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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Carta de Sobral


Nós, reunidos em Sobral, Ceará, Brasil, de 23 a 26 de maio de 2012, no marco do primeiro “Nossas Américas, Nossos Cinemas”, participamos do primeiro encontro de jovens realizadores da América Latina e Caribe, unindo 16 nações, promovendo um intercâmbio entre gerações. Entendemos a juventude como um estado de espírito em luta, sem preconceitos e aberto e nos reconhecemos como povos irmãos.
Este encontro tem, como objetivo, refletir, compartilhar experiências dos realizadores audiovisuais e gerar ações sobre a linguagem audiovisual, a comunicação, com o fim de manter vivo um movimento integrador da nossa “AbyaYala” (América Latina e Caribe).
Trabalhamos com as heranças milenárias herdadas dos povos originários, transmitida aos povos transplantados, brancos pobres e escravos africanos trazidos por barcos colonizadores, e reinventados pelos povos presentes neste encontro.
Reconhecendo e recusando a ditadura do mercado que oprime nossos povos e seus imaginários culturais, seguiremos os seguintes princípios:
1.       Considerando A “DECLARAÇAO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL”, da UNESCO, entre outros instrumentos internacionais que garantem a identidade e diversidade cultural a partir da produção cultural, entendemos a realização audiovisual como um direito humano;
2.       Exigir e proteger a plena vigência do direito à linguagem cinematográfica e audiovisual dos nossos povos, promovendo legislações que o garantam a cada uma de nossas nações;
3.       Entendemos o audiovisual como um fato político e artístico de ressignificação e transformação sociocultural;
4.       Apoiar os direitos do público com base nos conceitos marcados pela Carta de Tabor (1987), criada pela FICC (Federação Internacional de Cineclubes), para a formação de públicos pela ação dos cineclubes e das salas de cinema cultural, também apoiando e difundindo o dia 10 de maio como o dia do público;
5.       Garantir a alfabetização e educação audiovisual dos nossos povos, na sua dimensão artística e política, encorajando a leitura crítica dos meios de comunicação;
6.       Exigir o direito a livre comunicação, informação, expressão e acesso aos meios audiovisuais para todos os povos da América Latina e do Caribe;
7.       Defender o espectro radioeletrônico e a internet como bens públicos comunitários com a finalidade de preservar o espaço da comunicação sem censuras, tendo como referência a “LEY DE MEDIOS Y SERVICIOS DE COMUNICACION AUDIOVISUAL”, da Argentina, e a nova “LEY DE TELECOMUNICACIONES”, da Bolívia. Também nos declaramos abertamente contra o projeto “ACTA”, a lei “SOPA” e qualquer outro ato que ameace a liberdade de expressão dos povos e nos propomos a fomentar o uso das licenças “creativecommons” e bases operativas como o LINUX, e outros softwares livres;
8.       Acompanhar e estimular os processos já existentes na organização do setor audiovisual, que compartilhem os mesmos princípios levantados por essa Carta, e recomendar a sua criação a níveis locais, regionais e nacionais, onde não existam;
9.       Exigir dos Estados garantias constitucionais para os realizadores que sofrem perseguição e ameaças a sua integridade física e intelectual. Exigimos o tratamento especial diferenciado do realizador e realizadora audiovisual, da mesma forma que recebem os jornalistas com relação à proteção e reserva das suas fontes;
10.    Incrementar espaços e oportunidades de acesso à informação e capacitação integral, bem como tecnologias já existentes e por serem inventadas, com o fim de garantir o direito de produção e circulação do audiovisual dos povos da América Latina e do Caribe;
11.    Promover mecanismos de fomento, sustentabilidade e continuidade dos processos de produção audiovisual dos povos da América Latina e do Caribe;
12.    Promover a integração cultural latino-americana e caribenha, respeitando a nossa diversidade cultural com o fim de exercer um processo de compreensão de uma identidade comum;
13.    Fomentar o pensamento, trabalho e tomada de decisões de maneira coletiva, respeitando as particularidades e construindo nossos laços com base na transparência e horizontalidade;
14.    Estabelecer a regularidade e itinerância deste espaço, de caráter aberto em “AbyaYala”, com rotatividade dos representantes, que devem socializar localmente os debates levantados nos encontros;
15.    Instituímos a rede virtual como meio válido de vinculação e discussão;
16.    Defendemos a liberdade criativa de formatos e estéticas na linguagem audiovisual, respeitando e fomentando a diversidade dos imaginários culturais dos nossos povos e nações latino-americanos e caribenhos, não permitindo nenhuma hegemonia estética imposta;
17.    Promover a solidariedade, a cooperação e o trabalho associativo entre os nossos povos;
18.    Promover a produção audiovisual com atitude critica e superadora sobre os nossos imaginários, realidades, histórias, espaços comuns, semelhanças e contradições;
19.    Gerar uma interação direta entre as produções audiovisuais e os públicos, por meio de todos os formatos e linguagens existentes e por serem criados;
20.    Fomentar o uso das línguas ancestrais dos povos originários, e dialetos da América Latina e do Caribe para ampla difusão dos conteúdos audiovisuais produzidos pelas comunidades, tendo como referência o artigo 16 da “Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas” e outros instrumentos internacionais;
21.    Convocar para este espaço as nações e povos hoje ausentes neste encontro, procurando a integração e representação de todos os povos e nações que habitam os países da América Latina e do Caribe;
22.    Reconhecer como válida a experiência e formação não-acadêmica, acreditando na importância dos conhecimentos vivenciais nas áreas não-pedagógicas;
23.    Fortalecer o eixo fundamental dos espaços de formação e capacitação acadêmicos e não-acadêmicos, de realizadores audiovisuais, no exercício da memória e história de nossos povos;
24.    Cremos importante gerar o intercâmbio e distribuição de obras audiovisuais traduzidas nas línguas faladas no nosso continente. Nesse sentido, comprometemo-nos, de forma colaborativa, a traduzir, dublar e legendar as obras audiovisuais e documentos que produzirmos;
25.    Este processo não obedece a interesses político-partidários. Sendo este grupo multinacional, composto por diversos setores da sociedade civil, entidades governamentais, grupos prontos ao debate e à recomendação de propostas de políticas públicas para o audiovisual e à comunicação dos nossos povos.

