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quinta-feira, 5 de junho de 2008

O preço do Estado


Viver no Brasil é muito, muito caro!

Alguém discorda? E por quê? Manter e ampliar a infra-estrutura do país custa muito dinheiro. Dinheiro que vem do? Exato! Do bolso do brasileiro, contribuinte, extraído através dos gordos impostos arrecadados pela União, Governos Estadual e Municipal. É I.O.F., é I.C.M.S.,é I.P.T.U.,é I.P.V.A., e o leão do I.R. todo santo ano! Paga o trabalhador comum, paga o comerciante, paga o empresário. Cada um dando o que lhe é, devidamente, “indevido”. A sonegação é ilegal. Entretanto, mais e mais se houve falar de empresários que, devido a essa carga tributária, adotam esta prática como única solução para a sobrevivência de suas empresas. Os Governos recolhem impostos necessários ao pagamento de suas vultosas despesas. Essas despesas são definidas todo ano em, igualmente, vultosos Orçamentos. Orçamentos deveriam ser ferramentas muito bem elaboradas, munidas de um preciso levantamento dos custos de cada item de despesa. O problema é que aqui os Governos arrecadam mais e se recebe, proporcionalmente, menos. Em países de primeiro mundo, ou em crescente e ordenado desenvolvimento, a carga é muito menor e a população desfruta de muito mais educação, saúde, transporte, segurança... essas coisas que os políticos “prometem como sem falta” e faltam como sem dúvida!

Pra falar num Cearês claro: Faz raiva!
Se, a maioria da população, “acostumada” a tanta pobreza, vez por outra reclama, imagine para quem teve a oportunidade de presenciar a realidade de outros países da Europa ou até desta mesma América. No Brasil, uma educação gratuita de péssima qualidade, onde alunos de 3ª. série não sabem ler e nem escrever, um S.U.S. desacreditado, um sistema de transporte de péssima qualidade e mal definido, cidades sem infra-estrutura suficiente de saneamento, habitação e segurança, que aliás é resultado da falta de tudo isso. A situação só não é pior graças ao esforço diário dos bravos profissionais da educação, saúde, transporte, segurança, que lutam de todas as formas para atender a população, com os poucos recursos que dispõem. Lá fora, há escolas e universidades para quem quiser e oportunidades para quem buscar. Ninguém fica doente por muito tempo. Hospitais e recursos humanos em número suficiente, tratamento dentário, oftalmológico... Sim, óculos também são de graça! O transporte urbano é, na sua grande maioria, feito de trem, mais barato, rápido, melhor distribuído e menos poluente. Pode-se andar, despreocupadamente, pelas ruas das grandes cidades, reflexo de uma sociedade de mais oportunidades e menos desigualdades e conseqüentemente mais segura.

Por outro lado, somos um país privilegiado. É notória a quantidade e qualidade de recursos naturais do Brasil. Aqui também não há catástrofes naturais, nem atentados. Nenhum furacão ou terremoto, como o que abalou a China, que derruba prédios, matando pessoas. Não estamos sob ameaça de carros e homens-bomba. Não estamos em guerra com nenhum país. Nossos problemas são solúveis. Depende, apenas, de nós mesmo e não somente da interferência Divina. Se escolhermos melhor quem vai ter as “chaves dos cofres” há mais chances de mudarmos esta penosa realidade. A incompetência administrativa não é tolerada na iniciativa privada. Por que tolerá-la na administração pública, quando se trata de governantes, nossos “representantes” e “servidores”, eleitos pelo nosso valioso voto? Quem paga caro, em regra geral, é mais exigente. Sejamos mais exigentes, estamos podendo!

Dimas de Castro e Silva Neto, M.Sc.
Eng. Civil, Prof. do Departamento de Construção Civil da URCA

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