Marcelo Arantes
Da redação
Quando recebi um e-mail intitulado “Blog do Paulo Henrique”,
abri como sempre faço com e-mails de internautas que querem divulgar seus
escritos através da internet, sonhando quem sabe um dia, conseguir publicar um
livro por um grande selo editorial.
O blog tinha cinco contos: A Máquina do Tempo, A Terra Nossa
de Cada Dia, Cenário de Guerra, TOC e Filhos do Descaso; e três romances: A
Corte no Brasil, Um Pouco no meu Lugar e Demônio Interior.
Tomado de curiosidade, passei então a ler primeiramente os
contos. A Máquina do Tempo é um conto que relata uma viagem no tempo de um
forasteiro que chega a uma cidade desconhecida e encontra por acaso um
cientista que diz ter inventado uma máquina do tempo e precisa de alguém para
testá-la. Achei o conto um tanto romântico demais, mas percebi que a maneira de
escrever do escritor prendia a atenção. Continuei a ler os contos e um deles em
especial, TOC, me chamou a atenção por retratar a problemática do Transtorno
obsessivo-compulsivo que acomete milhares de pessoas. Notei também que o
escritor deixava de lado seu traço romântico e que agora se utilizava um pouco
da estilística da escola naturalista.
Finda a leitura dos contos, passei para os romances. A Corte
no Brasil é um romance que retrata a fuga da família real portuguesa para o
Brasil devido à invasão de Portugal por Napoleão. Apesar de prender a atenção –
que notei ser uma marca nos escritos de Paulo Henrique – achei que o autor peca
no excessivo romantismo com o qual desenvolve o enredo da história. Vale
destacar que o romance só não é pior, porque traz informações históricas sobre
os costumes e a cultura do século XIX. Em seguida li Um Pouco no meu Lugar que
fala sobre o preconceito racial e de classe que um estudante negro tem que
enfrentar quando se aventura a namorar uma menina branca e rica (vale a pena
ler pela denúncia social) e então passei a leitura de Demônio Interior, o qual
considerei o melhor trabalho do escritor. Neste romance Paulo Henrique mescla
romantismo e naturalismo e produz um enredo que explora o gênero policial,
tendo como protagonista um serial killer, abordando a problemática da
psicopatia, perpassando a história com uma dose de romantismo suportável e
analisando fatos reais do cotidiano.
Para quem quiser conferir os escritos de Paulo Henrique,
coloco abaixo o endereço do blog: http://phdescritor.blogspot.com.br/
Notícia retirada do blog “Olhar Literário”
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