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sábado, 5 de fevereiro de 2011

SEGUNDA-FEIRA: PÁSSARO DE VOO CURTO NO SESC CRATO


O drama explora o sócio-cultural de uma família da zona rural, com linguagem informal e de muita poeticidade. A narrativa nos indica personagens comuns que vivenciam a cansativa rotina do dia-a-dia: trabalho-casa, casa-trabalho. Apenas uma possibilidade pode quebrar a rotina desse casal:o sonho.

Elenco:

Flávio Rocha: Antônio
Joaquina Carlos: Elvira


Ficha Técnica:

Texto: Alcione Araújo
Direção: Mauro César
Cenografia/Concepção: Mauro César e Joaquina Carlos
Execução: Edílson das gaiolas
Figurino/Concepção: Mauro César e Joaquina Carlos
Execução: Mauro César, Joaquina Carlos e Flávio Rocha
Iluminação/Concepção: Mauro César, Reginaldo Monteiro 
Maquiagem: O Grupo
Música de cena/Concepção e execução: João Nicodemos
Compositor das músicas do espetáculo: Carlos Gomide
Operador de luz: Mauro César
Fotografia: Nívia Uchoa


Realização:
Cia. Entremeios de Teatro

Apoio:

CRÔNICA DA PROFESSORA JOSÉLIA SALATIEL


Foto: Cacá Araújo

Jamais a população cratense vivenciou a violência com que as águas do rio Grangeiro atravessavam a cidade desabando o canal, deixando moradores apavorados na madrugada do dia 28 de janeiro de 2011.

A iluminação elétrica caída ao chão sem termos condições favoráveis para socorrer pessoas que necessitavam; com a escuridão, a falta d’água e o pavor ao presenciarmos carros levados pela correnteza na Av. José Alves de Figueiredo, notadamente no Parque Flamengo, onde residimos.

A cidade em caos, famílias iluminando com lanternas nossas residências, ajudando, pois ficamos ilhados, com o acesso restrito apenas a pedestres cuidadosos com os fios de energia.

Aí serve de exemplo à sociedade para evitar crimes bárbaros contra a natureza e para retaliar na justa medida contra o indivíduo que comete crimes.

Na cabeceira das nascentes ocorreu o arrombamento de uma barragem, que o homem desmatando concorreu para que a experiência vivida fosse o primeiro alerta de Deus para nos protegermos, servindo de exemplo e de confirmação de que a natureza caminha agredindo quem a insulta. Fizemos, contritos, a reflexão da realidade. Ela nos deu pistas e perspectivas.

Hoje, no rio Grangeiro, voltamos a ver as pedras que, soltando-se com a correnteza, nos fez lembrar o nosso saudoso Crato com as pedras servindo de passadeiras para os transeuntes, quando ajudados a não desviar o olhar da realidade concreta das águas seguindo a grandeza e a imensidão de Deus.

“O mistério não é um muro onde a inteligência esbarra, mas um oceano onde ela mergulhe.”

Crato-CE, 28 de janeiro de 2011. 

Professora Josélia Salatiel

Pelas fibras da alma - Emerson Monteiro

Essas tardes cinzentas que emolduram o tempo chuvoso mexem com a gente. Mexem por dentro da gente feitas brocas revirando as entranhas onde transitam escondidos pensamentos de querer ver coisas diferentes acontecerem invés de algumas outras que sacudiram os derradeiros dias, na semana anterior. Entortar os acontecimentos, eis o tal desejo principal desses bichos vivos mexendo por dentro, a querer dominar a natureza, uma espécie de coisa animada impacientando as outras coisas vivas que moram nas entranhas da pessoa. Ondas de coisas vivas invisíveis, imateriais até, digamos assim, sem ter medo de errar, são o que, por que quiséssemos dominar os momentos fugitivos, a gente, parece perseguir, como quem corre atrás de sombras, e não consegue agarrar, que vai embora na correnteza barrenta; e o velho costume de procurar fantasmas apressados nas lamas escorregadias do passado; ou mesmo estirar o pescoço, pretendendo enxergar lá adiante, depois da linha do horizonte; longe; muito longe para obter o menor sucesso. Isto é, esquecer o momento especial do presente, único ser acontecimento que, na verdade, tem valor, nos interessaria com certeza, perante todas as demais frioleiras deste mundo de passados mortos e futuros ainda de vez, na semente.
Caso haja boa vontade para concentrar esforços no presente, acham-se todos os demais fatores que empurram a manada para o curral, nas jornadas individuais ou coletivas dos rebanhos. Ninguém permanece no passado, nem pisará o futuro por conta própria antes da hora. O minuto seguinte já ficou atrás quando virou presente. Essas intenções desesperadas dos ledores da sorte habitam só as casas de jogos, nas travessas da ilusão. Quem, não fossem os filmes, garantirá, um instante depois, o placar final do jogo, deixando de lado o polvo alemão da Copa do Mundo. Quem garantirá com a absoluta segurança isso de depois?
Apertar o cinto do agora, no entanto, qualquer cidadão pode, fora de cair da cama ou botar burros na água. Reger a valsa do instante torna-se, pois, a profissão universal do senso do realismo, nas empresas produtivas.
Diga-se bem isso tudo, quando perguntarem pelo pai da criança em face das tragédias da história. Alguém houvesse de sair na dianteira e as coisas mostrariam outra cara. Pisar maneiro, ordenhar as vacas na hora certa; fechar as portas e janelas antes do pior acontecer; saber escolher as opções ideais; bater na bola da vez; substituir peças e cuidar da revisão no prazo; essas ações inevitáveis aos bons resultados servem de aviso, nos casos posteriores.
Aprender, por isso, as lições, às vezes de preços elevados, porém ainda com os pés no caminho e no tempo do presente, oferece os braços aos estudantes atenciosos. Dias melhores virão, no suor da reconstrução. E a casa pertencerá sempre aos que souberem dela utilizar as oportunidades da milenar sabedoria.