Ações:
Decidimos pela criação de diversos grupos de trabalho responsáveis pelas seguintes ações:

Comunicação:
1.       Criação e manutenção de uma lista de comunicação via internet. O moderador da rede se alternará em cada um dos encontros;
2.       Criação de um Portal;
3.       Criação de um boletim eletrônico mensal.

Intercâmbio e Residência Audiovisual:
1.       Formar um grupo de coordenadores, um em cada país, para o desenvolvimento desta experiência na América Latina e no Caribe, com o compromisso de criar uma lista de anfitriões e residentes;
2.       As modalidades de residência serão definidas pelas partes envolvidas caso a caso.

Declarações:
1.       Declaramos nosso apoio à promulgação da nova lei cinematográfica e audiovisual do Peru, por parte das instituições de que participamos neste encontro, e o faremos, formalmente, por meio de uma carta;
2.       Manifestamos o apoio à criação e aplicação das leis de cinema e audiovisual que estão sendo debatidas no Paraguai, atualmente em etapa de construção;
3.       Expressamos nossa preocupação e exigimos de nossos governos cessar a guerra, o genocídio e a perseguição infligidos aos povos indígenas e afrodescendentes da Colômbia, e deter a onda de violência vivenciada em países como México que limitam o livre desenvolvimento dos direitos a justiça e a comunicação democrática;
4.       Apoio à continuidade e permanência da Jornada de Cinema da Bahia, encontro que já tem 40 anos de atividades e que corre o risco de não se realizar este ano. Ressaltamos que, no seu contexto, nasceu a Lei do curta-metragem no Brasil e a Associação Brasileira de Documentaristas;
5.       Apoiamos a realização do encontro Cariri / Caribe;
6.       Saudamos a designação de 2012 como “Ano Internacional da Comunicação Indígena” e a celebração do XI Festival de Cinema Indígena de cineastas dos povos originários, na Colômbia, em setembro deste ano;
7.       Expressamos nossa profunda preocupação diante do próximo Encontro de Desenvolvimento Sustentável Rio+20, diante da forma autocrática como foi definida sua agenda em muitos casos, e diante do fato de os acordos tomados pelos presentes governos comprometerem gerações presente e futuras;
8.       Solidarizamo-nos com o fim do bloqueio a Cuba;
9.       No mês de novembro deste ano, realizaremos uma reunião na Tríplice-Fronteira, na cidade de Iguazú, Misiones, Argentina, com a finalidade de preparar o segundo encontro de Jovens Realizadores da América Latina e do Caribe, a ser realizado em 2013 no Peru.


