... Saio de minha residência no Bairro Santa Luzia e me dirijo à Avenida Dom Francisco em direção à estação rodoviária. Continuando a caminhada, “dobro” à esquerda e começo a adentrar o populoso e aconchegante Bairro São Miguel. Véi do Caldo, antigo Pau do Guarda, Serviço Social da Industria (SESI). Recordo, ao passar em frente a esta instituição, o antigo São Pedro do SESI e a bandinha comandada pelo maestro Correinha. As luzes da Avenida Padre Cícero começam a clarear meus passos, no momento que “piso” a calçada do antigo cemitério do cólera (hoje terminal da CHESF). Adiante, a Igrejinha de São Miguel: Padre Frederico, lembro no momento (sacerdote carismático e um grande benfeitor da nossa cidade).
O Colégio Municipal vejo ali bem próximo. Nessa casa educacional, lecionei dois anos (1986 a 1988). “Piso” a Rua da Cruz. Bem adiante, a Casa de Saúde Joaquim Beserra de Farias, referência em ortopedia e traumatologia na região. “Dobro” o quartel da 5ª Companhia de Polícia (antiga Escola José de Brito). Atravesso a Nelson Alencar (a sempre rua da saudade), rua da vala (Tristão Gonçalves), Senador Pompeu, Dr. João Pessoa.
Já passam das 20 horas, o canal do Rio Grangeiro aos meus olhos, ali próximo. Subo (pela esquerda) a Santos Dumont. Chego na antiga esquina de Zé Honor. Vou até a “quina” da Barbara de Alencar, me deparo com Chico Norões, Chico Nascimento, Fuisca, Luciano Pierre, Didi das bicicletas, Paulo Ernesto, Cacá de Bantim, Antonio Vicelmo, Arnaldo Brito, Cavalcante (relojoeiro), Vicente e Gilson (barbeiros), Vicente Brito, Carlos Pedro, Pierrin. Em frente, avisto o Palácio Alexandre Arraes – nosso marcante prefeito. Avisto a Sagrada Família, onde Seu Zé de Basto vem ao pensamento. Ao olhar para o alto, deslumbro o centenário Seminário São José. São 22 horas. Um ventinho gostoso sopra, naquele horário de início de madrugada, provavelmente vindo das “bandas” do romântico Lameiro, invadindo as ruas Teófilo Siqueira e das Laranjeiras (alô Bebeto, alô Olival!). Chego no Parque Municipal: Quadra Bicentenário. Dou um tempo e bebo a primeira (da branca), servida por Aderbal no Bar do Parque. Converso com Gilberto Filho, Emanuel Nunes, Roberto Jamacaru, Geraldo Urano, Jacinto, Moacir Locio, Helio Pinheiro, Abidoral, Carlos Salatiel, Mathias (vigia da quadra), seu Nivaldo. Aos meus olhos o Colégio São João Bosco (onde estudei), o Hospital São Francisco. Passo na Faculdade de Filosofia. Chego ao Crato Tênis Club.
Antes, passei e comprei uns dez cordéis, na lojinha da poetisa Josenir Lacerda (Cordel e Arte). “Dou um pulinho” na cinquentenária mercearia do meu estimado Juarez Caçula, peço-lhe a benção e “Tomo” a segunda (também da branca). Olho pra “riba”: avisto o bairro Caixa d’água – o sempre alto da alegria. Se eu atravessar a pracinha e seguir em frente, vou em direção ao clima gostoso do Lameiro. São quase 24 horas (meia noite). Escolho dobrar (outra vez) à esquerda.
“Pego” a Carolino Sucupira. Caminho um pouco e passo atrás da Reitoria da nossa Universidade. Recordo o antigo campo do Sport: Palmeiras x Sport, Satélite x Shell ou mesmo a Seleção Cratense x Seleção Juazeirense, em partida de futebol por mais um intermunicipal.
Novembro/2009
Jorge Carvalho
A caminhada terá continuidade.
* Simulação
Novembro/2009
Jorge Carvalho
A caminhada terá continuidade.
* Simulação
Um comentário:
Jorge adorei seu texto!
Um grande abraço
Antonia
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