Quando a aeronave C-46 da Real Transportes Aéreos pousou no Aeroporto Regional do Cariri estava começando ali a aviação comercial em Juazeiro do Norte. Hoje, completa 50 anos que isso aconteceu e, cinco décadas após, o município ainda não possui uma estação à altura para receber os seus passageiros. No dia 5 de fevereiro de 1959, eram 40 passageiros desembarcando na aeronave que fazia a rota Rio de Janeiro/Fortaleza/Juazeiro do Norte.
Hoje a situação é bem diferente à exceção da precariedade da estação de passageiros apesar do aeroporto ser a principal porta de entrada para o Ceará. É que o mês de dezembro marcou um recorde em termos de embarques e desembarques com uma movimentação de 21.773 passageiros o maior de toda a sua história. Uma história que começou pelo campo de aviação Marechal Farias inaugurado no dia 17 de fevereiro de 1933 em solenidade das mais concorridas.
Um ano antes de sua morte e já sentindo o peso dos 89 anos e a saúde um tanto debilitada, o Padre Cícero Romão Batista participou do ato sob um guarda chuva em virtude das precipitações do inverno. Presenças ainda do prefeito de então, Tenente-coronel Zacarias Alves de Albuquerque, e do juiz de direito, Plácido Aderaldo Castelo. Naquela data, o primeiro avião a aterrissar em Juazeiro foi um Waco 21 pilotado pelo Tenente José de Sampaio Macedo.
Nesse caso o tempo já é bem maior somando 76 anos e, nem assim, o suficiente para o Aeroporto de Juazeiro ganhar as reformas necessárias. Como se pode ver, comparando as fotos, tudo evoluiu: a tecnologia dos aeroportos, o tamanho das aeronaves, o volume de passageiros, as condições de segurança e outros detalhes ao contrário do campo de pouso juazeirense. A esteira de bagagem é motivo de “chacota‿, as poltronas da estação são insuficientes, o espaço é pequeno, os guichês são cubículos, a sala de embarque não dá para todos e os poucos serviços deixam a desejar.
NOVA ESTAÇÃO - Mais ainda existe um fio de esperança. É que a Infraero, que administra o aeroporto, está prometendo uma nova, moderna e ampla estação de passageiros por saber que os números são absolutamente convincentes. No comparativo, o incremento foi da ordem de 12,35% com 170.838 embarques e desembarques no ano passado contra 152.032 passageiros em relação a 2007 ou 18.870 pessoas a mais apesar dos problemas enfrentados com a redução no número de vôos em operação. É que, em maio, a BRA. (Brasil Rodo Aéreo) e a OceanAir Linhas Aéreas suspenderam atividades no Cariri. Só em outubro a OceanAir retornou.
As projeções para este ano são apontam para 210 mil embarques e desembarques. Seria um coroamento para o provável início das reformas do aeroporto. O presidente da Infraero, tenente- brigadeiro do ar, Clenilson Nicácio Silva, conhece a realidade local, pois esteve em Juazeiro no mês de outubro quando ainda era diretor de operações da estatal. Um dos problemas é a pista de pouso que ainda carece de homologação pela Infraero nos seus 1.950 metros o que ainda não ocorreu por problemas de ordem técnica.
Site Miséria
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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Há 50 anos no Cariri...
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