Sobral, Ceará, Brasil, 26 de maio de 2012.





II Encontro Universitário de Paleontologia e Arqueologia do Cariri será realizado de 30 de maio a 02 de junho


O Laboratório de Paleontologia da URCA - LPU realiza de 30 de maio a 2 de junho, o II Encontro Universitário de Paleontologia e Arqueologia do Cariri, voltado a comunidade acadêmica e ao público em geral. A paleontologia tem alcançado um destaque cada vez maior nas pesquisas básicas a nível mundial, particularmente nas duas últimas décadas. Este crescimento resultou no aumento da atividade de coleta de fósseis em depósitos paleontológicos classificados como Konservat-Lagerstätten (com uma quantidade muito grande de fósseis com preservação excepcional).

Não é difícil entender que o tema é de interesse para a região, principalmente quando se fala sobre turismo da região. Até hoje, mais de 200 mil visitantes estiveram no Museu de Paleontologia da URCA, em Santana do Cariri, numa cidade que tem apenas cerca de 7 mil habitantes. Praticamente a mesma quantidade de pessoas visitou o Museu do Homem Kariri, em Nova Olinda, para conhecer os vestígios do povo Cariri, antes da chegada dos colonizadores portugueses.

A maioria das pessoas confunde a arqueologia com a paleontologia, apesar de as duas ciências utilizarem as mesmas técnicas de investigação, elas diferem nos objetos que estudam. Os paleontólogos concentram-se no registro fóssil de organismos extintos, geralmente do passado remoto, enquanto os arqueólogos investigam evidências das culturas humanas e civilizações, bem mais recentes, principalmente dos últimos 11 mil anos. O evento tem o objetivo possibilitar aos jovens uma visão preservacionista, bem como despertar novas mentes para o estudo da Paleontologia, da Arqueologia, da evolução e biodiversidade na Região do Cariri.

Fonte: URCA

terça-feira, 29 de maio de 2012

Dia do Desafio estimula prática de atividades físicas


O SESC coordena a competição que verifica quais cidades praticam mais atividades físicas

No dia 30 de maio será realizado o Dia do Desafio, campanha de incentivo à prática regular de atividades físicas em benefício da saúde. Vários países participam anualmente da ação. O Brasil participa há 17 anos do evento.

No Ceará, 172 municípios estão inscritos para participar do Dia do Desafio. O SESC tem programada a realização de várias atividades. Escolas e empresas também estarão engajadas em atividades ao mesmo tempo e qualquer pessoa que esteja realizando atividade individual ou em grupo pode registrar a participação através do número 0800.2853105.


Como Funciona

Nesse dia, pessoas de todas as idades se envolvem em uma competição amigável entre cidades do mesmo porte, na tentativa de mobilizar a maior porcentagem de participantes, tendo como base de cálculo o número oficial de habitantes do município. A competição é apenas estímulo à participação! Os “vencedores” são cidadãos, que exercitam a integração social, a criatividade, a liderança e o espírito comunitário.
             
Sobre o Dia do Desafio

O Dia do Desafio foi criado no Canadá e é difundido mundialmente pela TAFISA - The Association For International Sport for All - entidade de promoção do esporte para todos, sediada na Alemanha. É uma campanha de incentivo à prática regular de atividades físicas em benefício da saúde, e acontece anualmente na última quarta-feira do mês de maio, por meio de ações comunitárias.
Desde 2000, o SESC São Paulo assumiu a coordenação do Dia do Desafio para o Continente Americano e em todo o Brasil, as Unidades SESC coordenam as atividades nos estados. “É um compromisso que cada um estabelece com a vida – a sua e a do próximo, a quem ele dá o exemplo ao integrar essa atividade de mobilização mundial; a essa postura cidadã e, consequentemente, coletiva que prima pelo bem-estar da saúde das pessoas.”, declara Regina Leitão, Diretora Regional do SESC Ceará.
  
