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sexta-feira, 3 de abril de 2009

A capela do Lameiro - Armando Lopes Rafael

São José Operário, padroeiro do Lameiro
Funesta destruição vem sendo feita ao patrimônio arquitetônico do Crato, levada a efeito por iniciativas governamentais e particulares, ante a omissão da nossa elite e meio acadêmico. Tal fato me fará escrever, vez por outra, sobre a história de algum prédio incorporado a nossa paisagem, mesmo de construção recente, como faço hoje.
Neste 2009 está completando 53 anos do início da construção da pitoresca capela de São José Operário do Lameiro. Devo ao prof. José Nilton de Figueiredo, lameirense ufanista, nascido e residente naquela localidade, ex-vice-reitor da Universidade Regional do Cariri, as informações abaixo transcritas sobre a mencionada capelinha. O prof. José Nilton as copilou a partir de dados de livro inédito deixado pela professora Dandinha Vilar.
A Capela de São José Operário do Lameiro foi iniciada em 1956 pelos padres Miguel e Geraldo, da Ordem Salvatoriana, vindos de Garanhuns, Pernambuco. A construção foi feita sob orientação de Dom Francisco de Assis Pires, segundo bispo do Crato. Naquele ano, a Igreja Católica devocionava universalmente a invocação a São José Operário, cuja festa é celebrada em 1º de maio, Dia do Trabalho. Daí a escolha de São José como orago da nova capelinha do então distrito, hoje bairro do Lameiro, àquela época desprovido de um templo católico.
O terreno para a edificação da capela foi doado pelo Sr. José de Alcântara Vilar, respeitável cratense e proprietário de vasta área rural no sopé da Serra do Araripe. Exerceu esse cidadão, por várias legislaturas, o cargo de vereador à Câmara Municipal do Crato. Chegou à presidência da Casa, proporcionando-lhe ocupar interinamente o cargo de Prefeito Municipal.
Monsenhor Rubens Gondim Lóssio, àquela época vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Penha, a cujo território pertencia o Lameiro, foi o primeiro sacerdote a dar assistência espiritual a nova capela. Seguiram-lhe, nesse mister, os seguintes sacerdotes: padre Lurildo Linhares, padre Antonio Onofre de Alencar, padre Manoel Alves Feitosa, monsenhor José Edmilson de Macedo, monsenhor Antônio Feitosa, monsenhor João Bosco Cartaxo Esmeraldo, padre Francisco Ivan de Souza, padre Robério Felipe da Silva, frei Joaquim Dalmir Pinheiro de Almeida, padre Expedito Félix, padre Sebastião Pedro do Nascimento, padre José Vicente Pinto de Alencar e Silva e padre Francisco Roserlândio de Sousa. Atualmente dirige novamente a capela o padre Manoel Alves Feitosa. Em 1967 a Paróquia de N.Sra. da Penha sofreu grande desmembramento e o território do Lameiro passou a pertencer a recém criada Paróquia de N. Sra.de Fátima, do bairro Pimenta.
Muitos ajudaram e muitos ainda ajudam na manutenção da capela do Lameiro. Dos falecidos não se pode deixar de mencionar: Antonio Araújo Quesado, Carlina Pinheiro, Dandinha Vilar, Geraldo Costa, Jacinta Araújo de Menezes, José Pinheiro Gonçalves, Luiz Idelson Belém, Maria Dalvenisa Correia, Neusa Tavares da Silva, Vicença Ribeiro Caçula (D. Rosa). Dos vivos devem ser mencionados: monsenhor Ágio Augusto Moreira, Antônio Luiz Pereira, Irmã Santa, Joana D´Arc Ribeiro Brígido, Maria Leônia Ribeiro Barbosa, madre Rosália, Rosa Margarida da Silva (tia Rosa) e Sylvanna Vilar, todos benfeitores da capela. Somente no dia 1º de maio de 2003, decorridos 47 anos da fundação da capelinha, a escritura do terreno onde ela está erigida, devidamente lavrada em cartório, foi entregue oficialmente ao pároco Pe. Manoel Alves Feitosa, pelo então proprietário do terreno, o ex-deputado Dr. Ossian de Alencar Araripe e sua esposa dona Maria do Céu Vilar de Alencar Araripe.
Aí, em rápidas pinceladas, o esboço histórico da capelinha do Lameiro.

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