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sábado, 6 de março de 2010

Escola Monsenhor Vicente Bezerra: a nossa história – Por Luiz Domingos de Luna

O mais antigo estabelecimento de Ensino da cidade de Aurora teve como origem com o nome de Escolas Reunidas da Vila Aurora, sendo comprovada a existência da mesma com o livro de frequência dos alunos. Havia na cidade pequenas escolas como: A Escola de Nazaré Brigida, Joanita Campos, que funcionavam em um salão na Rua Santos Dumont. Existiam também as escolas das senhoras Dalila Quezado, Maria Bernadete de Sá da Silveira e Adilia Oliveira Lôbo que funcionavam nos sobrados da Antiga CNEC e outras na Sociedade Beneficente Aurorense com o nome de escola Beneficente e na praça da estação recebendo o nome de Escola Elementar Noturna.

No decorrer dos anos de 1927 à 1933 essas escolas foram fiscalizadas por: José Alves de Figueiredo Filho, Moreira de Sousa, Pe. Vicente Augusto Bezerra, José Militão de Albuquerque. A primeira diretora das escolas reunidas foi: Adilia Oliveira Lôbo no período de 01 de fevereiro de 1934 á 06 de maio de 1955. Em 1944 José Leite Gonçalves e Romão Barreto Sabiá, doaram um terreno ao Estado no bairro Araçá para a construção do futuro prédio escolar.
De 1946 à 1948 foi construído o prédio do Estado, onde fora transferida todas as escolas reunidas de Aurora.

Em 15 de março de 1956 foi assinado o ato do Governador, transformando Escolas reunidas de Aurora a categoria de Grupo Escolar. Onde foi homenageado o vigário da paróquia Monsenhor Vicente Bezerra, ficando o mesmo como Patrono da Escola, passando a Escola a ser chamada: Grupo Escolar Monsenhor Vicente Bezerra. Conforme Diário Oficial de 17 de março de 1956. Tendo como Diretora a professora Maria Laisce Gonçalves Quezado Santos.

Em 17 de outubro de 1975 passou de Grupo Escolar para Escola de 1º Grau Monsenhor Vicente Bezerra, a mesma foi transformada através de decreto: 11493, DO de 30/10/1975. Tendo como diretoras as Professoras: Maria Laisce Gonçalves Quezado Santos, Maria Tavares Leite Gonçalves, Ivanilde Leite Gonçalves, Maria Gorete Belém de Macêdo Freire, Maria Aurineide Fernandes Peixoto e voltando novamente Maria Tavares Leite Gonçalves.

Neste período a escola trabalhou com a série do Pré-escolar, ensino fundamental de 1ª a 8ª série e o Telensino.

Em 1996 a escola recebe a denominação de Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra, conforme decreto Nº 24.153 de 17 julho de 1996, tendo como Diretoras: Maria Tavares Leite Gonçalves e Maria Irenilde Barbosa Leite.

Neste período a escola trabalhou as seguintes modalidades de ensino: CICLO – SALA DE ACELERAÇÃO – TELENSINO – CURSO CIENTÍFICO, EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, TEMPO AVANÇAR FUNDAMENTAL E MÉDIO.

A avaliação diagnostica dos alunos, aplicada nesta unidade escolar, está pautada na orientação da Seduc e normatização do Conselho de Educação do Ceará.

O princípio norteador deste educandário está baseada numa escola livre e democrática com a participação ativa do Núcleo Gestor, Professores, Funcionários, Alunos, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e principalmente com a introdução participativa da Família, com todo este elenco, nos propicia a sonhar e sobretudo realizar um ensino de qualidade.

A gestão está atenada aos princípios norteadores de liberdade, igualdade, acesso, sucesso e permanência dos alunos.

Uma escola que atravessou décadas de ensino que conviveu com todos os regimes de governo, experimentou todas as tendências pedagógicas e que forjou homens que brilham no cenário nacional e que completa 82 anos de existência chega ao novo milênio revigorada por algumas ações desenvolvidas no seu dia-a-dia que nos credencia a dividir com as demais escolas a nossa história de vida e de lutas em prol de um ensino de qualidade.

Atualmente a escola conta com um universo de 816 alunos, assim distribuídos nos três turnos: 329 alunos do ensino fundamental, 487 alunos do ensino médio e a modalidade normal, 28 professores, sendo 09 efetivos e 19 temporários, 07 funcionários administrativos, 02 auxiliares de serviços gerais, 01 terceirizado, 01 diretor geral e 01 coordenador escolar.

A escola trabalha com o ensino fundamental maior, ensino médio e o curso normal profissionalizante para aluno ingresso do ensino fundamental e do pós-médio.
A escola tem na sua estrutura física, sala da diretoria, secretaria, cantina, banheiros masculino e feminino, sala de multimeios, laboratório de informática, laboratório de ciências, sala dos professores e 07 salas de aulas funcionando nos três turnos; além de um pátio coberto e um descoberto.

A escola trabalha em parceria com a secretaria de Educação Municipal, esta sobre a jurisdição da CREDE 20 e da SEDUC. Recebe recursos do FUNDEF, FUNDEB PNAE, PROJETO ALVORADA E FNDE.