PROGRAMAÇÃO - DIA DO DESAFIO NO CRATO

6h - Abertura – Caminhada
Público-alvo: Alunos (a) do alongamento, hidroginástica e grupos de Idosos
Local: Parque de exposição
Atividade: Alongamento e caminhada com grupos de idosos e alunos do SESC
Parceiros: Corpo de bombeiros, CRAS e TSI

7h – Aulão de Lian Gong
Local: Sala de ginástica
Atividade: Ginástica chinesa terapêutica e relaxante
 Público-alvo: Alunos de 15 anos acima

7h - Aulão de Ginástica
Local: Estacionamento SESC
Atividade: Aulão de Ginástica
 Público-alvo: Alunos de 15 anos acima

8h - Alongamento nos Comércios
Local: SESC, lojas, bancos e Praças
Público-alvo: Comerciários

8h – Hidro-Desafio
Local: Parque aquático SESC Crato
Atividade: Aulão de hidroginástica recreativa
 Público-alvo: Alunos das turmas de hidroginástica manhã

8h – Recreação – Educar SESC Infantil
Local: Ginásio SESC
Atividade: Jogos e Brincadeiras
 Público-alvo: Alunos do Educar

9h - Recreação – Educar SESC Fundamental
 Local: Ginásio SESC
Atividade: Jogos e Brincadeiras
 Público-alvo: Alunos do Educar

14h - Recreação – Educar SESC Infantil
Local: Ginásio SESC
Atividade: Jogos e Brincadeiras
 Público-alvo: Alunos do Educar

15h - Recreação – Educar SESC Fundamental
Local: Ginásio SESC
Atividade: Jogos e Brincadeiras
 Público-alvo: Alunos do Educar

16h - Ginástica Funcional para 3ª idade
Local: Estacionamento SESC Crato
Atividade: Atividades de ginástica adaptadas para 3ª idade
 Público-alvo: Alunos da 3ª idade

17h – Desafio de Futsal (Torneio de “rachas”)
Local: Quadra esportiva do SESC
Atividade: Torneio de futsal
 Público-alvo: Equipes de comércios convidados

17h – Apresentação de Judô e Capoeira
Local: RFFSA
Atividade: Apresentação demonstrativa destas modalidades
 Público-alvo: Alunos das turmas de judô e Capoeira do SESC

17h30 – Aulão de Ginástica
Local: RFFSA
Atividade: Aulões de jump, step, Local, dança e Attack
 Público-alvo: Alunos das turmas de ginástica e interessados

19h – HIDRO-DESAFIO
Local: Parque aquático SESC Crato
Atividade: Aulão de hidroginástica recreativa
 Público-alvo: Alunos das turmas de hidroginástica manhã

19h – DESAFIO DE CICLISMO
Local: Partida e chegada no SESC Crato
Atividade: Passeio ciclístico nas principais ruas da cidade
 Público-alvo: Grupo de ciclistas do Crato


SERVIÇO
Crato
Local: SESC Crato (Rua André Cartaxo, 443)
Informações: (88) 3523.4444

::Gratuito::

Programação do CCBNB Cariri – 01 a 03 de Junho/2012


Dia 01, sexta-feira
- Artes Integradas - ARTE RETIRANTE
Local: Gameleira - Missão Velha - CE
14h Oficina de Cordel: Fala Cordel - Maria do Rosário (Juazeiro do Norte - CE). 240 min.

Dia 02, Sábado
- Artes Integradas - ARTE RETIRANTE
Local: Gameleira - Missão Velha - CE
14h Oficina de Cordel - Fala Cordel - Maria do Rosário (Juazeiro do Norte - CE). 240 min.

