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quarta-feira, 11 de julho de 2012

ExpoCrato faz homenagem aos 100 anos de Luiz Gonzaga


Para comemorar o centenário do artista, um espaço foi reservado dentro da exposição agropecuária

A inspiração na trajetória do cantor e compositor Luiz Gonzaga em cantar a cultura e a natureza do Cariri inspirou a criatividade para homenagear o Rei do Baião durante a Expocrato. São diversas formas de manifestação em comemoração ao centenário do artista. No stand da Universidade Regional do Cariri (Urca), é realizada exposição que traça a sua relação com as áreas do Geopark Araripe, com a mostra "(en)cantos: Natureza e Cultura do Araripe na obra de Luiz Gonzaga". A exposição deverá continuar para as escolas do Município. No mesmo espaço funciona o Centro de Interpretação do Geopark.

Estão passando por dia pelo local em média 5 mil pessoas. O espaço abre às 10 horas. Os admiradores das músicas do Rei do Baião podem contemplar o seu trabalho de forma interativa na exposição. No painel onde podem ser vistas paisagens da região, como a cachoeira de Missão Velha, a música relacionada como inspiração leva o ouvinte a acompanhar a letra e a imagem ao mesmo tempo. As lembranças estão por toda parte, desde o gibão de couro, até um quadro do Museu Asa Branca, exposto no local.

As 500 músicas gravadas por Luiz Gonzaga estão escritas na linha que traça a trajetória da exposição. No meio do caminho, o encontro com os artesãos do barro, do couro e madeira da região. Os filmes expõem a confecção do artesanato produzido na região. E para quem não teve a oportunidade de acompanhar a Escola Unidos da Tijuca, este ano, na Marquês de Sapucaí, pode admirar fantasias que estão expostas, do desfile que homenageou os 100 anos do Rei do Baião. Segundo uma das curadoras da exposição, a historiadora Sandra Nancy, a pretensão da mostra foi mostrar essa interface do artista, por meio da sua forte relação com o Cariri. Conforme a curadora, a exposição foi concebida com múltiplas linguagens da arte, o que evidencia a relação existente entre a cultura e a natureza, no contexto do Geopark Araripe, figurada na produção do cantor pernambucano.

A exposição no Crato é um dos eventos marcados na voz do Rei do Baião, como a música, além da própria canção "Eu vou pro Crato", que evoca a cidade de forma doce. "... cratinho de açúcar, tijolo de buriti". Além da fé, centrada no Padre Cícero, e a festa de Santo Antônio, de Barbalha, são destacadas na musicalidade do artista, que segundo Sandra Nancy, são trabalhadas dentro da exposição de forma a contemplar a música de Luiz Gonzaga e a cultura da região.

A fachada trouxe o colorido das imagens do cantor, com chapéu de couro, e faz uma releitura da obra do artista norte-americano, Andy Warhol, com luzes e a dinâmica dos festejos tradicionais e populares do Araripe. "Por essa mostra, trazemos representações dos saberes, fazeres, e ofícios do povo do Cariri, os quais inspiraram o artista", diz. E essa realidade leva a horizontes da arte com as xilogravuras, por meio do trabalho de xilógrafos como Zé Lourenço, a pintura do artista plástico Paulo Bento, os filmes elaborados pelo cinegrafista Fernando Garcia, a poética do carnavalesco Paulo Barros, da Unidos da Tijuca.

Toda uma programação musical foi desenvolvida em torno do trabalho do artista, com apresentações de artistas regionais. O desfile de grupos de tradição mirins de Barbalha abriu a programação, com reisado, cangaceiro, brincantes que aprendem ofício da arte popular, para dar sequência ao legado cantado pelo rei do baião.

Este ano, a 61ª Exposição Centro-Nordestina de Animais e Produtos Derivados (Expocrato) faz uma homenagem ao centenário do Rei do Baião. A alusão ao cantor se encontra por toda a cidade. O evento, que acontece anualmente, abre a temporada de férias no Interior, especialmente no Cariri. A festa conta com a realização de 32 shows.

