Não foi só o livro "Padre Cícero: sociologia de um padre, antropologia de um santo", de autoria do professor Antônio Mendes da Costa Braga, que chegou às mãos do Papa Bento XVI. Num gesto de reconhecimento, o Bispo Diocesano, dom Fernando Panico, procura resgatar e dar a devida importância a Beata Maria de Araújo a partir do "grito" da psicóloga, professora e pesquisadora Maria do Carmo Pagan Forti. Só agora foi divulgado que ele também entregou ao Papa um livro sobre a religiosa protagonista dos "milagres" em Juazeiro do Norte.
"Maria do Juazeiro, a Beata do Milagre" é o resultado da dissertação de mestrado de Maria do Carmo, defendida em 1997 na PUC (Pontífice Universidade Católica) de São Paulo. Na sua apresentação, o orientador da dissertação, Fernando Londoño, teceu elogios ao trabalho afirmando que o livro volta-se ao `milagre de Juazeiro' para questionar não só as versões que já se acreditavam definitivas, mas, também, os poderes, quer da Igreja, quer da intelectualidade da época, que as sustentaram.
Os chamados fatos extraordinários de Juazeiro em que a hóstia se transformava em sangue na boca da beata quando esta comungava, geraram punições para o Padre Cícero e sanções junto à religiosa que, por conta dessa situação, terminou apagada da história. Seguindo os rastros dos documentos, especialmente os Inquéritos levados a efeito pela Igreja do Ceará, o trabalho de Maria do Carmo recupera e resgata a figura da beata que, junto com Padre Cícero, possibilitou a fundação do Juazeiro sagrado.
A autora do livro define como um espaço divino anunciado pelo milagre e que se transformou num lugar de salvação para as almas ou "a porta do céu para os que querem se converter". A intenção da pesquisadora com esse trabalho que chegou às mãos do Papa Bento XVI, foi devolver à Beata Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo o seu lugar na história, entendendo o papel político que ela desempenhou na construção desse espaço sagrado.
A professora Maria do Carmo cuidou de fazer uma "limpeza" no nome da religiosa para poder "devolvê-la às ruas" de Juazeiro num patamar de igualdade com o Padre Cícero e pronta para ser melhor entendida pelo Vaticano. "Muita coisa mudou desde que a Beata entrou novamente em cena principalmente porque se demonstrou que o ocorrido em Juazeiro em 1889, e nos quatro anos seguintes que a hóstia sangrou, não foi embuste e nem truque", conclui a autora do livro.
Fonte: Miséria (através do Jornal do Cariri)
"Maria do Juazeiro, a Beata do Milagre" é o resultado da dissertação de mestrado de Maria do Carmo, defendida em 1997 na PUC (Pontífice Universidade Católica) de São Paulo. Na sua apresentação, o orientador da dissertação, Fernando Londoño, teceu elogios ao trabalho afirmando que o livro volta-se ao `milagre de Juazeiro' para questionar não só as versões que já se acreditavam definitivas, mas, também, os poderes, quer da Igreja, quer da intelectualidade da época, que as sustentaram.
Os chamados fatos extraordinários de Juazeiro em que a hóstia se transformava em sangue na boca da beata quando esta comungava, geraram punições para o Padre Cícero e sanções junto à religiosa que, por conta dessa situação, terminou apagada da história. Seguindo os rastros dos documentos, especialmente os Inquéritos levados a efeito pela Igreja do Ceará, o trabalho de Maria do Carmo recupera e resgata a figura da beata que, junto com Padre Cícero, possibilitou a fundação do Juazeiro sagrado.
A autora do livro define como um espaço divino anunciado pelo milagre e que se transformou num lugar de salvação para as almas ou "a porta do céu para os que querem se converter". A intenção da pesquisadora com esse trabalho que chegou às mãos do Papa Bento XVI, foi devolver à Beata Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo o seu lugar na história, entendendo o papel político que ela desempenhou na construção desse espaço sagrado.
A professora Maria do Carmo cuidou de fazer uma "limpeza" no nome da religiosa para poder "devolvê-la às ruas" de Juazeiro num patamar de igualdade com o Padre Cícero e pronta para ser melhor entendida pelo Vaticano. "Muita coisa mudou desde que a Beata entrou novamente em cena principalmente porque se demonstrou que o ocorrido em Juazeiro em 1889, e nos quatro anos seguintes que a hóstia sangrou, não foi embuste e nem truque", conclui a autora do livro.
Fonte: Miséria (através do Jornal do Cariri)
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