- Curso de Formação Artística
Local: Teatro Marquise Branca - Av. Pe. Cícero, S/N.
14h Diálogo das Artes - Prof. Flauberto Gomes

- Atividades Infantis
13h Oficina de Arte: Oficina de Vitral - Alexandra Feliciano (Fortaleza - CE). 60 min.
13h Bibliotequinha Virtual: Softwares e Jogos Recreativos. Instrutor: Gilvan de Sousa. 240 min.
14h Contação de Histórias: Histórias Encantadas - Simony Vieira (Crato - CE).
15h Teatro Infantil: O Ratinho Teobaldo (Natal - RN). Dir. Rogério Ferraz. 50 min.
16h Oficina de Arte: Oficina de Vitral - Alexandra Feliciano (Fortaleza - CE). 60 min.
17h Teatro Infantil: O Ratinho Teobaldo (Natal - RN). Dir. Rogério Ferraz. 50 min.

- Cinema- CURTAS
17h Couro tecido (Dir. Adriana Botelho, Brasil, 2012, documentário). 19 min.
Cinema - CINECAFÉ
17h30 Harry & Sally: feitos um para o outro (When Harry Met Sally, Dir. Rob Reiner, EUA, 1989). 95 min
  
Dia 03, domingo
- Artes Integradas - ARTE RETIRANTE
Local: Praça da Matriz, Barbalha - CE (Festa do Pau da Bandeira)
10h Teatro: Retalhos da Minha Terra - Grupo de Teatro Loco em Cena (Barbalha - CE). Dir. Gilsimar Gonsalves. 40 min. Livre.

- Curso de Formação Artística
Local: Teatro Marquise Branca - Av. Pe. Cícero, S/N.
14h Diálogo das Artes - Prof. Flauberto Gomes

Fonte: CNBNB

quinta-feira, 24 de maio de 2012

SESC Convida: Lançamento do Livro - Água pra que te quero!



Programa Cultura SESC Cariri
(88) 3587 1065 (SESC Juazeiro)
(88) 3523 4444 (SESC Crato)

Temporada; Espetáculo de Dança Boa Noite Cinderela - de Alysson Amancio e Cia de Dança



Dias: 24,25 e 26 de maio de 2012
Sempre às 20h no Teatro do SESC Patativa do Assaré - Juazeiro do Norte/Ce
Ingressos: R$10,00 (inteira)  R$ 5,00 (meia)

Ficha Técnica
Direção, dramaturgia e coreografia: Alysson Amancio
Interpretes-criadores: Adriano Modesto,  AlyneSouza, Faeina Jorge, Kelyenne Maia, Luciana Araujo, Lucivânia Lima, Michelesantos, Rosilene Diniz
Pesquisa musical, cabelo e maquiagem: Alyne Sousa eAlysson Amancio
Ensaiadora: Luciana Araújo
Assessoria teatral: Duilio Cunha
Figurino: Ariane Morais
Iluminação: Luiz Renato
Assistente de iluminação e operação de luz: Raimundo Lopes
Fotografia: Diego Linard
Arte: Jota Júnior
Assessoria de Imprensa: Monica Batista
Produção: Jota Júnior Santos, Luciany Maria Mendes, Nilo Junior callou

Realização:
Alysson Amancio Cia de Dança e Associação DançaCariri

Apoio:
Universidade Regional do Cariri - URCA
Centro de Artes Violeta Arraes de AlencarGervaisau
SESC Juazeiro
Grupo São Geraldo
Academia RL
Emgenharia Cenica
FUNARTE
Ministério da Cultura
Governo Federal

ESTE PROJETO FOI CONTEMPLADO PELA FUNARTE NO EDITAL
PRÊMIO PROCULTURA DE ESTÍMULO AO  CIRCO, DANÇAE TEATRO 2010

Programa Cultura SESC Cariri
(88) 3587 1065 (SESC Juazeiro)
(88) 3523 4444 (SESC Crato)

Armazém do som dose dupla no SESC Crato! Quem vem?




