Pedro Esmeraldo
Nesses últimos dias tenho andado muito
de trem partindo do Crato para a estação do São José. Muito desorientado, convivendo
com uma tristeza sem fim devido o abandono dos brejos cratenses que há muito vêm
sendo desprezados pelos agricultores devido a falta de apoio técnico e
financeiro.
Percebo que por meio desse abandono há
um sentimento negativo dos agricultores, visto que facilmente entregam os
pontos. Não esboçam reação. Alguns deles pararam de trabalhar, acarretando
sérios prejuízos, pois a falta de produção agrícola traz o desespero do cidadão
e por certo não há no momento desenvolvimento agrícola.
Constantemente, trago em minha memória a
grandeza da produção canavieira do passado que formava uma riqueza que fazia
gosto de ver, pois mesmo com aspecto rudimentar, conduzia o homem do campo para
o emprego que seria a base favorável e assegurava o cidadão a sua terra natal.
Antigamente, via-se um canavial
verdejante, agitado pelo vento úmido que soprava em direção à Chapada do
Araripe e deixava o agricultor inebriado pelo conforto que trazia pela sua útil
produção, advinda do seu patrimônio equilibrado.
Infelizmente, veio o desuso do consumo da
rapadura, trazendo desânimo para o agricultor caririense, devido a falta de
modernização no trato da cana, que por sua vez, não houve também a tecnologia
das máquinas que favoreceriam na tecnologia da produção canavieira.
Os empresários que vieram observar se seria
viável ou não a expansão e a modernização no trato da cana-de-açúcar da região
do Cariri, não satisfizeram. Convém notar que foram semelhantes a uma faca de
dois gumes, tudo que faziam era favorável somente para eles. Por isso, nada foi
adiante e nada produziam com sinceridade, visto que não avançaram no sentido
agrícola e da produção canavieira. Nesse ínterim, houve o arrefecimento do homem
rural, visto que afirmo que sua permanência na região do Cariri foi efêmera e
houve um distúrbio de comportamento limitado dos rurícolas caririense e
afirmando ao mesmo tempo que esses empresários não vieram para ficar.
Agora, a título de sugestão, tem que
haver consolidação no solo agrícola, voltando a estimular a produção agrícola
por meio de incentivo financeiro e técnico, dando orientação ao homem, trazendo
uma tecnologia avançada com estímulo para que o agricultor volte a produzir e
aproveitar os brejos com produção adequada e vantajosa para que volte apto a
produzir como no tempo passado. Porém, essa produção tem que ser adequada com a
tecnologia.
Crato-CE,
28 de Janeiro de 2012.
Autor: Pedro Esmeraldo
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