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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

História do eterno insatisfeito - Emerson Monteiro


Deus do antigo santuário grego, conhecido por Tântalo, lá um dia quis agradar os outros deuses, recebidos em festivo banquete, servindo-lhes carne do próprio filho, isso para testar a ciência deles tudo saber. Tal qual acontece a três por quatro entre seres humanos a fim de obter os favores escorregadios deste chão, vendeu a quem mais gostava numa atitude interesseira... Dominar o mundo e subir nas condições sociais. Matam e arrebentam, pisam a cabeça dos outros e invadem o camarim das vaidades querendo aparecer nas colunas dos jornais.

Pois esse personagem existiu, sim, na cultura grega, passando depois de geração a geração. O deus de nome Tântalo, casado com Dione, possuía três filhos, Níobe, Dascilo e Pélops. Naquele dia do banquete, ofereceu Pélops, aos demais deuses do Olimpo que o visitavam. Na ânsia de obter os favores dos céus, Tântalo antes havia abusado da confiança dos poderosos ao roubar-lhes néctar e ambrosia, substâncias de que necessitava para ser um imortal semelhante a eles.

Nesse caminho de tanta contradição, receberia de troco a punição de jamais poder experimentar o gosto da satisfação dos seus desejos. Após descoberto o delito de Tântalo, Zeus, o principal no comando das hostes superiores, ordenou que o filho oferecido no trágico banquete retornasse a viver, porém que o pai cumpriria, em condenação pelo gesto condenável, a pena de nunca chegar à realização de qualquer sonho que sonhasse. Tão próximo dos objetos do desejo e tão longe do prazer, eis o resumo do que o aguardavam na sequência dos acontecimentos.

Com água no pescoço, não poderia saciar a sede... Olharia frutos deliciosos das árvores da natureza sem, no entanto, desfrutar do direito de saborear-los, forma inominável de suplício, símbolo da insatisfação dos instintos que chamam de a medida do ter que nunca enche. Tântalo e seus descendentes sempre iriam carregar a prova de imaginar ambições, e não vencer o limite que delas o separa, nesta vida material que se desmancha no mar da insatisfação, segundo os gregos de antigamente.

E quantos nadam, nadam, avistando as praias douradas da ilusão, em quimeras fantasiosas, esquecidos que transportam consigo, no íntimo coração, o motivo da felicidade, o Amor, que tudo pode e realiza.

Lua rubra de outubro - Por Heládio Teles Duarte

Foto: Heládio Teles Duarte

Empresário Valdemir Correia de Sousa comenta o fechamento do SESI do Crato


"Iguatu tem 2 indústrias, uma de móveis e outra se não me engano, de calçados. O Crato, só de cerâmicas, tem 10 cerâmicas, quase 3.000 funcionários. A GRENDENE tem mais 3.000 funcionários. Só aí são 6.000 funcionários. O Crato dá quase 3 Iguatu e não pode ter um SESI e Iguatu pode ? Por quê ?"


Valdemir Correia de Sousa


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Em entrevista ao Blog do Crato nesta semana, um dos empresários mais bem-sucedidos do Cariri, Sr. Valdemir Correia de Sousa comentou sobre um dos temas que tem causado extrema mágoa aos cratenses, que foi o recente fechamento da unidade do SESI que operava na cidade. Assim se expressou Valdemir Correia:

"O SESI e o SENAI do Crato foram fechados. Em contrapartida, vão abrir outro SESI em Iguatu e outro em Sobral ( NE - gastando 15 milhões de reais, quando o do Crato já estava pronto e funcionando há 40 anos ). Iguatu não tem uma décima parte das indústrias que tem o Crato. Iguatu tem 2 indústrias, uma de móveis e outra se não me engano, de calçados. O Crato, só de cerâmicas, tem 10 cerâmicas, quase 3.000 funcionários. A GRENDENE tem 3.000 funcionários. Só aí são 6.000 funcionários. Ninguém vê isso...

Agora enquanto isso, Iguatu que tem 80.000 habitantes, o Crato tem 130.000, vão botar um SESI no Iguatu e fecharam o do Crato. Porque essa diferenciação de uma cidade pra outra ? O Crato dá quase 3 Iguatu e não pode ter um SESI e Iguatu pode ? Porquê ? Porque aqui tá faltando liderança política que combata esse tipo de perseguição que nós temos.

...Nós não temos nenhum Deputado Federal. O Crato elegeu 2 deputados ( Estaduais ), e os votos para Deputado federal foram todos para candidatos de Juazeiro. Esse pessoal depois que termina a eleição, batem a malinha deles e vão embora e acabou-se, e a gente fica aqui a ver navios sem ter a quem se pegar.

No caso da Universidade, que o ( prefeito ) Samuel foi para Brasília, ver se conseguia alguma coisa, ficou lá sozinho, sem ter quem desse uma mão política. Os deputados tudo lá com os senadores num canto, e Samuel sozinho noutro, como é que uma andorinha só pode fazer verão, no meio de uma turma daquela, um prefeito contra não sei quantos senadores e deputados todos contra a nossa cidade ? Não tinha condições, não é ?

Eu acho que nós estamos precisando aqui é de força política para fazer valer nossos direitos junto ao congresso nacional e aonde for de direito.

Valdemir Correia de Sousa
Empresário