Bela Orquídea - Com a pretensão de combinar poesia com arranjos musicais a banda, Bela Orquídea, mistura suas influências que pegam emprestadas harmonias diversas dos ritmos brasileiros e outras influências como Jazz, rock e blues para dar vida às suas canções. Seguindo fortes influências de violonistas brasileiros o guitarrista, Anderson Matos, combina suas técnicas de guitarra com arranjos limpos de violão. A banda, nascida em Crato no final de 2011 começa suas composições e ensaios na garagem de casa e tem seu parto prematuro para os palcos. Com uma formação simples de guitarras, baixo e bateria, a banda conta com a experiência musical de veteranos dos palcos regionais como o baixista da Mary Roots (Rodolfo) e o ex-integrante da Nightlife (Anderson Matos, por muitos, conhecido como JOE). Juntam-se a Hitalo Mikael (guitarra e violão) e AC. Matos (bateria) e formam a Bela Orquídea.
“Tocamos nossos instrumentos em função de nossas almas. Compomos nossas músicas pra tocar sua alma através da nossa”

Gafieira Bad Vibe -  A banda Gafieira Bad Vibe traz em seu repertório o diversificado samba rock , tocando assim um pouco de tudo como: Seu Jorge, Jorge Ben , Sandra de Sá etc. Mas o segredo da pegada da banda está em tocar releituras de bandas como "Funk como le gusta" e na falta de tempo transformar os mais conhecidos sambas de mesa em Rock , formando assim a pegada groove do grupo. Podemos resaltar como estilo próprio a levada das músicas, contando assim com o swing do violão de Cidinho, a sutileza do cavaco de Walesvick Pinho , a pegada groove e precisa do baixo de Ricardo, a loucura e levada da bateria de Rodrigo Moura e os sopros fortes e arrepiantes de Junior e Antônio.

Programa Cultura SESC Cariri
(88) 3587 1065 (SESC Juazeiro)
(88) 3523 4444 (SESC Crato)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

De Quem é a Culpa? Por: Mário Correia de Oliveira Júnior.


  
Paradoxos Políticos Eleitorais!

