Quando o imperador romano Vespasiano
disse essa frase, há mais ou menos 2000 anos, acreditava poder hipnotizar o
povo dando-lhes alimento e entretenimento através dos espetáculos de lutas
entre gladiadores nos estádios e distribuição de pães aos presentes. A formula
parece funcionar bem até hoje na terra dos Cariris.
Chegam os meses de junho e julho,
com seus festejos juninos: Pau da bandeira, JuáForro, Expocrato e em toda
região as administrações municipais resolvem “ajeitar” as cidades para receber
seus visitantes. Concertam-se calçamentos, asfaltam-se ruas, finalizam-se
praças e parques, seguidos de inaugurações e foguetórios. É certo que o povo
precisa de áreas de lazer, vias calçadas em perfeito estado de conservação para
o tráfego, mas e o resto? Pintar meios-fios, tapar buracos e varrer as ruas dá
certamente uma aspecto de cidade bem cuidada, mas porque só nas curtas
temporadas de festas e não o ano todo? Os turistas levam para casa a boa
impressão, mas a grande maioria das populações sofre, com os mal estruturados e
mal pagos sistemas de educação, saúde, segurança, saneamento, planejamento e
tráfego urbano. Onde estão os investimentos nestas áreas? Estas tão cansadas
promessas de campanha de 11 entre 10 candidatos a qualquer coisa.
O resto do ano a população sofre,
mas parece que gosta! Na verdade parece gado! O povo é tratado como gado, em
grandes currais, nestas bandas. Sendo obrigados a comer do pasto que lhe derem.
Conformem-se, pois, em receber uns “agrados” por cada voto, quando se aproximam
as eleições, e não reclamem do fim que derem aos seus caros impostos, pagos em
tudo!
Países hoje desenvolvidos têm na
educação, na boa infraestrutura das escolas, qualificação e remuneração dos
professores a solução da maioria de seus problemas sociais. Paralelamente a
saúde, segurança, transporte e tráfego de qualidade são alicerce para um povo
que deseja ter dignidade. Resta-nos, portanto: rezar, desculpe, optar por
representantes de reconhecida competência administrativa e correção no uso do
nosso dinheiro e cobrar, fiscalizar e punir o não cumprimento das promessas de
campanha. Como dizia Albert Einstein: “Temos o destino que merecemos. O nosso
destino está de acordo com os nossos méritos.”
Dimas de Castro e
Silva Neto
Engenheiro Civil, Mestre em Gerenciamento da Construção
pela University of
Birmingham e Professor do Curso de Engenharia Civil da UFC CaririEngenheiro Civil, Mestre em Gerenciamento da Construção
3 comentários:
Parabéns, Dimas. Muito bom vê você voltar a postar no Cariri Agora.
O prazer é meu Rafael e obrigado!
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