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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A força maior do Universo - Emerson Monteiro

Das proposições, a mais pretensiosa, querer definir em palavras o indefinível. Descrever o indescritível. Gerar das equações um resultado impossível de números inexistentes. Isso, de contar o que representa o sentimento mais elevado, a essência de tudo. Dizer o que significa o Amor em linguagem humana, tarefa das impossíveis, admissíveis, no entanto, à medida do furor das intenções.
A paixão consciente, isto seria o amor. A força maior do Universo, isto que aciona todos os movimentos que houver num dia e haverá no outro, nas curvas tortuosas dos sempres inextinguíveis. A luz de todos os nascentes, visão de todos os olhos existentes e inimagináveis. A unidade primeira das quantidades, avaliável ao Infinito das saturações. Voz de todas as falas, destino de todos os caminhos, próximos ou distantes, em qualquer território, no campo das probabilidades.
Quando nasce um filho, traz consigo a tônica do Verbo Divino, razão principal das existências, desde o fator original dos espécimes primeiros à partição milenária das multiplicações, em menor ou maiores quantidade. O Tudo e o Nada, em iguais proporções. A Força e o Poder, nas consequências inatingíveis de visões e sonhos. Maravilha das maravilhas, prazer fugidio nas seduções, linguagem dos becos e religião das religiões.
Amor, palavra e energia, concentração de pensamento, feixe de raios convergentes numa única direção e nelas todas, direções livres e sentido absoluto das linhas e dos pontos em batimento cardíaco permanente. Algo notável, ainda, porém, quimera de tantos e muitos. Valor infinitesimal. Volume descomunal. Transformação de água em vinho, chumbo em ouro, dos alquimistas e navegadores de substâncias sagradas. Cálice sagrado, pedra filosofal, fortaleza indevassável, vitória em batalhas siderais, vetor de mobilizações sociais, bandeira de palácios em festa, condição numeral dos pitagóricos; o drama e a solução dos conflitos, nexo das histórias misteriosas, linha melódica de danças e sinfonias, fusão de corpos e junção das luminosidades, em galáxias e superfícies, projetos e planos das populações espalhadas entre o oásis e as caravanas, busca desesperada dos tesouros e prospecção de minerais raros.
Instinto de procura e encontro, o amor fala nas ficções e canta nos poetas, conduz romancistas pelas sendas da civilização. Música das esferas, sabor dos elementos, quantia das moedas deste mundo. Razão principal das tradições, o amor dos animais e insetos vem nas flores e nos passarinhos, pigmento das cores oferecidas pela luz ao vigor das águas nos caudais das quedas livres; nos sóis, nas luas, nos ventos, raios e trovoadas, tempo máximo e pulsação da Eternidade.
Som nos naipes e nas elevações; o fervor das orações. O poder superior das preces silenciosas, senso e fé dos desejos virtuosos dos trabalhadores do Bem. O amor, a fala contundente dos corações enamorados. Amor, solidão dos mosteiros e conventos, vida, resistência e renúncia; emoção das emoções, estação final e princípio de jornadas espaciais; alegria das borboletas em nuvens, nas estradas desertas; trilho e meta dos viajores perdidos, jogados aos mares tempestuosos, saudades e abraços de boas vindas; perfume das rosas e tela dos gênios pintores; e sorriso aberto das crianças felizes. A volta ao recomeço...
O amor, das proposições, a mais pretensiosa, querer definir em palavras o indefinível. Descrever o indescritível.

