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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Por que deixamos nosso partido

Pedro Esmeraldo

Porque somos democráticos e patriotas. Não desejamos usar acordos escusos. Não comungamos com os pensamentos negativos de seus dirigentes, visto que aceitam com passividade, sem reagir, o desgaste político do Crato.

Fiquem sabendo senhores, saímos de um partido porque nós, cratenses, não concordamos com as atitudes discriminatórias, visto que somos considerados “um município desprezado” pela corrente administrativa do Estado do Ceará. Com certeza empregam contra nós palavras amarguradas, como sendo uma cidade inexpressiva, isto é, fora da orla do poder executivo do Estado.

Antes, nunca pensamos que esses políticos fossem tão passivos assim, procuram nos acomodar num quadro sombrio, jogando-nos para o lado da discórdia, da intriga e do desprezo.

A maioria desses homens públicos contempla-se com o progresso de somente um município que desejem fortalecer, e apenas um, que é o município de Juazeiro do Norte. Os outros municípios que caiam na cesta do lixo.

Esperávamos que os filhos desta terra reagissem e empurrassem o barco para o caminho da concórdia e compreensão mútua. Precisamos criar coragem e ir em frente com o pensamento positivo, a fim de convencer as autoridades governamentais que todos os outros municípios merecem ser enaltecidos com obras avançadas através de uma tecnologia que satisfizesse o cidadão comum, galgando o píncaro da glória.

Infelizmente, a maioria desses políticos cratenses entrega facilmente os pontos. Não enxergam um palmo diante de seu nariz, só criam discordância entre si. Mesmo assim, há deles que tem um pouquinho de coragem de enfrentar o barco, mas caem numa traição fora do comum, já que, vêem-se homens perversos e egoístas impedindo o crescimento econômico do nosso município.

Vêm sempre nos procurar nos tempos de maré baixa, mas quando conseguem alguma coisa, dão com os burros n’água, fogem da terra e levam tudo para si.

Vejamos bem, não culpamos somente os políticos. A maioria do povo tem sua parcela de culpa, pois muitos dizem que votam em pessoas de fora porque estes deram-lhe apoio com facilidade e os da “terrinha” não têm dinheiro para gastar.

Por isso, estamos lutando para ver se mudamos a mente desse povo, que anda distorcida. Seria bom que todos nos ouvissem e compreendessem que, segundo o ditado popular, “ruim com eles, pior sem eles”.

Mas, depois de tanta luta, perguntamos aos imprudentes: que podemos fazer?, visto que esses ditos eleitores desvairados não nos trazem alegrias, apenas descontentamento, já que preferem entregar o barco ao município de Juazeiro do Norte, que não nos traz nada a não ser espinhos de mandacaru. Nós cratenses seremos enganados pela massa faminta e desconexa que só deseja nos empurrar o barco, com o fito de nos afundar nas águas revoltas do desespero.

Agora tornamos a perguntar: e o cratense permanecerá triste, desconcertado, esperando que algum dia apareça um superhomem que venha reagir e mude o nosso destino?

Autor: Pedro Esmeraldo

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