No atual Mundo Globalizado fala-se muito em defesa do meio ambiente. Diversos legisladores defendem esta bandeira “com unhas e dentes”. Elaboram leis para o combate da poluição sonora, da poluição visual e demais leis em defesa do meio ambiente.
 Muito bem! Até aí nada obsta. Contudo, quando de suas campanhas eleitorais não se importam com a poluição sonora, visual e com as cidades sujas de panfletos, isto é, aqueles que desinformam o cidadão. Perguntamos? O cidadão deverá votar nestes tipos de candidatos? Votar novamente nestes candidatos? Não! O cidadão é acima de tudo sábio em suas decisões! É hora de somarmos ideias, a fim de eliminarmos do nosso convívio, o desrespeito aos cidadãos e as nossas cidades!
Então, por oportuno, comecemos nossa conversa com as palavras do Filósofo Daniel Dennett, autor de “Quebrando o Encanto”, que diz: ”As religiões cresceram porque foram úteis à humanidade. As crenças serviram para dar senso ético e coesão política e social às tribos e ajudarem o homem a enfrentar doenças e encarar seus medos.”.
Quebremos, por conseguinte este “encanto” de que campanha eleitoral só é boa com carreatas, poluição sonora, poluição visual e outras parafernálias que agridem o meio ambiente e desrespeitam os direitos dos cidadãos. A democracia não “cresce” em assim procedendo. Não é “útil” a humanidade. Não “serve” como “senso ético” e muito menos como “coesão política e social”. Não “ajuda” ao cidadão de bem a “enfrentar e encarar suas doenças”. Pelo contrário, advêm doenças de todas as qualidades ruins possíveis.
A hora é agora! Quebremos o encanto! Encaremos os nossos “medos”!
Pois Muito bem! A campanha eleitoral deveria ser começada pelo que realmente ela é. É o momento dos candidatos apresentarem propostas exequíveis. Não o momento de se divertirem com showmícios, shows pirotécnicos, carreatas, panfletagens apócrifas. Nós já temos diversas festas; para citar algumas delas, como: Diversos Forrós nos finais de semanas, São João, Vaquejadas, Expocrato, Juá Forró, Festa de Santo Antônio, etc. E aí perguntamos? “A turma” não vai se divertir torcendo por seus candidatos ao som de músicas? Como vai ficar isto? Aquela coisa Americanizada, Europeia, fria, votar pelos candidatos por suas qualidades administrativas? Será que não seria uma campanha muito fria e chata para o”sangue” do Brasileiro?
 A sugestão para definição de uma campanha limpa, transparente, sem poluição sonora, sem poluição visual; enfim, sem agredir o meio ambiente, seria um debate efetuado pelas Câmaras Municipais, pelos partidos Políticos com o apoio do Ministério Público, do Juiz Eleitoral, no sentido de definir quais os limites da propaganda eleitoral. Façamos uns debates públicos, palestras, seminários, uma pesquisa, a fim de saber se a população quer uma campanha “suja”, poluída, desrespeitosa com os direitos do cidadão; de intranquilidade auditiva, visual, o direito de “ir e vir”, bloqueados pelas diversas carreatas, etc., ou uma campanha limpa. A ideia de se debater este assunto já é realidades nas cidades de Cajazeiras e Campina Grande na Paraíba. Porque não no Cariri, no Ceará e no Brasil, de uma forma geral?    
No período de noventa dias a justiça libera a propaganda eleitoral, tanto sonora, quanto visual e as cidades acabam vivendo transtornos de toda ordem diante das propagandas que geram as mais diversas agressões ao meio ambiente. Realmente, assim procedendo, estamos andando, não somente no sentido oposto na defesa de um meio ambiente saudável e sustentável, mas também, desvirtuando o real sentido da propaganda eleitoral e da própria democracia. É uma preocupação que deve ser de todos. Principalmente a polução sonora, com os mais diversos carros de sons, em decibéis acima do permitido, a qualquer hora do dia e da noite, com a agravante de carreatas, como isto demostrassem as verdadeiras “caras” dos candidatos. O uso de paredões de som, painéis pintados nos muros deveriam ser abolidos para o bem dos cidadãos e respeito ao meio ambiente.
É de bom alvitre lembrar que a legislação eleitoral não proíbe o uso de carros de sons e a pintura de painéis dentro dos parâmetros das leis. Entretanto, pela modernidade dos meios de comunicação há diversos outros meios dos candidatos apresentarem a população suas propostas, suas reais intenções de suas candidaturas. As redes sociais, debates nos espaços públicos, tais como, sindicatos, associações, Ongs, Escolas, Universidades, Faculdades, clubes e entidades de classes. Tão somente desta forma estaremos contribuindo para uma cidade saudável, limpa, bonita, agradável para se viver e contribuir para um meio ambiente, que garanta o cidadão do presente e das futuras gerações. Devemos sim, nos preocuparmos com os limites da poluição sonora, da poluição visual, do respeito da liberdade de expressão (dentro dos limites das Leis Eleitorais e da Constituição Federal), de uma cidade limpa e salutar.
Portanto, meus caros cidadãos! E de Quem é a Culpa.
Finalizemos com as palavras de Hans Kelsen: “O Estado de Direito é aquele que satisfaz os requisitos da democracia e da segurança jurídica... a jurisdição e a administração estão vinculadas às leis... estabelecidas por um parlamento eleito pelo povo... (negrito e grifo nosso)... e certas liberdades dos cidadãos, particularmente a liberdade de crença e de consciência e a liberdade da expressão do pensamento, são garantidas.”.  

Mário Correia de Oliveira Júnior
Advogado/Professor.

Ana Rosa Dias Borges - A perseguidora de memórias



Vasculhar,compreender e socializar as histórias de narrativas orais populares do Cariri cearense é um dos prazeres da historiadora e pesquisadora cultural Ana Rosa Dias Borges. A Professora reconhece que  “ao preservarmos nosso patrimônio cultural imaterial estamos contribuindo para o aprendizado da cidadania, tão necessário em nossos dias”. Autora do livro “Narrativas Orais no Barro Vermelho” que é um exemplo da importância do resgate da história a partir das relações de pertencimento e identidade 


Alexandre Lucas - Quem é Ana Rosa Dias Borges?   

Ana Rosa Dias Borges - Cratense, contadora de historias para crianças, avó, historiadora, professora, pesquisadora cultural, amante da arte literária, uma misturança só.

Alexandre Lucas – Você já vem desenvolvendo há muitos anos um trabalho de incentivo a leitura. Fale sobre esse trabalho.