Mais informações
Expocrato, Praça Filemon Teles S/N, Pimenta - Crato
Telefone: (88) 3523.2120
Demutran, Av. Perimetral
D.Francisco,220, (88) 3523.5232

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Ao Povo, pão e circo


Quando o imperador romano Vespasiano disse essa frase, há mais ou menos 2000 anos, acreditava poder hipnotizar o povo dando-lhes alimento e entretenimento através dos espetáculos de lutas entre gladiadores nos estádios e distribuição de pães aos presentes. A formula parece funcionar bem até hoje na terra dos Cariris.

Chegam os meses de junho e julho, com seus festejos juninos: Pau da bandeira, JuáForro, Expocrato e em toda região as administrações municipais resolvem “ajeitar” as cidades para receber seus visitantes. Concertam-se calçamentos, asfaltam-se ruas, finalizam-se praças e parques, seguidos de inaugurações e foguetórios. É certo que o povo precisa de áreas de lazer, vias calçadas em perfeito estado de conservação para o tráfego, mas e o resto? Pintar meios-fios, tapar buracos e varrer as ruas dá certamente uma aspecto de cidade bem cuidada, mas porque só nas curtas temporadas de festas e não o ano todo? Os turistas levam para casa a boa impressão, mas a grande maioria das populações sofre, com os mal estruturados e mal pagos sistemas de educação, saúde, segurança, saneamento, planejamento e tráfego urbano. Onde estão os investimentos nestas áreas? Estas tão cansadas promessas de campanha de 11 entre 10 candidatos a qualquer coisa.

O resto do ano a população sofre, mas parece que gosta! Na verdade parece gado! O povo é tratado como gado, em grandes currais, nestas bandas. Sendo obrigados a comer do pasto que lhe derem. Conformem-se, pois, em receber uns “agrados” por cada voto, quando se aproximam as eleições, e não reclamem do fim que derem aos seus caros impostos, pagos em tudo!

Países hoje desenvolvidos têm na educação, na boa infraestrutura das escolas, qualificação e remuneração dos professores a solução da maioria de seus problemas sociais. Paralelamente a saúde, segurança, transporte e tráfego de qualidade são alicerce para um povo que deseja ter dignidade. Resta-nos, portanto: rezar, desculpe, optar por representantes de reconhecida competência administrativa e correção no uso do nosso dinheiro e cobrar, fiscalizar e punir o não cumprimento das promessas de campanha. Como dizia Albert Einstein: “Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.” 

Dimas de Castro e Silva Neto
Engenheiro Civil, Mestre em Gerenciamento da Construção
pela University of Birmingham e Professor do Curso de Engenharia Civil da UFC Cariri

III Palco Sonoro da URCA reúne artistas caririenses numa releitura da obra de Gonzagão


A Universidade Regional do Cariri (URCA) adentra o universo musical de um dos maiores artistas da música popular brasileira, com uma releitura do seu trabalho, através dos artistas caririenses. O III Palco Sonoro da instituição traz a música de qualidade no espaço alternativo, à frente do stand da universidade, na ExpoCrato. Este ano, a mostra também faz homenagem ao Rei do Baião.



Na abertura da Programação do III Palco Sonoro, na segunda, 9/7, o público da ExpoCrato teve a oportunidade de acompanhar um pouco do cortejo do Festa do Pau da Bandeira, de Barbalha, com o grupo mirim, carregando o mastro pelas ruas do parque. Em seguida, houve a apresentação de quadrilhas juninas mirins, grupos folclóricos, e o Reisado Menino Deus e Guerreiros da Mãe das Dores, de Juazeiro do Norte. A Orquestra de Flautistas Guarani, da cidade de Campos Sales, fez uma singela homenagem ao Rei Luiz, com a apresentação “Tocando o Mestre da Sanfona: 100 anos de Luiz Gonzaga”, encerrando a primeira noite com o Forró Di Raiz.



A religiosidade popular, a cultura e a natureza, cantadas pelo Rei do Baião, foram levadas ao Palco Sonoro, dentro da temática das releituras do trabalho do artista. Na noite de ontem, o grupo Tambores do Encantado da APAE/Crato, apresentou o espetáculo “Tambores Encantados Homenageiam Luiz Gonzaga, o Menestrel do Sol”. Também foram realizados shows da banda Sol na Macambira e Liberdade e Raiz.



