Teus cabelos não são cordas
Nem fumo de rolo fumado
És uma rapunzel solitária
Nessa selva de homens brutos
Nem fumo de rolo fumado
És uma rapunzel solitária
Nessa selva de homens brutos
São seis ou sete anos
Que nós humanos perdemos
Ou melhor ganhamos
Nossa credencial pro inferno
Que nós humanos perdemos
Ou melhor ganhamos
Nossa credencial pro inferno
E lá, talvez tardiamente arrependidos,
Iremos lembrar o que essa guerrilha machista e marxista fez e faz
Em nome de uma ideologia e de um comandante fulano de tal
Que mereceria ser enforcado com suas próprias tripas
Para poupar seus cabelos de seda
Que representam a solidão e a sabedoria
De uma mãe sem filha
Iremos lembrar o que essa guerrilha machista e marxista fez e faz
Em nome de uma ideologia e de um comandante fulano de tal
Que mereceria ser enforcado com suas próprias tripas
Para poupar seus cabelos de seda
Que representam a solidão e a sabedoria
De uma mãe sem filha
De filhos que perderam a mãe
No exílio e vítima, quase morta
Mas que teima em ficar viva
No exílio e vítima, quase morta
Mas que teima em ficar viva
Libertem essa mulher
Antes que todos os vírus
Encetem uma campanha
Pra aniquilar a sordidez
De uma política sem vez, sem Homens, e dignidade nenhuma
Antes que todos os vírus
Encetem uma campanha
Pra aniquilar a sordidez
De uma política sem vez, sem Homens, e dignidade nenhuma
Um comentário:
O texto abaixo transcrito é de Maria Lucia Victor Barbosa, socióloga, escritora e professora universitária:
"A foto de Ingrid Betancourt, prisioneira das Farc, correu o mundo. É o retrato da dor, da profunda solidão, do sofrimento infindo que essa mulher padece há mais de seis anos nas mãos dos impiedosos e sanguinários terroristas e narcotraficantes das Forças Revolucionárias da Colômbia – Farc. E aquela face transfigurada pelo padecimento tornou-se emblemática de tantos que, como ela, foram arrancados do convívio familiar e amargam no cárcere asfixiante e insalubre da selva a desumanidade dos que, a principio se investindo de guardiões do paraíso na terra se tornaram os carrascos do inferno.
Ingrid Betancourt não sofre sozinha as inenarráveis humilhações que um ser humano é capaz de suportar antes de enlouquecer. Aproximadamente 700 pessoas dormem acorrentadas em árvores, não recebem tratamento médico necessário, são obrigadas a caminhar pela selva mesmo sem condições físicas. No cativeiro das Farc onde a misericórdia não existe prolifera a mesma essência maléfica dos campos de concentração, pois em tal miserável sobrevivência homens e mulheres, além dos agravos físicos, são despidos de sua dignidade.
As Farc seqüestram, torturam, matam os pobres que não têm dinheiro para pagar resgate, mantêm entre centenas de prisioneiros alguns que, tendo relevância política podem funcionar como moeda de barganha para libertar os "companheiros" capturados pelo Estado Colombiano que tem à frente o presidente Álvaro Uribe, um estadista, algo raro na América Latina.
Silenciaram os “bons revolucionários” latino-americanos enquanto Chávez, o ditador de fato da Venezuela, simulou gestos humanitários ao negociar a soltura de algumas vítimas das Farc, enquanto as financia e lhes dá respaldo político. Aos demais governantes da América Latina, incluindo o brasileiro, é mais cômodo culpar o presidente Uribe pela situação, em que pese ele estar fazendo há tempos todos os esforços para combater aqueles celerados. Condenar Uribe, tática comum dos esquerdistas que são exímios em alterar, distorcer, manipular fatos, na verdade equivale a condenar a vítima e absolver os criminosos. Tudo indica que a esquerda latino-americana aprendeu direitinho a lição com o mestre Stalin.
No Brasil, o embrião das Farc, o MST, está exacerbando sua violência. O chamado movimento social agora invade não só terras produtivas, mas propriedades da Vale do Rio Doce (maior mineradora do mundo), hidroelétricas, Assembléias Legislativas, agências de Banco, praças de pedágio, além de bloquear estradas. O flagrante desrespeito ao Estado de Direito, o esbulho da propriedade particular, o prejuízo causado ao País avançam impunemente sob o olhar complacente das autoridades constituídas, que até financiam as ricas e vistosas manifestações do MST.
Como afirmou Edmund Burke: “Tudo que é necessário para que o mal triunfe é que os homens de bem nada silenciem”
Nós não ficaremos calados...
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