A importância dos objetos, sentimentos, ideias, guarda relação estreita com a prática das pessoas no decorrer da existência, a ponto de muitas perderem o juízo buscando satisfazer o instinto de querer mais uma coisa do que outra. Não poucas pessoas vendem a alma para atender aos desejos loucos, e atropelam os outros, gastam o que não têm, utilizam mecanismos sujos, a ponto de matar, roubar, destruir, no impulso desesperado de alimentar aquelas necessidades artificiais surgidas no afã da dominação dos objetivos planejados.
A fome doentia dos desejos errados existe na história desde que o homem é homem, pela ganância das guerras, dos saques, perseguições, negócios escusos, invejas e ambições desmedidas. Tudo pó e poeira da matéria em desintegração. O apetite avassalador do favorecimento a qualquer custo mostra a face melancólica dessa humanidade, o lado sem luz da epopéia das criaturas rumo aos afagos da ilusão, que só produzem miséria e respostas trágicas, nas caminhadas pelo mundo.
A traça e a ferrugem, no entanto, destroem, numa velocidade impressionante, tais equívocos, sob o comando de uma lei estudada sob o nome de ação e reação, tanto na física, quanto nas escolas religiosas. Nada fica impune fora dos ditames originais e eternos da natureza, que conduz os acontecimentos. Dia de muito é véspera de pouco. Dia de tudo é véspera de nada.
Quem quiser contrariar as normas desta sabedoria, guardada no decorrer dos séculos e milênios, que experimente, pois, mais cedo ou mais tarde, provará do desencanto. Há um tanto de exemplos de que o crime não compensa, em todo tempo e lugar. Mesmo assim, ainda impera o desejo ganancioso, que demonstra o atraso da raça teimosa e inconsequente, quando se sabe que o desengano da vista é furar os olhos, no dizer do povo.
No entanto, a dor ensina a gemer, e inúmeros escolhem estradas tortuosas do vício e do crime invés dos valores equilibrados e justos da paz e da coerência. Esse impasse nas decisões vale a todo minuto, conquanto vive-se decidindo qual dos dois caminhos escolher a fim de realizar os sonhos. Ouvi, certa vez, alguém afirmar que “o castigo do vício é o próprio vício; e o mérito da virtude é a própria virtude”. A consciência refletirá como praticar esta vida. O itinerário aonde nos leva ninguém desconhece. A estação final do processo vida espera a todos, equivocados ou prudentes. Portanto, o teorema traz consigo a solução do mistério de todas as intenções pessoais.
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Os tesouros deste mundo - Emerson Monteiro
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