Ana Rosa Dias Borges  - Quando trabalhava com editoras comecei a contar histórias para crianças na Rede de Ensino do Recife. Encantei-me com o que vi e senti ao contar histórias. A necessidade de aprofundamento no tema levou-me a cursar uma especialização em Literatura Infanto- Juvenil, que versou sobre os contos orais, das comunidades narrativas orais da Chapada do Araripe. E assim, de posse desse conhecimento teórico , que empiricamente já me seduzia, intensifiquei as ações de incentivo a leitura, publicando artigos em revistas especializadas em Literatura Infanto- Juvenil e Educação, contando as histórias compiladas da Serra do Araripe em bibliotecas e escolas em geral, oferecendo oficinas de formação para educadores em parceria com secretarias municipais de educação e na rede privada de ensino, prestando assessorias pedagógicas, ministrando palestras, sempre disseminando o encantamento que os contos fantásticos provocam naqueles que estão em processos construtivos literários.

Alexandre Lucas – Você é uma pessoa que busca a partir das suas pesquisas sobre narrativas orais criar relações de identidade e pertencimento com o povo.  Qual o significado disso?

Ana Rosa Dias Borges - O sentimento de pertença e identitário inerente ao ser humano são compartilhados por um mesmo grupo social, ou seja, o mesmo imaginário social. De forma que as idéias, os costumes, as tradições e os mitos fundam uma realidade social e deveriam estar presentes nos processos construtivos educacionais escolares, pois ao preservarmos nosso patrimônio cultural imaterial estamos contribuindo para o aprendizado da cidadania, tão necessário em nossos dias. E as narrativas populares orais, tem esse poder. Elas carregam consigo toda essa gama de simbolismo, valorizam no ser sua identidade cultural o que desencadeia os questionamentos necessários relacionados àquilo que somos e o porque do que somos.

Alexandre Lucas – Você lançou o livro “Narrativas Orais no Barro Vermelho”. Como foi esse trabalho? 

Ana Rosa Dias Borges - A artesania do livro Narrativas Orais no Barro Vermelho teve início quando o projeto que enviei ao MINC foi aprovado. Um programa denominado, Micro Projetos Mais Cultura, que contempla iniciativas culturais de cunho popular e abrangência comunitária.

Assim como eu já tinha desenvolvido a pesquisa dos contos populares na Chapada do Araripe e encontrava-me completamente envolvida com o tema narrativas orais populares, decidi dar continuidade ao trabalho, agora na cidade do Crato. A escolha do Alto da Penha, antes Barro Vermelho, se deu em função de ser essa uma comunidade emblemática, estigmatizada, uma das primeiras áreas periféricas da cidade, com um imaginário coletivo repleto de mitos, lendas, assombrações e também a formação de um tecido social interligada a formação histórica do Crato. Ademais, na minha infância, morei muito próximo e desenvolvi laços afetivos e identitários com o bairro.  

Alexandre Lucas – Você desenvolveu um trabalho de resgate da história dos  Dramas na cidade do Crato. Conte essa história.  

Ana Rosa Dias Borges - Quando criança, no Sitio Guaribas, localizado no Sopé da Capada do Araripe, tive a alegria e o imenso prazer de viver toda a magia dos Dramas. As moças do lugar, antes das festas natalinas, apresentavam os Dramas, que eram duetos cantados, em um palco improvisado, ora em cima de um caminhão, ora em cima de uma grande mesa, ora em uma calçada alta

Alexandre Lucas – Você acredita que a história da nossa ancestralidade vem sendo perdida?

Ana Rosa Dias Borges - Embora ocorram movimentos educativos e culturais com vistas a deter esse processo, percebe-se que são iniciativas tímidas e de abrangência diminuta. Muito da nossa ancestralidade histórica se perdeu. Entretanto, os aprofundamentos e as discussões acadêmicas, as ações dos organismos não governamentais nesse sentido e a implantação dessa temática no Sistema de Ensino Regular, vislumbram a contra mão dessa constatação.

Alexandre Lucas – Quais os seus próximos trabalhos?  

Ana Rosa Dias Borges - De certo estarei sempre envolvida em pesquisas que versam sobre as temáticas populares em memória. No momento estou amadurecendo a idéia de outra publicação. Faltam apenas os recursos. Mas estamos na busca e a concretização dessa ideia muito me fascina.