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sábado, 12 de novembro de 2011

Hoje: "A DONZELA E O CANGACEIRO" na 3ª Guerrilha...



A Cia. Cearense de Teatro Brincante traz novamente seu mais novo sucesso de público. Um grande espetáculo que resgata o mito da Caipora e faz uma contundente defesa da ecologia e do meio ambiente. Um manifesto em favor da natureza!


"A ambição desmedida do homem rico, a ganância cruel do norte-americano e a trama infernal vinda das trevas ameaçam o Sítio Fundão, importante reserva ecológica brasileira. 


As forças do mal, lideradas pelo Bode-Preto, entram em disputa ferrenha pelo domínio da área, mas são enfrentadas pela legião do bem, liderada pela Caipora, deusa protetora da natureza.


Somente o amor pode salvar o sítio da destruição total. Um enigma, proferido pela esfinge de Seu Jefrésso, contém todo o segredo do universo, capaz de restabelecer a paz e a harmonia. 


Donzela Flor, símbolo de pureza, precisa ser desencantada. O cangaceiro Edimundo Virgulino, valente e destemido, luta com bravura para salvar o sítio e conquistar o coração da donzela." 


ELENCO: Mateus – Cacá Araújo / Catirina – Kelvya Maia / Pafúncio Pedregôso – Franciolli Luciano / Cafuçú – Paulo Henrique Macêdo / Feiticeira Catrevage – Jonyzia Fernandes / Vicença – Rosa Waleska Nobre / Dona Colombina – Samara Neres / Donzela Flor – Charline Moura / Caipora – Orleyna Moura / Troncho Sam – Márcio Silvestre / Edimundo Virgulino – Emerson Rodrigues / Bode-Preto – Joênio Alves / Seu Jefrésso – Jardas Araújo. 


TÉCNICA: Texto e Direção – Cacá Araújo / Assistência de Direção – Orleyna Moura / Iluminação – Cacá Araújo e Emerson Rodrigues / Cenografia e Sonoplastia – Cacá Araújo / Cenotécnica e Adereços – Saymon Luna, Willyan Teles, França Soares, Mestre Galdino, Cristiano de Oliveira e Marlon Torres / Figurino e Maquiagem – Joênio Alves / Ritualística Corporal – Joênio Alves e Kelyenne Maia / Música e Direção Musical – Lifanco / Instrumentistas – Lifanco e os atores / Criação e execução de efeitos sonoros – Lifanco e os atores / Operação de Luz – Paulo Fernandes / Operação de Som – Babi Nobre / Confecção de Figurino – Ariane Morais / Cinegrafia – Antonio Wideny (Toyota) / Fotografia – Gessy Maia e Mônica Batista / Xilogravura do Cartaz – Carlos Henrique / Designer – Felipe Tavares / Contra-Regra – Mauro Silvestre / Guarda-Roupa – Luciana Ferreira / Produção Executiva – Kelvya Maia / Produção – Sociedade Cariri das Artes. 


AGRADECIMENTOS: Sociedade de Cultura Artística do Crato / Secretaria de Cultura do Crato / Casa Harmônica / Circo-Escola Alegria / Coletivo Camaradas / Ed Alencar.


PATROCINADORES: Banco do Nordeste - Parceria BNDES / Prefeitura Municipal do Crato-CE.

Aceitação - Emerson Monteiro

... Uma reação igual e em sentido contrário, princípio da Lei de Ação e Reação. Depois que acontecer de pisar na bola, cabe aceitar as consequências. Conciliar as respostas naturais em relação aos atos de seguir em frente, atitude por demais justa consigo mesmo, ser falível no estado atual. Caso diferente, agiria como que treme diante das circunstâncias, o que nada representaria em termos de racionalidade; o errar só para não dar a mão à palmatória.

Baixar a cabeça depois que falhar nas escolhas das ações, ainda que pela ignorância de conhecer o jeito exato de cumprir o papel perante a vida, eis o modo espontâneo de se render às evidências. Levantar a cabeça pode reduzir os prejuízos e abrir um espaço de perdão dentro da gente, isto no sentido de evitar danos à saúde física e abrir mão das vaidades; deixar de lado a suposição antiga de se ser senhor absoluto da razão.

Quantas e tantas vezes o errar humano pisar no território da solidão... Contar apenas com os elementos de quem ousa sonhar demasiado com a perfeição e cai da cama... Se achar acima do bem e do mal, quando Deus impera acima dos seres menores, Sua criação apenas... Nós, os viventes...

Viver a vida sem se punir a todo instante... Quando o sucesso domina a cena, as pessoas vibram de euforia. No entanto, perante as cobranças dos erros, afundam na lama quais juízes impiedosos de si, cruéis parceiros da autovingança. E dói e mata e pune contra as ordens mínimas da compaixão.

Aceitar a condição de relativos nas malhas humanas; admitir a retratação, invés das normas rígidas do combate interno às inferioridades, doutores de leis impiedosas e totalitárias. Persistir vivos para preservar a espécie dos aprendizes, senhores da fé nos dias melhores. Render homenagem ao impossível, em noites e dias sempre adoráveis. Ninguém é o senhor do destino além do Poder superior aos poderes limitados deste mundo. Existe o conceito da religiosidade natural que demonstra ordens eternas que a tudo comanda.

Haverá meios de reagir às trevas, aos tombos, às turras, atabalhoadamente... Haverá, sim; nenhuma dúvida resta. Creio, entretanto, significar apenas desespero e frustração assumir o erro e querer eliminar à força as consequências, modos de desencontrados exércitos perdidos em retiradas infames, que as histórias contam. Que glória há nas perdidas as ilusões? Também as personagens individuais, que andam pelas ruas, equivalem aos exércitos de si próprios, por vezes batendo cabeça em jornadas dolorosas. O fazer nesses instantes pede alternativas de sabedoria. De deixar de lado os valores equivocados e marchar firmes para os verdes campos da satisfação interior, no amar e se amar quais motivos da experiência, esquecendo vícios e abandonos, mágoas e rancores. Sorrir aos instantes menos felizes, que somem e deixam o perfume da solidariedade, resposta indiscutível de viver bem.