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terça-feira, 1 de março de 2011

Que Reitor(@) sou eu?


Desde a sua fundação a Universidade Regional do Cariri – URCA, sempre teve a forte influência de duas grandes forças, o da igreja desde a gestão do Pe. Teodoro bem como a das tradicionais famílias cratenses, essas relações sempre promoveram momentos históricos de avanços e retrocessos, o segundo sempre mais evidente, por causa das inúmeras práticas viciadas e fisiológicas que insistiam em enraizar, muito das vezes ao arrepio da lei e da moral, como os inúmeros casos de nepotismo, corrupções, favorecimento a empresas, um incontável número de práticas, que teve seu período de arrefecimento, quando da vinda de uma senhora por nome Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau, nomeada reitora daquela instituição.

O grande e verdadeiro fato é que a URCA ganhou novos contornos na história e na vida do Cariri, o Crato cidade histórica de reconhecido valor, político e cultural teve em sua trajetória momentos de grande vitalidade. Contudo, tivemos, momentos turbulentos, típicas de qualquer academia que se preze, lutas por uma universidade pública, gratuita e de qualidade, por um restaurante universitário, uma residência universitária, a construção de um ginásio poli-esportivo, concurso para professores efetivos, mais autonomia universitária, dentre outras. Cerca Vinte e três longos anos se passaram e a URCA gozando de sua maioridade institucional, ver-se ainda passar por conflitos da adolescência.

Do início da URCA, passando pelo Prof. Martins Filho seu fundador, até os dias de hoje vieram muitos reitores, a citar, o Sr. André Herzog, que assume está universidade num período de grande efervescência política a julgar pelos movimentos de recusa de seu nome como o indicado á época pelo então governador Lúcio Alcântara, pelo fato de não ter sido seu o projeto mais votado na consulta para reitor. Contudo, como falei de início, momentos de avanços e retrocessos, não podemos deixar de ressaltar o desenvolvimento embrionário do GeoPark Araripe que, precisa de fato que suas ações tenham vazão e ressonância dada a demanda reprimida de nosso grande potencial paleontológico, sempre necessitado de apoio institucional,pois joga um papel deverás precioso ao desenvolvimento de nossa região, a institucionalização de curso de graduação e pós-graduação pagos colocava em xeque como ainda hoje coloca a moralidade e legalidade das ações promovidas por aquela instituição de Ensino Superior.

Chegamos à gestão do Prof. Plácido Cidade Nuvens, numa proposição que tinha nas bases de seu projeto um viés verdadeiramente democrático, acabar com as taxas e com os cursos pagos, dar vazão a lutas históricas do movimento estudantil como as que já foram citadas, uma aliança que tinha vindo das eleições anteriores, articulada e idealizada por forças legitimamente democráticas e progressistas, buscavam construir um novo modelo de universidade. Após a eleição, um grande susto ronda a todos com a debilidade da saúde do reitor eleito, um clima de instabilidade se instala na academia, pós recuperação, as heterogêneas alianças que nelas incluem clãs tradicionais de Crato mostram verdadeiramente sua face e grupos procuram fracionar a URCA na medida dos interesses dos grupos formados, daí muitos que ajudaram a construir o chamado URCA DO JEITO CERTO viram algo ERRADO e decidiram manter-se certo, uns foram e outros ficaram, entretanto, houveram avanços e retrocessos. Mas afinal por que será tão difícil andar pra frente? O que nos impede de termos uma caminhada continua, que possa verdadeiramente fazer com que a URCA CAMINHE DO JEITO CERTO?

Prof. Samuel Siebra
Presidente do Centro Acadêmico de Enfermagem e professor da rede estadual de ensino.

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