A vocação do lagartixa – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Em 1954, a energia elétrica da cidade do Crato era obtida de forma precária, de uma pequena hidrelétrica nas nascentes do Rio Batateiras. A tensão era de 220 volts, mas nunca atingia esse nível, de modo que não podíamos ligar geladeiras e outros motores. Eu estava cursando o primeiro ano do curso primário, no Grupo Escolar Alexandre Arraes, tendo sido aluno da primeira turma que inaugurou aquele estabelecimento de ensino. Certo dia, uma lagartixa caiu dentro da jarra na qual todos os alunos bebiam de sua água. A diretora proibiu que brincássemos no recreio daquele dia, para que não sentíssemos sede, pois não poderíamos beber água. Fui ver o tal pote e a lagartixa, que era enorme, estava nadando com o rabinho para cima. Nos matos do Sítio São José, eu tinha experiência de sobra para lidar com lagartixas. Querendo me exibir, peguei a bichinha pelo rabo e sai ameaçando os demais colegas, numa algazarra total. Orlando da Bicuda gritou: “– Pega a lagartixa, minha gente!” –“Lagartixa!” – Responderam todos, em coro. A esta altura já tinha atirado a lagartixa em alguém. De repente surgiu um precoce compositor com uma musiquinha: – “Lagartixa come gente, oxente, oxente!” – Cantavam todos em uníssono.

A lagartixa tinha ido embora e aquela gritaria só podia ser comigo mesmo. Fiquei fulo de raiva e passei a reagir de modo um tanto quanto atabalhoado, correndo atrás de um e de outro, dando chutes e murros ao vento, xingando e ameaçando brigar. Foi o suficiente para que o apelido me caísse como uma luva. Imediatamente, ganhou as ruas da cidade, como fogo em palha de canavial. Moleques de rua, com quem não tinha a menor intimidade, gritavam pelo meu apelido. Depois surgiram várias pichações nos muros da cidade com o versinho de lagartixa come a gente, oxente, oxente. Sentia-me como um louco acossado pela turba. E reagia e brigava e o apelido crescia na mesma proporção da minha revolta. Por causa disso, duas cabeças foram furadas.

A primeira cabeça a sangrar foi a de Orlando da Bicuda. Era assim chamado, porque seu pai, Cícero Moura Rozendo era apelidado de Cícero Beija Flor. Ele possuía uma mercearia que tinha o nome de Mercearia Beija Flor. Não sei quem veio antes, se o apelido ou a mercearia. Orlando era um dos meus melhores amigos. Sentávamos no mesmo banco da escola. Ele me ensinou o ofício de coroinha na capela do Colégio Santa Tereza e juntos íamos ajudar o padre Gonçalo na Bênção do Santíssimo, todas as noites. Mas não premeditei furar sua cabeça. Aconteceu de forma espontânea. Foi durante um passeio com os alunos da minha turma e algumas professoras, colegas da nossa, a um sítio no sopé da Serra do Araripe. Estávamos nas margens de uma pequena levada e ele atirava uns pedriscos em mim e dizia: –“Pega essa lagartixa. Reagi mandando uma taboa de caixote que foi certeira em sua cabeça.

A segunda cabeça a rolar foi a de César Alencar, uns três anos depois, já aluno do Colégio Diocesano. Certo dia, durante o recreio, estávamos jogando futebol e uma turma, que não tinha conseguido entrar no time, começou a atirar uns cacos de telhas dentro da quadra. César estava no meio dessa turma. Entrou no campo e aproximando-se de mim, tirou uma dedada dizendo: “– Cai fora, lagartixa!”
Confesso que não tive raiva e para amedrontá-lo, peguei um caco de telha e atirei para o alto, numa direção bem acima de onde César se encontrava. O caco de telha saiu voando e girando em torno de si mesmo, descrevendo uma parábola perfeita. Acontece que César correu na mesma direção. Quando ia se aproximando do final do pátio, cerca de uns sessenta metros de distância, coincidiu que o bólido, que voava em seu percurso predeterminado, ia descendo velozmente, encontrando na linha de sua trajetória a parte posterior da cabeça de César. Houve a queda brusca de seu corpo e ao levantar-se, notei a blusa de sua farda, toda avermelhada. Ao lado dele, o temível diretor, Monsenhor Montenegro a me perguntar: “– Zezinho, você é louco? Na minha terra quem atira pedra é louco!”

