Como definir o sertão? Ou melhor, como deixar de definir o sertão, quem o conhece, bem ou superficialmente? O sertão que passa do morto-cinza ao verde-vida como passe de mágica, logo quando as primeiras chuvas tocam-lhe o chão.
Luiz Gonzaga é um mestre nas descrições do “sertão das muié séra e dos homi trabaiadô". Sertão, ah sertão! Não lhe faltará porta-vozes à altura de sua beleza, dos seus mistérios e, também, da sua dor. Dor profunda, mas superável na alegria e na festa cotidiana celebrada em cada alpendre ou em cada latada, sob a bruxuleante luz do candeeiro ou do intenso holofote da lua cheia. Sertão de Catulo da Paixão Cearense que cantou os versos peremptórios: "não há, oh gente, oh não luar como esse do sertão". Sertão dos versos inigualáveis, belos e eternos de Patativa do Assaré. Sertão Alegre de Leonardo Mota, cronista maior da poesia e da linguagem dos rincões nordestinos. Sertão de coisas alegres e profundas, além da dor já falada. Coisas do Sertão, do saudoso “Seu Elóia”, assim como o sertanejo do Vale do Cariri chamava o Mestre Eloi Teles de Morais – comunicador de rádio, poeta, folclorista, homem de bem, de coração generoso e alma pura.
Quando Seu Eloi partiu para o sertão celestial, o sertão terreno quedou-se triste. O Forró da Casa Grande nunca mais alegrou os finais da tarde sertaneja. As aves canoras e aquela bela valsinha, tocada por um quarteto de cordas, e que faziam o fundo musical para o recital das Coisas do Meu Sertão– emudeceram por um instante. Ficou, pois, uma lacuna, mas esse vazio começa a ser preenchido como o milagre do inverno que molha o chão e tinge de verde a paisagem outrora cinzenta do sertão.
É festa no sertão de novo e a alegria volta aos finais das tardes mágicas e início das noites misteriosas que, agora, voltam a fluir nas ondas do rádio caririense.
Diariamente, das 16:30 as 18 horas, pelas ondas da Rádio Educadora do Cariri, a mesma emissora que irradiou a voz de Seu Eloi na segunda fase de sua gloriosa carreira (a primeira foi na Rádio Araripe, pioneira emissora de rádio da hinterlândia cearense), está sendo veiculado o programa Festa no Sertão, sob a apresentação de um certo Seu Zezé.
Diariamente, das 16:30 as 18 horas, pelas ondas da Rádio Educadora do Cariri, a mesma emissora que irradiou a voz de Seu Eloi na segunda fase de sua gloriosa carreira (a primeira foi na Rádio Araripe, pioneira emissora de rádio da hinterlândia cearense), está sendo veiculado o programa Festa no Sertão, sob a apresentação de um certo Seu Zezé.
O Seu Zezé, em questão, é o mais novo comunicador de rádio do Cariri. Uma personagem diferenciada, que chama a atenção dos ouvintes apreciadores das genuínas coisas do sertão; acostumados que foram pelo jeito telúrico dos grandes sertanistas, a exemplo de Eloi Teles, de cantar o sertão e o sertanejo.
Seu Zezé é uma personagem criada por José Iderval da Silva, que também é operador de áudio da Rádio Educadora, tendo iniciado a profissão, inclusive, ao lado de Seu Eloi, nos programas Coisas do Meu Sertão e Forró da Casa Grande.
O programa Festa no Sertão completou seu primeiro aniversário no dia 6 de outubro passado e já caiu definitivamente no gosto do ouvinte que, de imediato, reconheceu a semelhança de estilo existente entre Seu Zezé e Seu Eloi. Não somente no repertório musical calcado no cancioneiro popular nordestino, mas, principalmente, na maneira envolvente de se comunicar com o público a partir dos mais puros valores sertanejos.
O programa Festa no Sertão completou seu primeiro aniversário no dia 6 de outubro passado e já caiu definitivamente no gosto do ouvinte que, de imediato, reconheceu a semelhança de estilo existente entre Seu Zezé e Seu Eloi. Não somente no repertório musical calcado no cancioneiro popular nordestino, mas, principalmente, na maneira envolvente de se comunicar com o público a partir dos mais puros valores sertanejos.
É festa no sertão e alegria no rádio.
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