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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Desagravo em favor do Bispo Diocesano do Crato, Dom Fernando Panico

O Rotary Clube do Crato vem – através da presente nota – prestar solidariedade ao bispo diocesano de Crato, Dom Fernando Panico, em face dos injustos e malévolos ataques feitos à sua pessoa no site Juanorte.

Este tradicional clube de serviço, o mais antigo do interior cearense, com mais de 70 anos de existência, sente-se no dever de contribuir para o restabelecimento da verdade e no desagravo pelas difamações assacadas contra uma das mais íntegras personalidades da região do Cariri cearense.

Desnecessário enfatizar – visto que já é amplamente conhecido da opinião pública local – o relevante serviço prestado pelo eminente bispo diocesano de Crato, nos campos religioso, social e educacional.

A obra de Dom Fernando Panico, nos seus dez anos de trabalho pastoral à frente da Diocese do Crato, é pujante, inovadora e referência maior de sua conduta séria, ilibada e desprendida.

Este lamentável episódio, que não ecoa na índole do povo bom de Juazeiro do Norte, é tão somente fruto da ação perversa de uma mente doentia colocada a serviço de interesses escusos.


Crato, 11 de fevereiro de 2011.

João Batista da Silva
Presidente

AMANHÃ: SHOW-BAILE EM SOLIDARIEDADE AO MÚSICO BATISTA

Com Batista e Banda
Participação de artistas convidados

DIA 12 DE FEVEREIRO (SÁBADO), A partir das 20 horas
Local: Crato Tênis Clube

Promoção: Professores e funcionários da URCA, e artistas amigos de Batista

Venda antecipada de ingresso na Farmácia Gentil (Rua Senador Pompeu)
Preço: R$ 10,00

Obs.: A renda do evento será destinada à família do músico Batista, que perdeu todos os bens materiais e encontra-se desabrigada devido à enchente que penalizou a cidade do Crato no último dia 28 de janeiro.

Desde já, agradecemos o apoio de todos.

Os organizadores

Há uma fome pelo ar - Emerson Monteiro


Há, sim, uma fome de coerência, que circula as cabeças das pessoas em voos insistentes, algo parecido com zumbidos de muriçocas aborrecidas nas noites de calor pegajoso e insônia agressiva. Uma fome de honestidade, que penetra a condição social desses períodos neutros, quando a história funciona aos moldes do faz-de-conta, apenas para justificar o melhor dos mundos possíveis. Uma fome que reclama práticas dignas de políticas públicas, representatividades justas e transparência no funcionamento das engrenagens e dos comandos. Há, sim, uma fome de autenticidade nas criações artísticas, na música, do trato da beleza dos entretenimentos em geral. Nas oportunidades de trabalho aos pais de família, independente de propagandas e números oficiais. Da paz comum, onde todos respeitem os direitos uns dos outros. Uma fome de evolução da espécie humana, em que haja menos motivos de agressividade e desespero. Um ânimo de satisfação pessoal independente de tirar o que é dos outros e olhar mais dentro de si próprio, para notar o quanto de potencial cada indivíduo possui, no crescimento das mentalidades.
Em que um ser humano acredite na palavra do outro ser humano, sem avaliar os riscos dessa atitude, sem esperar surpresas desagradáveis ou agendas secretas, livre dos medos adicionais desses tempos escuros. Em que a velocidade dos carros corresponda às voltas para casa com segurança e tranquilidade. Uma fome de paz nas ruas e nos corações das gentes, cientes de que a justiça coletiva preenche os requisitos necessários dos valores básicos a se viver com êxito e harmonia. Inovações de transformações salutares que saiam do papel e cheguem aos lares da esperança e da felicidade, quando aconteça o domínio dos baixos instintos e deságuem nos bons sentimentos. Novas modificações que guardem sentido em termos proporcionais ao direito mínimo das condições de sobrevivência, vencidas para sempre os conflitos das guerras de classes e privilégios de grupos.
Uma fome do tamanho das manhãs que logo viram tardes e noites, repetida nas manhãs seguintes, qual condenação de um Prometeu acorrentado, a empurrar pedra imensa na ladeira do destino, que depois recomeçará do início, faina constante e infinita. Essa fome das eras proporcionais ao desejo da perfeição nos padrões da cidadania, quando o sonho seja do irmão amar o irmão, fora das questões insignificantes do passado e das coisas que passam. Fome de saúde nos leitos dos hospitais, nos manicômios e penitenciárias. De épocas e circunstâncias que chegam à imaginação, porém ainda não chegaram à realidade que demonstra força em relação à teimosia dos confrontos. Quando a fé dominará as contradições e os tantos setores das circunstâncias, que signifique possibilidades em termos de realização pessoal através dos talentos e das vocações. Onde tudo de bom estabeleça suas bases definitivas no seio de nossa humanidade. Há, sim, essa fome pelo ar, clamor enorme dos dias e das aspirações de uma raça que padece, mas que já visualiza espaço amplo nos estreitos limites dessa fome que lhe corrói as entranhas à procura da Luz da liberação.