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sexta-feira, 9 de maio de 2008

A novidade desta sexta-feira:


Revista "Time" declara Obama vencedor da corrida democrata
Colaboração para a Folha Online

A revista semanal "Time" publicada nesta sexta-feira nos EUA mostra um retrato da Barack Obama sorridente e afirma na manchete: "E o vencedor é...*". No pé da página, está continuação: "Sério, a gente tem certeza desta vez".
A informação foi dada pelo
blog do Sérgio Dávila, jornalista da Folha de S. Paulo.
A reportagem que sugere a vitória de Obama na corrida democrata foi divulgada ainda na quinta-feira no site da revista.

Segundo a "Time", Hillary cometeu cinco erros que comprometeram o sucesso de sua campanha. Entre eles, subestimar o desejo dos EUA por mudança, e escolher como motes de campanha sua experiência e assumir uma suposta "inevitabilidade" de sua vitória.
Outro artigo trazido da publicação afirma que Obama está "prestes a ser recompensado" por ter se recusado "a jogar pelas regras tradicionais da política".
O artigo analisa as "medidas de desespero" que tomaram conta da campanha de Hillary recentemente, dizendo que o discurso de Hillary sobre cortar impostos para conter os preços da gasolina no país foi claramente "populista".
Hillary no últimos meses se mostrou "desesperada" e disposta a fazer quase qualquer coisa para se manter na corrida. "A perda da nomeação foi uma conseqüência da incompetência de sua campanha, mas também resultado de sua insistência em fazer mais do mesmo".
Segundo o artigo da "Time" a tática da "política suja" que Hillary adotou funcionou por quarenta anos em eleições de diferentes candidatos à Presidência dos EUA, e não é novidade também em campanhas dos Clinton.
O artigo aponta ainda que "o populismo vergonhoso" que parecia uma "jogada da virada" para a mídia após sua vitória na Pensilvânia e outras táticas como fazer "campanha depreciativa" de Obama se mostraram estratégias gastas para a "legião de jovens apoiadores" de Obama. Estes foram os verdadeiros atores do 'jogo real da mudança' trazida pela campanha do senador.
O artigo aponta que Obama desafiou seus adversários e mesmo a mídia ao mostrar que a opinião pública está levando as eleições muito a sério e cansada da forma tradicional de como a política é feita e retratada.
"Eu suspeito que o público também está cansado da mídia, dos jornalistas que colocam escândalos à frente da substância", diz o articulista.
O artigo cita ainda uma fala de Obama, sugerindo que pode ter sido dita tanto para os adversários como à própria mídia.
"A questão não é o tipo de campanha que eles vão fazer, mas a que nós vamos fazer. É o que nós vamos fazer que fará este ano ser diferente. Eu não entrei nesta disputa achando que poderia evitar este tipo de política, mas estou na disputa para presidente porque é tempo de terminar isto".
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Meu comentário: A possibilidade de que Barack Obama se torne o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, país que há 40 anos sofria com o racismo e a segregação, mostra os avanços obtidos pelos americanos no caminho para a igualdade racial. E no Brasil ( onde os mestiços são maioria) como anda a igualdade racial? Bom lembrar que há 120 anos - em 13 de maio de 1888 - a Princesa Isabel extinguiu - através de lei e após penosas negociações - a escravidão da simpática raça negra. À época, o Brasil era uma monarquia constitucional e a Princesa Isabel continua sendo a única mulher que exerceu a Chefia de Estado no Brasil. Veio a República. E nunca mais uma mulher chegou à Chefia do Governo/Estado como acontece na forma republicana...