Os Indicadores do ano de 2008:

A escola trabalha projetos elaborados no conjunto de professores priorizando as datas comemorativas, como dia das mães, pais, estudantes e professores, na área de linguagem e códigos, trabalha os clássicos da nossa literatura, trabalha também O OSCAR DA APERENDIZAGEM, que é um projeto que valoriza a aprendizagem dos alunos no final de ano que atingiram nota igual e superior a 9,0 em todas as disciplinas a premiação se da com a participação dos pais e convidados, na ocasião os alunos recebem comenda e medalhas de honra a mérito. Outro projeto é o conselho escolar que se reúnem a cada bimestre para diagnosticar os avanços e dificuldade na aprendizagem dos alunos. Este ano a escola participou da avaliação do PISA ( Programme for International Student Assessment) que é um Programa Internacional de Avaliação de Alunos, que envolve mais de 65 países participantes, além da participação na OBMEP ( Olimpíada Brasileira de Matemática ), do SPACE, da PROVA BRASIL e do ENEM.

Apesar da escola esta situada no bairro mais carente da cidade e ser composta por pessoas simples e humilde verificam-se uma participação efetiva da família na escola e do Conselho Escolar. A escola serve como farol para toda a comunidade e é com orgulho que ela ( comunidade diz ) faço parte da família monsenhor.

Este ano a escola tem como núcleo gestor a diretora: professora Francisca Edvania Tavares, coordenadora escolar: a professora Fátima Pereira da Silva e secretaria Francisca Auristela Fernandes França. Tendo como um dos objetivos alavencar ainda mais o seu quadro de professores oferecendo-os cursos de capacitações tanto na área pedagógica como disciplinar; e ainda, apresentar mais projetos que envolvam mais a participação do aluno, como por exemplo: o Projeto Festa na Roça, o Soletrando, Xadrez, o Oscar da Aprendizagem, a Rádio, etc.

Autor: Luiz Domingos de Luna

Emoção marca despedida de criadora da URCA e impulsionadora do desenvolvimento regional

Emoção na despedida de uma das grandes mulheres da região. O sepultamento da fundadora da Universidade Regional do Cariri - URCA, Professora MARIA SARAH ESMERALDO CABRAL, grande benfeitora da Instituição, ex-Diretora Superintendente da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico do Cariri – FUNDETEC, e ex-Pró-Reitora de Extensão, aconteceu no final da tarde de ontem, após homenagens na Universidade e missa na capela de Nossa Senhora da Piedade, no Cemitério Público do Crato.

As homenagens da despedida de Dona Sarah, que faleceu de parada cardíaca, aos 84 anos, destacaram sua importância, no contexto sócio-cultural da região, tendo ativa participação em conquistas para o desenvolvimento do Crato e da Região. Autoridades dos principais municípios participaram das homenagens finais da Professora, ressaltando a sua postura ética e cidadã.

O Reitor Plácido Cidade Nuvens, destacou que o papel de Dona Sarah, entre tantas conquistas na região, na concepção e na implantação da Universidade Regional do Cariri, como instituição pública e gratuita a consagra como fundadora da URCA, razão de uma dívida irresgatável da sociedade caririense. “O modelo de universidade pública e o corolário da gratuidade fazem dela a eterna defensora da juventude regional e promotora da educação como vetor das transformações audaciosas de que tanto reclama nossa população”.

O Reitor da URCA decretou luto de três dias na Universidade e suspendeu todas as atividades acadêmicas, em virtude do falecimento da fundadora da Instituição, que deixa saudades e uma marca de larga importância para a Região e o povo do Cariri.
Fonte: Assessoria de Comunicação da URCA

Homenagem a Maria Sarah Esmeraldo Cabral

Maria Sarah Esmeraldo Cabral tem seu nome ligado a todos os movimentos sócio-culturais que tinham como objetivo o desenvolvimento e a aceleração do crescimento do município do Crato e da Região do Cariri. Podemos destacar a luta pela implantação do Colégio Agrícola, as batalhas pela consolidação da Exposição Centro-Nordestina de Animais e Produtos Derivados, o Banco do Nordeste, a Caixa Econômica federal, a Petrobrás, entre tantas outras para poder sinalizar a mais importante e a que nos toca mais de perto: a conquista da Universidade Regional do Cariri – URCA, como a instituição de ensino superior pública, gratuita, democrática e voltada para um ensino de qualidade, uma pesquisa moderna e uma extensão verdadeiramente inserida no contexto regional e em sintonia com os anseios da sociedade.

A Professora Sarah Cabral teve um carisma especial como articuladora e incentivadora de debates de larga repercussão na sociedade cratense e regional, como a liderança que exerceu no Grupo de Ação Comunitária, porta-voz dos anseios da comunidade que conta no seu ativo de grandes resultados para cidade do Crato e de toda Região do Cariri.