A PROFECIA ECOLÓGICA-ESPIRITUAL DA MINHA AMIGA IEDA



QUANDO É QUE FINALMENTE ADMITIREMOS QUE TUDO ESTÁ INTERLIGADO: O SOCIAL, O NATURAL-ECOLÓGICO E O ESPIRITUAL?

Os recentes acontecimentos
em diversos Estados me fez reprisar esse texto que criei já faz algum tempo.

No início da década de 80 decidi sair da casa de meu pai para ir morar sozinho. Um ano após da minha saída, por questões econômicas, mudei de endereço no mesmo bairro do Flamengo. O Flamengo é um bairro nobre da zona sul do Rio de Janeiro. Os aluguéis lá eram e ainda são caros. Então, encontrei uma saída econômica que era morar num quarto alugado próximo à praia. E a moradora, uma gaucha de uns 40 anos de idade, me sub-alocou um pequeno quarto confortável para mim e meu irmão mais velho. Ieda era (ou é ainda (?)) uma mulher de convicções firmes e muito simpática. Sempre sorridente, Ieda cativava a todos com sua coragem , força de vontade e fé no processo de superação de uma doença raríssima no mundo. Era muito comum vê-la dopada para suportar as dores dos pequenos nódulos que surgiam por todo o seu corpo.
Num belo dia ela me contou como ficou sabendo, com bastante antecedência, o caminho de sofrimento que teria que passar nessa vida terrena. Contou-me ela que seu avô havia planejado ir à praia (no Rio Grande do Sul onde ela morava quando pequena) com ela e um garotinho. E assim aconteceu. Saíram cedo com o objetivo de voltar um pouco mais tarde. Em dada hora, o avô percebendo que precisava fazer o lanche que levara forrou a areia com um pano e retirou da sacola uma melancia para repartir entre eles. Buscou na sacola uma faca e foi aí que percebeu que havia esquecido a mesma em casa. Por um instante ficou confuso com o fato de ter esquecido a faca. Tentou encontrar uma maneira de executar a ação. Foi aí que de repente surgiu do nada uma figura humana de um velhinho vestido todo de branco. Seus cabelos eram brancos e possuía uma grande barba branca também. O velhinho se aproximou disposto a ajudá-los. Ele fez um sinal da cruz sobre a melancia, e a melancia se repartiu milagrosamente em quatro pedaços. Após esse feito ele se apresentou como sendo Jesus Cristo. E em seguida orientou o avô dela para que não continuasse mais batendo na esposa. E quanto a ela, disse: “Você terá uma doença muito rara no mundo. Mas, não se preocupe porque é para seu próprio bem devido aos karmas adquiridos em outras vidas”. Após essa fala ele profetizou o que iria acontecer com o ser humano devido a sua ação destruidora da natureza. Ele afirmou: “Tudo o que o homem toma ou interfere na natureza provocará uma ação contrária fazendo com que surjam tempestades e todo tipo de catástrofes que envolvem a natureza. A natureza vai querer tudo de volta!”. E segundo minha amiga Ieda ele mencionou algumas cidades onde ocorreriam essas catástrofes (p.ex.: Santa Catarina, Rio de Janeiro etc).
E a partir dessa história contada por Ieda fiquei atento aos desastres naturais. E toda vez que acontece um desastre “natural” lembro-me de Ieda e do velhinho espiritual.

Quando é que finalmente admitiremos que tudo está interligado: o social, o natural e o espiritual? Hoje, se discute quanto tempo temos (se é que temos) ainda para consertar os erros do passado e do presente. O mundo vive apreensivo sobre o destino da humanidade caso ações concretas não sejam realizadas a tempo para mudar o rumo da intervenção desastrosa da vida humana na Terra. Tudo será afetado: água, solo, subsolo, ar, florestas, cidades etc.: “O Sertão virará mar, e o mar virará Sertão” diz a música sertaneja. A conta desses desastres será paga por todos, principalmente os mais pobres e carentes de recursos. No COP-15, em Copenhague, se discutiu um acordo de como repartir as responsabilidades, ônus e bônus. Mas, não houve consenso de quanto cada um deverá investir e doar de si para salvar o planeta. Enquanto isso, continuamos poluindo, desmatando e destruindo o que resta ainda de original e sagrado ao nosso redor.
Bernardo Melgaço da Silva

Pensamento para o Dia 05/02/2011


“Não há necessidade de procurar a Verdade em qualquer outro lugar. Procure-a dentro de você: você é o milagre dos milagres. Tudo o que não está dentro de você não pode ser encontrado em qualquer lugar fora de você. O que é visível exteriormente a você é apenas um reflexo aproximado do que realmente está dentro de você! A crença antiga era a de que Deus (Easwara) governou o Mundo, estando fora dele. Os investigadores indianos puseram isso à prova através do Sadhana (disciplina espiritual) e revelaram que Deus estava e está no mundo e é dele. Essa é a primeira contribuição dos indianos para o mundo espiritual, de que Deus não é exterior ao homem, mas é a sua essência interior. Eles declararam que é impossível removê-Lo do coração onde Ele mesmo se instalou. Ele é o mesmo Atma do nosso Atma, a alma da nossa alma. Ele é a Realidade interna de cada um de nós!”
Sathya Sai Baba