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terça-feira, 5 de julho de 2011

Programa Cariri Encantado Sonoridades – 06/07/2011

J. Flávio Vieira: Mistério e Encantamento na Literatura Infantil Regional

O conhecido escritor, que também é renomado médico, J. Flávio Vieira, ou simplesmente Zé Flávio, é um velho guerreiro da contemporânea Tribo Kariri. E como membro antigo desta neo-tribo, José Flávio é uma espécie de xamã, pois faz o papel de repositório do saber, da tradição e da memória locais. Desta forma, Zé Flávio vem, de longo tempo, escrevinhando uma profícua e interessante obra relacionada com estas temáticas culturais.

Ele iniciou-se na carreira de escriba no jornal “Vanguarda”, já nos anos de 1960; passando pelos jornais “A Ação” e Folha de Piqui e pelas revistas “A Província” e “Itaytera”, todos do Crato, até se firmar como um assíduo colaborador da Rádio Educadora do Cariri, para onde escreve, aos sábados, desde 1997.

Sua biografia relacionada à produção cultural e artística é extensa, com destaque para sua participação nos festivais regionais da canção do Cariri, na década de 1970, como autor de poemas musicados, e pela sua incursão na dramaturgia, como autor da peça “A terrível peleja de Zé Matos com o bicho babau nas ruas do Crato”. Além do mais, Zé Flávio lançou o elogiado livro de crônicas “Matosinho vai à guerra”.

Agora, Zé Flávio “aprontou” mais uma (numa boa). Contemplado com o Prêmio Rachel de Queiroz de Literatura Infantil, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, Zé Flávio produziu e publicou um arrojado projeto lítero-musical que vai ser lançado amanhã, quinta-feira, às 19 horas, no Teatro Municipal Salviano Saraiva Arraes. Trata-se do livro infantil “O mistério das treze portas no castelo encantado da ponte fantástica” que vem acompanhado de dois Cds: um disco contendo a versão musical do livro, trazendo poemas de Zé Flávio musicados por compositores da região; e outro, um áudio livro, com a narração interpretada da estória.

O programa Cariri Encantado Sonoridades desta quarta, 6 de julho de 2011, antecipará para os ouvintes uma seleção das músicas que integram o projeto musical do livro, com destaque para a participação de compositores, músicos e intérpretes da região do Cariri, a exemplo de Abidoral Jamacaru, Luiz Carlos Salatiel, Lifanco, Leninha Linard, Pachelly Jamacaru, João do Crato, Ibbertson Nobre, Ermano Moraes, Maestro Bonifácio Salvador, João Neto, Fatinha Gomes, Luis Fidélis, Zé Nilton Figueiredo, André Saraiva, Amélia Coelho, João Nicodemos, Elisa Moura, Ulisses Germano e mais alguns.

Onde ouvir
Rádio Educadora do Cariri AM 1020 e www.radioeducadoradocariri.com

Lua e Vênus, a conjunção cósmica do AMOR – Por Heládio Teles Duarte

Foto: Heládio Teles Duarte

O conflito das duas naturezas - Emerson Monteiro

Vezes outras e imaginava o que aconteceria no íntimo dos que escolhem trilhar a vida religiosa. Deixar de lado o glamour desse filão do corpo e da carne, e entrar nos universos do imponderável absoluto. Largar as paixões, as imprevisões saborosas dos sentidos, os devaneios da satisfação imediata, e mergulhar, sem retorno, sob o manto desconhecido das aspirações profundas, inescrutáveis, do mistério divino.

Poucos dias atrás, numa folhinha de calendário li citação do jornalista e político Artur da Távola de que opção não é escolha, é renúncia. Dada tal veracidade, repito a frase, pois noto quanta renúncia existirá nas opções que se fazem no decorrer das jornadas deste chão. Ninguém trocará de lugar que não tenha de largar o sonho dos lugares antigos, pois optar implica abandonar as outras possibilidades deixadas para trás.

Ao resolver seguir o percurso da renúncia, há méritos. A prática do casamento, por exemplo, define bem tais avaliações. Ali nubentes fecham as portas das histórias individuais do que poderiam ser e abrem as portas do que acontecerá, viagem só de ida, conquanto zerem o passado a fim de começar outro presente.