Para me livrar do apelido, pedi ao meu pai para acompanhar o meu primo José Esmeraldo Gonçalves, a quem seus pais resolveram mandar estudar no Seminário, mesmo sabendo que daquele estofo não poderia sair nenhum padre.

No seminário, pensava estar livre do apelido e até já me acostumara com o uso da batina em tempo integral. Mas foi somente até a Semana Santa. Todos nós seminaristas deveríamos acompanhar a procissão. Quando o cortejo seguia pela Rua Senador Pompeu, avistei de longe um grupo de ex-colegas e conhecidos, Gérson Moreira liderando a turma, Orlando da Bicuda entre eles, todos amontoados em torno de uma janela alta para poder melhor assistir à passagem da procissão do Senhor Morto. Virei meu rosto para o lado oposto, para que ninguém me visse. Em vão. Quebrando o silêncio, ouviu-se a voz inconfundível de Gerson Moreira gritando: “– Ó lagartixa de batina, minha gente!” –“Lagartixa!” – Gritaram os demais.

Disfarcei firme, sem olhar pra eles, fiz de conta que não era comigo. Rezava para que os demais seminaristas não percebessem que eu era o lagartixa. Ao chegarmos ao seminário, tão logo o padre diretor de disciplina disse “Benedicamus domino”! Cuja resposta que deveria ser: “Deo gratias”, daquela vez foi substituído pelo coro:
“Lagartiiiiiiiiixa!”

Condensado do livro “Histórias que vi, ouvi e contei” de Carlos Eduardo Esmeraldo, Premius Editora, Fortaleza – CE, 2005

Desastre na Região Serrana foi maior devido à ocupação irregular do solo


(http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/01/12/desastre-na-regiao-serrana-foi-maior-devido-ocupacao-irregular-do-solo-923492191.asp)

RIO - A chuva torrencial não é a única culpada pelo cenário avassalador da Região Serrana. Parte da tragédia deve ser atribuída à inércia de autoridades, que não investem no diagnóstico de áreas mais suscetíveis a tragédias ambientais, tampouco na retirada da população de regiões de risco. Esta é a opinião de Ana Luiza Coelho Netto, do Instituto de Geociências da UFRJ. De acordo com a pesquisadora, a vulnerabilidade de municípios como Petrópolis e Teresópolis é, há muito, conhecida, dada a sua localização, a frágil composição do solo e, principalmente, o modo irregular como foram ocupados por ricos e pobres.

Climatempo prevê mais chuva para Região Serrana

Para Ana Luiza, um dos exemplos mais notórios da falta de planejamento urbano da região é o bairro Caleme, em Teresópolis, localizado em um vale na estrada para Itaipava, um dos mais atingidos.

- Os deslizamentos convergem da encosta íngreme para o fundo do vale - explica. - Os rios serão a rota principal dessas avalanches na descida. Essas áreas jamais deveriam ser ocupadas. Existe uma ausência total de planejamento urbano, que perceba ou leve a sério fenômenos já esperados.

Na descida, os sedimentos tornam a água mais densa, aumentando a sua capacidade de destruição. A corrente ganha força para transportar objetos cada vez mais pesados, como troncos de árvores e blocos de detritos.

Desmatamento é problema grave
Segundo Ana Luiza, a maioria das prefeituras, se perguntada, afirmará ter mapa de risco. A metodologia desses trabalhos, porém, não raro é pouco confiável, e os cálculos são feitos sobre dados incompletos ou desatualizados.

- É só ver o tamanho do desastre. É impossível que um mapa de diagnóstico não tenha observado fatores de risco tão óbvios - condena.

Um dos ingredientes do desastre é o desmatamento. Solos montanhosos são especialmente vulneráveis. Mas, se ocupados por uma floresta conservada, a vegetação leva proteção às encostas. Não é o caso de boa parte da área atingida, onde o verde deu lugar a casas.