Dotada de grande capacidade de trabalho, Dona Sarah teve participação marcante no papel da Fundação Padre Ibiapina, braço social da Diocese do Crato, em favor da promoção humana do homem todo e de todos os homens, num contexto social e político dos mais difíceis e atormentados. Sua capacidade de discernimento e sua firmeza valeram grandes conquistas para o campesinato do Cariri, quebrando o isolamento em que viviam as comunidades rurais e formando lideranças para a afirmação dos sindicatos rurais, para o treinamento profissional, para a afirmação da cultura e do bem estar social.

Como mulher, a Professora Sarah Cabral soube inserir-se nos embates da sociedade regional, redefinindo o papel da mulher, o alcance de suas novas responsabilidades e a afetiva participação na nova configuração do equilíbrio das forças sociais, onde a presença da mulher é fator exponencial da conquista de diretos e afirmação de valores novos que delineiam uma sociedade mais justa e plenamente participativa.

O papel da Professora Sarah Cabral na concepção e na implantação da Universidade Regional do Cariri, como instituição pública e gratuita a consagra como fundadora da URCA, razão de uma dívida irresgatável da sociedade caririense. O modelo de universidade pública e o corolário da gratuidade fazem dela a eterna defensora da juventude regional e promotora da educação como vetor das transformações audaciosas de que tanto reclama nossa população.

Dona Sarah, obrigado pelo exemplo de cidadania, de confiança na educação como fator de mudanças. Obrigado pela Universidade Pública e Gratuita. Obrigado, pela Universidade Democrática, à qual, a Senhora dedicou seus melhores sonhos e toda sua energia.

Professor Plácido Cidade Nuvens
Reitor da Universidade Regional do Cariri – URCA


Fonte: Assessoria de Comunicação da URCA

Pensamento para o Dia 06/03/2010



“Veda é o nome para uma compilação de Conhecimentos Divinos. Eles ensinam a verdade que não pode ser revista ou revertida pela passagem do tempo através de três períodos – passado, presente e futuro. Os Vedas são uma coleção de palavras que são essa verdade, que foram visualizadas pelos sábios que tinham alcançado a capacidade de recebê-los em sua consciência iluminada. Os Vedas são, realmente, o sopro de Deus. A importância única dos Vedas reside nesse fato: os Vedas conferem paz e segurança a toda sociedade. Eles garantem o bem comum e felicidade ao mundo inteiro.”
Sathya Sai Baba

Leituras - Emerson Monteiro

Houve um tempo quando coisas inesperadas complicavam o meio do campo da impaciência angustiosa que instinto selvagem parecia querer jogar fora a canga e destruir de qualquer jeito os quebra-mares estabelecidos nos sistemas de defesa. Comodidades vaidosas atiravam tudo para o ar, e acendia dentro de mim fome cruel de romper o ferro dos laços da organização pessoal, no sabor dos caprichos que aparecessem à porta principal. Com isso, contrariava fácil o ditame das regularidades, invadia outras praias, feria suscetibilidades, a começar pela saúde interna do respeito aos prospectos guardados meses a fio, na malha do esforço consistente.
Não queria aceitar que mesmo no calor dos testes necessários habitasse o mistério do drama secular das permanências e conquistas cotidianas. Perdia, a bem dizer, o senso do tanto das melhores partes, porque desistia de pagar o preço de acumular a poupança da paz, naqueles momentos de chegar aos limites e merecer resultados produtivos, lições que a vida traz aos seres sobreviventes, livres da discriminação de raça, credo, cor, sexo, idade, partido, time, filosofia, indo, nesse prumo, justificar lá adiante o querer sem a comprovação da resistência, azeite doce da hora de receber o que se ganha com esmero e qualidade.
Já hoje, talvez isso o que denominam experiência, descubro faceiro que inexiste vitória sem a luta correspondente. Noites insones, dúvidas, opiniões, renúncia. Bajulação perde a força no que tange ao valor real das sementes verdadeiras. Ninguém, de insana consciência, que aguarde pacote pronto dos reservos do destino, usufrui da mera credulidade indecorosa, insuficiente, que alimentou. Pode até, nas horas vagas, parece que ganhou qualquer lance, porém o custo da incúria corre solto atrás dos presságios alvissareiros da inércia.
Apresentou-se o desafio, logo em seguida, fruto daquela árvore imensa, cresce, no lodo e no tempo, as perguntas da justiça do merecimento. A cada um conforme seu mérito, porquanto a Natureza trabalha à base de leis matemáticas, soberanas, longe de peixadas sociais dos mundos tortos.
Quase uma mensagem cifrada indica: ou plantou ontem ou haverá de plantar agora, caso pretenda dispor de resultados sonhados para o futuro. Há normas equitativas, independente de que funcione ao passo da individualidade pretensiosa, luxenta, da própria barriga.
Depois de muito forcejar as barras da inconsequência, nenhum vento leve conduz aos segredos universais só por conta dos belos olhos.
Há batalhas pela frente antes da vitória. Luzes das doutrinas humanas caem aos primeiros acordes do dia, residência fiel da balança que estabelece princípios firmes.
O acaso de dados ao vento passa longe do Santo Graal, no passo dos peregrinos. E suportar espinhos permite a maciez da rosa mais perfeita.