“Composto de partes que podem desempenhar funções diferentes, distintas e coordenadas.” (Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia – André Lalande). Mesmo que seguindo transformações as questões orgânicas não resultam do acaso, mas da organização, teria certo determinismo. Além disso o orgânico se opõe ao mecânico nos termos da filosofia romântica alemã ao se desenvolver resultando de uma força única e não de uma ação exterior ou de uma soma de ações adicionais. Em biologia se refere aos corpos capazes de exercer as funções da vida: alimentação, reprodução, sínteses etc.
Estaríamos vivendo uma metáfora social, antropológica e econômica do orgânico: August Comte chegou a pensar num organismo social – coordenação complementar de seres diferentes que cooperam em virtude destas diferenças. Mesmo quando criticada a metáfora da sociedade como um organismo ela se deitava sobre a visão hegemônica da sociedade burguesa, imaginando-se o “fim da história”, aquele momento em que todos estavam organicamente ligados, sem contradições, pois até mesmo a teoria das defesas, orgânicas como a imunidade, poderia ser utilizada para extirpar a “células cancerosas”.
Vejam que agora mesmo na guerra do alemão no Rio de Janeiro, esta visão deitou e rolou, mesmo entre pessoas com boa crítica às contradições da história. Não muito tempo fui surpreendido com a condenação moral da luta de classes, como se esta fosse meramente uma opção ideológica fundada pelo pensamento marxista e não a erosão da vida real das pessoas.
Este tema é interessante por que a organização do mundo parece cada vez mais ter os riscos orgânicos inclusive a fragilidade do que filosoficamente já se identificava como a “força única”. Hoje mesmo o Wikileaks revela os centros nevrálgicos da defesa americana no mundo todo. Até o cabo de fibra ótica da costa brasileira que faz um nó na costa de Fortaleza é considerado “vital” para a sociedade americana. Estão elencados oleodutos na Rússia, minas de Manganês no Brasil, mineração de ferro, minas de cobalto no Congo e assim por diante, como “órgão” do grande organismo imperial americano.
Agora mesmo vejam a dimensão do que acontece neste momento comigo. Estou aqui escrevendo num computador, conectado na rede mundial, pesquisando automaticamente na rede e na minha biblioteca, para depois enviar para os sites do Cariri. Antes das 10 horas alguém já estará lendo aquilo e ainda estou neste período. Então, imaginem se um simples cabo se romper: nada do faço e farei poderia acontecer. Mesmo que a sociedade ainda tenha “colaterais” para desviar o fluxo de informações para chegar ao destino.
Enfim, estão nos passando uma visão de organicidade global e totalitária tão somente para que se torne aceita a desigualdade econômica e social entre as pessoas e que cada vez mais as cabeças se tornem meras células da aceitação da versão do mundo forjada pela cultura dominante. Hoje se estima que a perseguição dos EUA ao Wikileaks pode gerar uma nova “Internacional” anti-hegemônica, anti-globalização que traduza cada pessoa em seu diferencial na sociedade.
Mesmo a visão de Gaia, a terra como um organismo vivo pode sofrer críticas.
Estaríamos vivendo uma metáfora social, antropológica e econômica do orgânico: August Comte chegou a pensar num organismo social – coordenação complementar de seres diferentes que cooperam em virtude destas diferenças. Mesmo quando criticada a metáfora da sociedade como um organismo ela se deitava sobre a visão hegemônica da sociedade burguesa, imaginando-se o “fim da história”, aquele momento em que todos estavam organicamente ligados, sem contradições, pois até mesmo a teoria das defesas, orgânicas como a imunidade, poderia ser utilizada para extirpar a “células cancerosas”.
Vejam que agora mesmo na guerra do alemão no Rio de Janeiro, esta visão deitou e rolou, mesmo entre pessoas com boa crítica às contradições da história. Não muito tempo fui surpreendido com a condenação moral da luta de classes, como se esta fosse meramente uma opção ideológica fundada pelo pensamento marxista e não a erosão da vida real das pessoas.
Este tema é interessante por que a organização do mundo parece cada vez mais ter os riscos orgânicos inclusive a fragilidade do que filosoficamente já se identificava como a “força única”. Hoje mesmo o Wikileaks revela os centros nevrálgicos da defesa americana no mundo todo. Até o cabo de fibra ótica da costa brasileira que faz um nó na costa de Fortaleza é considerado “vital” para a sociedade americana. Estão elencados oleodutos na Rússia, minas de Manganês no Brasil, mineração de ferro, minas de cobalto no Congo e assim por diante, como “órgão” do grande organismo imperial americano.
Agora mesmo vejam a dimensão do que acontece neste momento comigo. Estou aqui escrevendo num computador, conectado na rede mundial, pesquisando automaticamente na rede e na minha biblioteca, para depois enviar para os sites do Cariri. Antes das 10 horas alguém já estará lendo aquilo e ainda estou neste período. Então, imaginem se um simples cabo se romper: nada do faço e farei poderia acontecer. Mesmo que a sociedade ainda tenha “colaterais” para desviar o fluxo de informações para chegar ao destino.
Enfim, estão nos passando uma visão de organicidade global e totalitária tão somente para que se torne aceita a desigualdade econômica e social entre as pessoas e que cada vez mais as cabeças se tornem meras células da aceitação da versão do mundo forjada pela cultura dominante. Hoje se estima que a perseguição dos EUA ao Wikileaks pode gerar uma nova “Internacional” anti-hegemônica, anti-globalização que traduza cada pessoa em seu diferencial na sociedade.
Mesmo a visão de Gaia, a terra como um organismo vivo pode sofrer críticas.
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