Os grupos que se apresentam na noite de hoje, são a banda Enjoy, de Crato; a Geração Ypisilone, de Antonina do Norte; e Zabumbeiros Cariris, de Juazeiro do Norte.  Os shows começam a partir faz 19 horas.



O Palco Sonoro da URCA passou a ser uma das grandes atrações da ExpoCrato, por se tratar de uma alternativa musical e qualidade, com a presença dos artistas da região, selecionados por meio de edital para participar das apresentações. O palco sonoro tem a coordenação do Professor do Departamento de História da URCA, Carlos Rafael.

Veja programação da quinta ao sábado

Dia 12/7 Quinta
19h00 – Nosso Rei , com João Nicodemos (Crato)
20h00 – Gonzagueando in Beatles, com Silvino e Cleivan Paiva (Crato)
21h00 - Baião de "Nós”, com Flauberto Gomes (Juazeiro do Norte)

Dia 13/07 Sexta (Homenagem dos conterrâneos do Rei)
18h00 - Alegria de Pé-de-Serra, com os Forrozeiros Mirins (Exu)
19h00 - Os Cabas de Gonzaga (Exu)
20h00 - Seguidores do Rei (Exu)
21h00 – Chá-Cutuba chegou, com Chá-Cutuba (Exu)

Dia 14/7 - Sábado
19h00 – Recital de Cordel, com João Dantas (Barbalha)
19h30 – Toque da Zabumba canta “Seu Luiz”, com Toque da Zabumba (Crato)
20h30 – Trio Flor do Piqui (Crato)
21h30 – Herdeiros do Rei (Crato)

Assessoria de Imprensa da URCA

Reitora da URCA recepciona Vice-Governador, Domingos Filho, na abertura da ExpoCrato 2012


O Vice-Governador do Estado do Ceará, Domingos Filho, e comitiva, visitaram, neste domingo, o stand da Universidade Regional do Cariri (URCA), que está aberto ao público todos os dias de realização do evento. São, em média, nesses primeiros dias, 5 mil visitas diárias à mostra que homenageia o cantor e compositor, Luiz Gonzaga, pelo seu centenário. O Vice-Governador, que esteve representando o Governador Cid Gomes, na abertura da ExpoCrato 2012, foi recepcionado no stand da URCA, pela Reitora da Instituição, Professora Otonite Cortez.



A URCA faz uma das belas homenagens ao Rei do Baião, levando ao público a relação direta do artista com o Cariri e a Chapada do Araripe, na exposição ‘(en) cantos: Natureza e Cultura do Araripe na obra de Luiz Gonzaga. A exposição tem sido um dos grandes atrativos da ExpoCrato, que também faz homenagem ao cantor.



No local, estão sendo realizadas homenagens aos artesãos do Cariri, à natureza regional, levando ao público uma programação artística, no III Palco Sonoro, uma parceria da URCA como o Banco do Nordeste, com apresentações inspiradas por meio das múltiplas interpretações e releituras da obra do artista pernambucano. Este ano, a coordenação do Palco Sonoro ficou a cargo do Professor Carlos Rafael, do Departamento de História da URCA.

As crianças podem na exposição, se deparar com o lúdico, além da interatividade, por meio das canções de Gonzagão, com as letras das canções que fazem homenagem ao Crato, Padre Cícero, a Cachoeira de Missão Velha, além da festa de Santo Antônio, em Barbalha.

A exposição conta com a organização da equipe formada por Ana Felícia Barreto, Carlos Rafael, Marcos Aurélio Moreira Franco (curadoria), Marlene Meneses de Sousa e Sandra Nancy Ramos Bezerra (curadoria). Também contou com trabalho da arquiteta Constante Pinheiro. O projeto foi desenvolvido por meio da Pró-reitoria de Desenvolvimento Universitário – Produn.

 No local onde acontece a exposição, funciona o Centro de Interpretação do Geopark Araripe. As cidades aludidas na musicalidade do cantor estão inseridas na área do Geopark. A mostra deverá continuar para as escolas do município.

ASSESSORIA DE IMPRENSA DA URCA

Música ao Por do Sol: sábado tem mais