Às vezes acontece parar o barco, isso na firme intenção de acertar e vencer os pensamentos da dúvida em relação ao que cabe fazer nas ações imediatas do percurso. Nessas horas, torna-se necessário saber agir e preencher o momento seguinte, independente de poder distinguir o duvidoso e o certo, sob as névoas das situações. Mas não existe a alternativa de não querer prosseguir, ir em frente. É a tal síndrome do próximo passo que quem vive atravessa a todo segundo, chova, ou faça sol, porquanto viver significa persistir na marcha.
Bem aqui, pois, entram no campo as lições dos que estudaram este assunto de seguir, de dominar as condições, dentro dessa linha inevitável dos caminhos constantes, onde agir representa quebrar os selos da porta do tempo, lacrada antes de nelas chegarmos. O direito universal de avançar, contudo, impõe leis para um desempenho satisfatório, quais sejam elas: evitar destruir as possibilidades dos outros, praticar conhecimentos adquiridos e confiar ao desconhecido nossas apreensões. No entanto, numa espécie de compensação, se deve saber colher o que plantou, no campo das práticas desenvolvidas no combate. Natural usar da justiça, porquanto a natureza ensina querer a si aquilo que oferecer aos demais, norma elementar do justo merecimento.
À medida que descobre os segredos da sabedoria, neste mundo perigoso, se anda nas estradas com a produção de resultados positivos. O valor que denominam cultura quer dizer tradição do conhecimento, guardada para posteriores experiências em forma de trabalho e técnicas.
O passo seguinte nada mais impõe do que praticar os modelos ensinados pelos outros e adquiridos por nós próprios durante as nossas ações. Parar, silenciar um pouco e tomar decisões exigem concentração, reflexão e atitudes verdadeiras.
Escolher o jeito ideal só no decorrer das jornadas se aprende e transmite, na ciência de caminhar pela vida afora. Tantos, milhões até, acertam e empreendem iniciativas de proveito, o que também todos podem cumprir de igual maneira. Resta somar tristezas, alegrias, fracassos e sucessos, para montar a solução dos enigmas e das ocasiões. Neste procedimento, reunir coragem e disposição de trabalhar, outra das leis essenciais ao bom êxito dos planos de voo. Acrescentar boa vontade, amizade, humor, convicção, prazer, iniciativa, emoção; descortinar o tempero dos pratos deliciosos que, por isso e bem preparados, reservam as estações dadivosas das existências mais felizes.
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sábado, 12 de fevereiro de 2011
A ciência do próximo passo - Emerson Monteiro
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