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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

População do Crato começa 2009 preocupada com a dengue

Em 2008, o município do Crato foi considerado área de risco em relação à probabilidade de alastramento do mosquito da Dengue. Segundo o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes Aegypti, (LIRAa), o percentual identificado foi de 1,43% acima do tolerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Com a chegada do inverno e as constantes chuvas que irão cair pela região nos primeiros meses de 2009, a preocupação aumenta no que diz respeito ao risco de epidemia, pois algumas localidades da cidade do Crato são consideradas propícias ao acúmulo de água parada, única forma de desenvolvimento do mosquito.

O vigilante diurno Françoar Soares diz estar fazendo sua parte, pois já foi vítima do mosquito e não espera ser novamente. “Todos os dias quando chego no condomínio onde trabalho, faço uma vistoria nos locais de risco e retiro qualquer vestígio de água acumulada e todos devem fazer o mesmo”, recomenda Françoar.

Expedito Ancelmo, líder comunitário do bairro Vilalta, em Crato, acredita que os trabalhos de combate ao mosquito estão sendo feitos, mas ainda é insuficiente. Segundo ele, a única providência contra a dengue tomada pela prefeitura, no bairro da Vila Alta, são as visitas domiciliares dos agentes de saúde. “É preciso mais eficiência por parte da prefeitura. Aqui não é realizada nenhuma palestra de conscientização e a população necessita de informação”, ressalta Expedito.

A aposentada Ligia de Souza, também moradora do bairro Vilalta, diz estar muito preocupada com a questão da dengue: “Nesta época chuvosa o perigo aumenta e os riscos são enormes”.
Segundo a Secretária de Saúde do Crato, Nizete Tavares, no final de 2008, já foram intensificadas as atividades no tratamento da Dengue. “Nós temos um plano de contingência que foi elaborado pela nossa equipe para 2009, pois sabemos que com o início do período chuvoso, a probabilidade de vir a ter maior número de casos é maior, então a gente já trabalha de antes com o pessoal do projeto boa noite, fazendo a limpeza das valas e dos terrenos baldios”.

Nizete Tavares Feitosa acredita que a população do Crato não precisa se preocupar com o risco de epidemia, pois os agentes estão trabalhando intensamente desde dezembro, inclusive aos sábados. “A secretaria de saúde faz uma vigilância constante. O pessoal da mobilização social faz visitas domiciliares e palestras educativas para que os resultados no combate a Dengue sejam mais eficazes”, afirma Nizete. Mas é necessário que haja também a colaboração da população, pois os maiores registros de foco do mosquito são encontrados dentro das residências. Segundo as estatísticas da Secretaria de Saúde, 65% dos focos foram encontrados em potes, tambores e tanques, ou seja, o combate a Dengue deve começar dentro de casa.

Desde 1986 que o Ceará vem registrando casos de Dengue, mas em 2008 o número de vítimas do Aedes Aegypti foi exorbitante, mais de 44.000 ocorrências registradas no Estado, sendo que 442 foram de Dengue Hemorrágica, o que resultou em 17 mortes. Em 2008 foram registrados um pouco mais de 118 casos no Crato, números considerados pequenos com relação a 2007, quando 1.119 pessoas foram vítimas do mosquito no município. Para que 2009 seja um ano tranqüilo com relação a esta questão é necessário que a população contribua e os órgãos de saúde tomem providências imediatas e eficazes. Segundo os dados da Secretaria de Saúde, até o dia 7 de janeiro de 2009, ainda não havia sido registrado nenhum caso de Dengue no município do Crato.

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