Nisso, as duas naturezas, de voltar os olhos para as virtudes, que significará desistir das ilusões e dos vícios, e decidir andar certo; adeus às torturas. Eis o motivo da afirmação bíblica que ninguém servirá a dois senhores.

A alegria da carne cumpre apetites físicos fugazes, charmes da juventude, nas altas voltagens dos fliperamas das festas. Ao passo que a alegria do religioso traz o pouso das luzes suaves nas afastadas capelas, longe do burburinho de multidões infebrecidas.

Parte-se do princípio de que a virtude cruzará portas estreitas, ao tempo em que largas são as portas da perdição... Perdição face ao panorama espiritual fervoroso do outro aspecto. Duas alegrias distintas, o preço da vida física e suas emoções fantasiosas e velozes, e o custo sacrificante da imaterialidade, nos propósitos ideais da perfeição, desistência de tudo o que alimentava as saudades vencidas, escolha em si dos termos físicos rejeitados. Assunto semelhante a depositar tesouro onde a traça e a ferrugem não possam destruir, das orientações de Jesus.

A fronteira destas duas alegrias estabelece de modo particular as leis dos dois países vizinhos no campo das batalhas individuais. Padrões diferentes de práticas exigem, pois, autenticidade nos momento da grave decisão de seguir. E após o passo definitivo, a sorte resta lançada. Ainda lembro, para concluir, destas palavras: O castigo do vício é o próprio vício; o mérito da virtude é a própria virtude. Adeus às ilusões, em nome da Luz superior.

O conflito das duas naturezas - Emerson Monteiro

Vezes outras e imaginava o que aconteceria no íntimo dos que escolhem trilhar a vida religiosa. Deixar de lado o glamour desse filão do corpo e da carne, e entrar nos universos do imponderável absoluto. Largar as paixões, as imprevisões saborosas dos sentidos, os devaneios da satisfação imediata, e mergulhar, sem retorno, sob o manto desconhecido das aspirações profundas, inescrutáveis, do mistério divino.

Poucos dias atrás, numa folhinha de calendário li citação do jornalista e político Artur da Távola de que opção não é escolha, é renúncia. Dada tal veracidade, repito a frase, pois noto quanta renúncia existirá nas opções que se fazem no decorrer das jornadas deste chão. Ninguém trocará de lugar que não tenha de largar o sonho dos lugares antigos, pois optar implica abandonar as outras possibilidades deixadas para trás.

Ao resolver seguir o percurso da renúncia, há méritos. A prática do casamento, por exemplo, define bem tais avaliações. Ali nubentes fecham as portas das histórias individuais do que poderiam ser e abrem as portas do que acontecerá, viagem só de ida, conquanto zerem o passado a fim de começar outro presente.

Nisso, as duas naturezas, de voltar os olhos para as virtudes, que significará desistir das ilusões e dos vícios, e decidir andar certo; adeus às torturas. Eis o motivo da afirmação bíblica que ninguém servirá a dois senhores.

A alegria da carne cumpre apetites físicos fugazes, charmes da juventude, nas altas voltagens dos fliperamas das festas. Ao passo que a alegria do religioso traz o pouso das luzes suaves nas afastadas capelas, longe do burburinho de multidões infebrecidas.

Parte-se do princípio de que a virtude cruzará portas estreitas, ao tempo em que largas são as portas da perdição... Perdição face ao panorama espiritual fervoroso do outro aspecto. Duas alegrias distintas, o preço da vida física e suas emoções fantasiosas e velozes, e o custo sacrificante da imaterialidade, nos propósitos ideais da perfeição, desistência de tudo o que alimentava as saudades vencidas, escolha em si dos termos físicos rejeitados. Assunto semelhante a depositar tesouro onde a traça e a ferrugem não possam destruir, das orientações de Jesus.

A fronteira destas duas alegrias estabelece de modo particular as leis dos dois países vizinhos no campo das batalhas individuais. Padrões diferentes de práticas exigem, pois, autenticidade nos momento da grave decisão de seguir. E após o passo definitivo, a sorte resta lançada. Ainda lembro, para concluir, destas palavras: O castigo do vício é o próprio vício; o mérito da virtude é a própria virtude. Adeus às ilusões, em nome da Luz superior.