Seja colaborador do Cariri Agora

CaririAgora! é o seu espaço para intervir livremente sobre a imensidão de nosso Cariri. Sem fronteiras, sem censuras e sem firulas. Este blog é dedicado a todas as idades e opiniões. Seus textos, matérias, sugestões de pauta e opiniões serão muito bem vindos. Fale conosco: agoracariri@gmail.com

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Coletivo Camaradas aciona OAB e Justiça Eleitoral contra poluição visual


Justiça Eleitoral e OAB já estão com fotos da poluição visual gerada pelos candidatos nas praças da cidade Crato.


Na manhã desta ultima segunda, dia 30, o Coletivo Camaradas encaminhou ao juiz da 27ª Zonal Eleitoral, Antonio Wandeberg Francelino Freitas e ao presidente da subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB Crato, Fabrício Siebra Felício Calou documento que alerta sobre a poluição visual provocada pelos candidatos dos diversos partidos políticos e coligações nas praças da cidade do Crato, através da colocação de cavaletes com imagens eleitorais.

O fato vem gerando insatisfação na população. Algumas placas impedem a livre circulação dos transeuntes, já outras atrapalham a visibilidade dos motoristas. De acordo com o documento encaminhado a Justiça Eleitoral os “camaradas” afirmam “entendemos que a colocação indiscriminada destes cavaletes na cidade e em especial nas praças vem gerando insatisfação e prejudicando a livre circulação dos transeuntes, dificultando a visualidade dos motoristas e produzindo uma enxurrada poluitiva. Sem contar que, como o caso não é localizado, isso gera uma incalculável degradação ambiental, tendo em vista, a quantidade de madeiras e papeis gastos com essas ações na época eleitoral, em outras palavras, representa a derrubada da vegetação brasileira”

O grupo solicita que o documento encaminhado a Justiça seja enviado aos partidos e coligações com o intuito de tornar pública a insatisfação dos eleitores. O documento entregue na OAB sugere uma tomada de posição em relação à questão.

O documento foi encaminhado a Justiça Eleitoral e a OAB, após o Coletivo teve realizado a intervenção urbana denominada “Ação Poluição” que consistiu na colocação temporária de cavaletes com a inscrição “Ação Poluição” ao lado das imagens do candidatos e registro fotográfico, o qual foi disponibilizado virtualmente. Nos documentos entregues pelo Coletivo Camaradas foi anexado o registro da fotográfico da ação que consta de mais de 200 fotos em praças da cidade do Crato.

O ser e o tempo são só um - Emerson Monteiro

O homem e a hora são um só
Quando Deus faz a história é feita.
O mais é carne, cujo pó
A terra espreita.


Fernando Pessoa.

Um, o seu outro lado; outro, o inverso de si mesmo. A integração absoluta do objeto no sujeito que perfaz do todo a face única, indivisível. O tudo e o nada numa unidade essencial e pura, uma unidade que mergulha o mistério do ser, reunindo a um só instante o tempo que resta e o bloco das consistências infinitas que um dia principiaram a ser, nas marcas de formas trabalhadas no confronto do dois em só uno e pronto, atritar persistente de esferas a rolar no abismo da eternidade, ao sabor do destino.
Predissessem limites e reflexos vazios contornariam a fronteira das marés, nos continentes dos mares, nos rios, linhas imaginárias de traços inevitáveis, porém vagos e inúteis, meras ficções de lábios rotos e gargantas secas entre terra e água. Pontos soltos a desenhar os céus com traços invisíveis, estridentes sonhos da inexistência, somas vultosas subtraídas e esquecidas em porões escuros de naus malassombradas, desaparecidas na bruma dos segredos.
Isso de perguntar da filosofia, nas questões reflexivas de alta profundidade, quer-se crer adiamento dos encontros definitivos com a sorte das estradas desertas, nas cinzentas, frias e ausentes madrugadas de prenhes de respostas contundentes, pois estas foram ali postas, dadas em graves acentos de bocas escancaradas e momentos de furor.
Ninguém alegue, pois, desconhecimento da lei depois das pistas avermelhadas de fogo e sangue prescritas nas alvoradas, tramas do reluzir das pedras. À ponta da língua do pensamento vêm e vão golfadas de sinais da solução do enigma, nas perguntas da vida. Desconfiados de que sabem a derradeira expressão da história futura, bichos arrastam os ossos ressequidos em caudas poeirentas pelo do deserto da existência, reluzentes lagartos de vaidade agressivas preocupações, quais teimosos animais de carga feridos nas vistas diante das claridades da luz.
Alimárias encandeadas, percorrem as trilhas toscas, aprofundadas no pisar das gerações, e andam aos tombos, formigas cambaleantes soltas no vento feitas folhas de árvores fantasmagóricas, sacrossantas miragens da adoração das tribos impacientes de antigamente. Pavios acesos e olhos apagados, o tropel das massas invade o território santo em blocos repetitivos, ao som dos trovões monumentais que quase ecoam sem final, às paredes metálicas de cordilheiras de fumaça.
Nas tripas enoveladas das entranhas, assim, dos tenebrosos monstros entontecidos ao zumbir do enxame feroz de insetos arcaicos atiçados de propósito pelas presas nas teias do pensamento, a dúvida de dentro seriam as dúvidas de fora, valor exclusivo das espécies individuais. Embaixo e no alto. Fora e dentro. Túnica sem costura. Essência de coisa em si e sujeito próprio de todos criador. Pomo particular e pronto.