- Se existem áreas com escarpas rochosas e solo muito fino, como é característico das áreas montanhosas, será difícil impedir o estrago - lamenta a pesquisadora. - A água da chuva penetra pela fratura das rochas e a pressão a faz sair dali com muita potência, iniciando o deslizamento. A falta de drenagem, uma falha que deve ser comum naquela área, só aumenta o potencial de destruição, independentemente de haverem comunidades ou mansões no caminho.

Outro fator de risco, este natural, é a localização das cidades afetadas. Petrópolis e Teresópolis estão no topo da Serra do Mar - uma cadeia montanhosa que se estende de Santa Catarina ao Espírito Santo. Esta geografia é especialmente propícia à formação de chuvas. Ao se afastar da superfície, as massas de ar frio, densas e pesadas, deparam-se com aquela barreira e tendem a subir. Enquanto cumprem este trajeto, elas condensam e comportam menos umidade.

- A massa atinge a saturação e, assim, provoca chuvas - explica Ana Luiza. - É por isso que a serra, especialmente em seu trecho voltado para o mar, tem índice pluviométrico maior do que o registrado na Baixada Fluminense, por exemplo.

A Baixada, porém, não está livre das agruras registradas no topo da serra. As chuvas intensas descem e podem provocar inundações em localidades de Duque de Caxias, além de novos deslizamentos de encostas.

Quanto mais gente, mais risco

A sucessão de catástrofes no início do ano passado - Angra dos Reis em janeiro, Rio e Niterói em abril - mostra como a força das chuvas de verão é previsível. Ainda assim, só agora as cidades têm se mobilizado para fazer o levantamento de seus terrenos mais vulneráveis. Um trabalho semelhante é realizado pelo engenheiro geotécnico da Coppe Willy Lacerda, coordenador do Instituto Nacional de Reabilitação de Encostas e Planícies.

- Elaboramos mapas de suscetibilidade das encostas usando estudos de diversas áreas, como geologia e geotecnia - assinala. - A esse levantamento nós sobrepomos o mapa habitacional. Quanto maior a presença humana, maior o risco. Finalmente, depois de muito insistirmos, os governos têm se interessado por esse cálculo.

As autoridades terão de ser insistentes. Primeiro, porque todas as encostas na Serra do Mar são vulneráveis. Qualquer área dali que receba chuva forte por quatro dias, como já ocorre na Região Serrana, tende a desabar. Sendo assim, o manejo populacional, de acordo com Lacerda, é "inevitável".

- A ocupação irregular extrai a cobertura vegetal, desvia o curso das águas, ocupa os canais e arma o palco para a tragédia - destaca. - Não há uma solução definitiva sem um projeto que se estenda por, no mínimo, dez anos.

André Ferreira – Um misturador de reggae e poesia matuta



A poesia matuta e o reggae se misturam no trabalho do músico André Ferreira que desde menino aprendeu a gostar da poesia popular com a sua família. André prega nos shows que faz com a banda Liberdade e Raiz o amor e a justiça social. Ele é desses que acreditam que a música deve servir para humanizar e refletir sobre às questões que afetam a vida do povo.



Alexandre Lucas - Quem é André Ferreira?

André Ferreira - Um guerreiro espartano no mundo contemporâneo. Mas, lutando com as armas do bem. Buscando ser espada viva e resplandecente por todo este universo.

Alexandre Lucas - Quando teve inicio seu trabalho artístico?

André Ferreira - Em Janeiro de 2006 foi plantada uma semente no solo fértil caririense, chamada Liberdade e Raiz. Foi quando dei os primeiros passos como músico. Hoje uma árvore com frutos, em meio ao manancial de grandes criadores locais. Faço o que gosto, com a minha cara e com a cara de quem quiser apreciar.
Alexandre Lucas - Quais as influências do seu trabalho?

