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domingo, 24 de abril de 2011

E o túmulo estava vazio! – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Na madrugada daquele domingo, pela contagem dos judeus, o terceiro dia após a morte de Jesus, duas mulheres se dirigiram ao túmulo onde o haviam sepultado. Pretendiam perfumar o corpo dele. Ao se aproximarem, houve um grande tremor de terra. Perceberam que a pedra que fechava o sepulcro estava retirada e um ser de luminosidade intensa e radiante estava sentado sobre a pedra. Era um anjo, um mensageiro enviado por Deus! Os guardas que vigiavam o sepulcro, tremendo de medo, ficaram como que paralisados, como se estivessem mortos. As duas mulheres também ficaram amedrontadas. Mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo, o Jesus que vocês procuram está vivo, ressuscitou, conforme havia anunciado!” Elas saíram correndo para comunicar aos demais discípulos o que havia acontecido e que o mestre não estava mais no túmulo. De repente, Jesus ressuscitado apareceu a elas duas dizendo que fossem para a Galiléia e avisassem aos discípulos que ele iria se encontrar com eles. (Cf. Mt 28, 1–10).

Essa passagem do Evangelho anunciado na Vigília Pascal celebrada nas últimas horas desse sábado, me fez lembrar os últimos dias de vida do meu saudoso pai. Ele enfrentou há 46 anos, com a mesma idade com a qual me encontro hoje, o sofrimento e as dores que uma terrível moléstia o vitimou, com muita serenidade e a mesma esperança que aquelas duas seguidoras de Jesus demonstraram. A confiança de quem realmente viveu o projeto que Jesus nos deixou, acredita nele e espera pela ressurreição dos mortos. Aquelas duas mulheres acompanharam Jesus enquanto ele pregava pelas estradas e povoados da Galiléia e foram testemunhas da sua paixão morte e ressurreição. Enquanto elas esperavam por alguma coisa, os guardas representantes dos inimigos que levaram Jesus à morte vigiavam o túmulo para que nada acontecesse.

O projeto de Deus anunciado por Jesus e vivido com toda intensidade pelo meu pai, não nos leva à morte, mas é caminho para a vida. Aquela mesma fé na ressurreição, que meu pai demonstrou nos seus últimos momentos de vida, é um convite para todos que com ele conviveram para que continuemos a viver o projeto que Jesus nos deixou.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

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