo é impedido de trafegar numa via sem acesso. Tivemos casos que doentes tiveram que ser transportados nos braços para chegar a pontos de entrada de veículos;
5. A pequena manutenção feita na estrada em seu trecho de calçamento vem sendo custeada por moradores interessados e empresários de transporte que utilizam a via. Será que a responsabilidade pelo trabalho é realmente da sociedade?
6. Quem se atreve a percorre o trecho citado, passa também por grave problema de segurança, têm-se relatos de moradores de tentativas de assaltos a motoqueiros e transeuntes;
Já havia percorrido com dificuldade esta via algumas vezes, já que meus familiares moram na sede do Distrito de Campo Alegre. No entanto, tentei fazê-lo novamente no domingo dia 20 de março de 2011, mas desta vez foi uma “missão impossível”.
Temos enfrentado no dia a dia do nosso trabalho, situações semelhantes nos diversos distritos do Crato, como Santa Fé, Baixio das Palmeiras, Dom Quintino, que infelizmente apresentam também estradas intransitáveis.
Conforme inicie o texto e ratificando que minha postura profissional e cidadã tem sido pautada também na construção coletiva e na proposição de idéias e soluções, coloco-me a inteira disposição para contribuir naquilo que for do meu alcance para a resolução do referido problema.
Atenciosamente,
*Manoel Jorge Pinto da Franca
(*Engenheiro Agrônomo, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente, atualmente é membro da Coordenação do Fórum Araripense de Prevenção e Combate a Desertificação, Diretor Executivo da ACB e freqüentador da comunidade)
Um comentário:
É isto, meu caro Jorge. As estradas vicinais estão em colapso. Aqui no Sítio Rosto estamos fazendo um tapa buraco com a boa vontade dos moradores.
Os projetos de recuperação, sempre recuperação das vias urbanas, nunca chegam aos arredores.
Um escalabro só, e não temos para quem apelar. O Crato hoje é um amontonhado de ruínas à espera de um salvador.
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