André Ferreira - As principais influências do meu trabalho são as esmeraldas encontradas na poesia matuta. Uma cultura apreciada com agudez por minha mente, corpo e espírito.
O espaço natural, o convívio com as pessoas. Lugares, dias, épocas, tudo e todos. A música em sua magnitude intelectual, filosófica e literária.
Alexandre Lucas - Como você ver a relação entre arte e política?

André Ferreira - Arte e política andam lado a lado pelo simples fato da política mundial e a vida do ser humano ser quase todo o tempo embasado na beleza, além, de ser uma forma de educação, diversão e cultura. Conexão interligando o mundo em muitas vertentes.

As diversas artes existentes exprimem a vontade, a cultura, a educação e a liberdade de um povo. Quanto mais diversificada a arte em um país maior sua cultura, educação e liberdade de expressão de um povo, ou seja, mais desenvolvida a nação.

Além do fato de que quanto maior o nível de entretenimento do povo, menor suas intervenções políticas e sociais

Alexandre Lucas - Você é o líder da Banda Liberdade e Raiz. Como surgiu a idéia de misturar reggae e poesia matuta?

André Ferreira - Não foi exatamente uma idéia montada como um quebra cabeça. As composições foram conseqüência da natural essência que se entranhou em meu ser, diante das prosas recitadas na dialética matuta, (Poesia Matuta) exibida por meu avô, Antonio Miúdo, como era conhecido e, meu tio Elizon Ferreira. Que ainda hoje me surpreende com suas histórias contadas em versos matutos.
Alexandre Lucas - A banda continua seguindo essa linha?
André Ferreira - A banda tem uma autenticidade adentro a peculiaridade nordestina e no cenário reggae, deve ser respaldada como proposta única. Pois temos consciência de que somos os únicos fazendo Reggae com Poesia Matuta. Até que um dia, quem sabe, sejamos influência de outros caras. Sim, continuamos enveredando nessa linha.

Alexandre Lucas - Tem crescido a música reggueira no Cariri?

André Ferreira - De fato o movimento reggae cresceu muito nos últimos anos aqui na região do Cariri. Mas ainda não temos as raízes verdadeiras do reggae na cultura local. Isso é com o tempo. As pessoas precisam pesquisar buscando incessantemente entender suas vertentes e principalmente sua maior causa. “Tocar fogo na babilônia”. Que significa, dar amor uns para os ouros. Atingir as pessoas com amor.

Alexandre Lucas - Quando será lançado o segundo CD da Banda?

Atualmente estamos em estúdio gravando o CD ‘Reggae Roots Cordel’. E queremos demonstrar nesse acervo, todo nosso esforço e dedicação, focando e difundindo assuntos diversos, numa pluralidade musical bairrista-universalizada. Esse será nosso CD de Nº 1 gravado em estúdio. Mas já gravamos vários CDs demonstrativos.

Alexandre Lucas - O reggae é uma música discriminada?
André Ferreira - Mesmo no meio do movimento há sempre quem critique. A música do gueto sempre será descriminada, por se tratar de um movimento de protesto, com livre expressão, resistência suburbana e, principalmente da negritude. Dentre outros fatores que contribuem para o desconforto dos escravos capitalistas.
Alexandre Lucas - Qual a contribuição social do seu trabalho?

Andre Ferreira - Ensinar a valorizar a nossa cultura, nosso povo, nossas raízes. O manancial de nossas águas em meio a o oásis cearense.
Alexandre Lucas - Além do reggae quais os outros estilos musicais que você aprecia?

Andre Ferreira -Blues, um pouco de Jazz, Rock clássico e outras vertentes, Forró de Raiz, Maracatu, Rap Nacional, MPB, Aboios, samba de raiz, Bandas cabaçais, Dance Hall, Rocksteady. Ska, Dub, New Roots, Música instrumental.

Alexandre Lucas - Quais seus próximos trabalhos?

Andre Ferreira -
Com a Liberdade Temos planos em mente.
Mas, particularmente, um CD. Meu novo projeto com a banda Expresso Reggae. Ainda sem nome em esboço, mais brevemente no mercado.